CELEBRAÇÃO DO DIA (DE JANEIRO À JUNHO)

Continuação da primeira página, que comecei em julho e terminei em dezembro.






CELEBRAÇÃO DO DIA 30 DE JUNHO:

Oferendas e rituais de agradecimento para Saramama, a Mãe dos Grãos, especialmente o milho, no antigo Peru. Para os povos nativos o milho é considerado uma deusa. 

O milho (zea mays) é originário da América e teve como seu principal "habitat" as mesetas e vales quentes dos altiplanos andinos. Era considerado uma dádiva dos deuses, objeto de verdadeiro culto e de cerimônias mágico-religiosas. Associado às lendas de criação do mundo, o milho era a planta sagrada por excelência. Estava associado também aos rituais de fertilidade e de renascimento, quando a Mãe do Milho, a deusa Saramama, representada por uma bela espiga de milho em ouro, incorporava "a alma  o espírito dos deuses".

Além de ser usado na alimentação na forma de grãos, era, ainda, a base de uma bebida inebriante e cerimonial, a Chicha, ofertada como oferenda às divindades protetoras por ocasião de cerimônias sagradas. É feita com milho roxo fermentado, mastigado e misturado com saliva. Depois da fermentação, é misturado com outros ingredientes. Quanto maior o tempo de fermentação, a bebida fica mais forte. A Chicha deve ser feita somente por mulheres para não ofender os deuses das montanhas. É consumida até hoje.

Acreditava-se que Saramama encarnava na terra na forma de espigas de milho com algumas características especiais, como espigas germinadas ou de cores estranhas.



As pessoas ofertavam-lhe espigas, pendurando-as nas árvores, algumas delas "vestidas" como se fossem mulheres, com saias  xales, presos com broches de prata. Depois das danças ritualísticas ao redor das árvores enfeitadas com as oferendas, as espigas eram queimadas para assegurar uma boa colheita e as pessoas festejavam bebendo chicha (de milho).

Dia de Aestas, a deusa do verão e da colheita, celebrada em Roma durante o festival de Aestatis. É uma deusa muito antiga cujo nome, em latim, significa "calor do verão". Esta festa era celebrada anualmente no começo do verão. Geralmente era representada nua, com guirlandas de grãos ou espigas de trigo no cabelo. Também é uma das muitas personificações para as estações do ano dos romanos. Tradicionalmente, se esse dia chovesse, seria indicativo de que o verão seria todo ele chuvoso.








CELEBRAÇÃO DO DIA 29 DE JUNHO:

Neste dia, nos rituais de Santeria cubanos, celebra-se o deus Elegba ou Legba, o porteiro dos caminhos, das montanhas e das savanas. É uma das deidades da religião iorubá que em Cuba é sincretizado com o Santo Niño de Atocha ou Santo Antonio de Pádua. Ele é o primeiro dos guerreiros e está presente no início da vida e na hora da morte. Suas cores são o vermelho e o preto. Seu nome significa "aquele que é possuidor de poder".


Seu equivalente na Umbanda brasileira é o Exú Guardião. Originariamente, um antigo deus solar em Dahomey (atual Benin), hoje é uma poderosa divindade do panteão Vodu. Exú é o orixá da comunicação. Ele é o guardião das aldeias, cidades, casas e do axé , das coisas que são feitas e do comportamento humano. A palavra Exú, em ioruba, significa "esfera", e, portanto, ele é o orixá do Movimento. Ele é quem deve receber as oferendas em primeiro lugar a fim de assegurar que tudo corra bem e de garantir que sua função de mensageiro entre os mundos espiritual e material seja plenamente realizada. Os colonizadores cristãos, não compreendendo seu caráter brincalhão, astucioso, provocador, o sincretizaram erroneamente com o diabo, o que é um equívoco, dentro da construção ioruba, pois ele não está em oposição ao bem e nem é uma personificação do mal, como na religião cristã, que pregam que tudo que acontece de mau é por culpa de um único ser que acabou expulso. Na mitologia ioruba, todas as entidades tem sua porção positiva assim com negativa e o Exú é considerado o mais "humano" dos orixás por ser muito próximo deles e tão mutante quanto a humanidade também é. A segunda feira é o seu dia da semana e suas cores são o vermelho e o preto, sendo saudado com cantos e rezas, sempre antes de todos os outros orixás, em todas as cerimônias e eventos. Eles são assentados na entrada das casas de candomblê como guardiões e tem quartos separados dos outros orixás onde ficam os assentamentos dos exús da casa e de todos os filhos de santo que tenham Exú assentado. Também é conhecido como Bará.
Antigamente, em Dahomey, celebrava-se, neste dia, Minona ou Marmoninon, a representação divina do poder das mulheres. Na Tradição Jejé, ela era a primeira filha (foram muitos filhos) de Gbadu, posteriormente chamado Fa, o deus do destino e da adivinhação, através do qual os homens aprenderam a"abrir portas do futuro e conhecer seu destino" pessoal. Ele é filho de Mawu, tem 16 olhos e é andrógino. Foi designado por Mawu para ficar no alto de uma palma e observar os reinos do céu, do mar  da terra. Quando dorme não consegue mais abrir os olhos sozinho e Legba precisa ajudá-lo com sementes (cada uma abre um olho ou porta). Porém, o único que lembrava a língua de Mawu na terra era Legba e, em breve, isto traria o  desastre maior em que todos os reinos seriam destruídos. Assim, Mawu deu a compreensão de sua linguagem à alguns na terra através da adivinhação com sementes para que os homens pudessem conhecer algo de seu destino e  ajustassem suas ações à ele. Então, as crianças de Gbadu foram enviadas à terra para ensinar aos homens como conhecer seu "sekpoli" ou destino que é a alma que Mawu deu a tudo que existe, porém, tem que ser conhecida abrindo alguns olhos de Gbadu ou Fa. 
Finalmente, todas as crianças de Gbadu foram enviadas à terra. Minona tornou-se uma deusa e reside na casa das mulheres, onde ela tece algodão em seu eixo, e é muito respeitada por elas porque se ficar irritada, Minona pode fazer sua casa pegar fogo e queimar sua comida. Ela tem uma função de punir as mulheres se não respeitarem o culto e o que for profetizado por Fa. Para tal, ela conta com a ajuda de Abi, a combustão. Mas, apesar de sua severidade, ela também é a protetora e guardiã das mulheres. Todas as mulheres a honram em suas casas e lhe ofertam frutas frescas, pedindo-lhe proteção e fartura.


Nas Américas Central e do Sul festeja-se, neste dia, São Pedro, reminiscência das antigas festas solares deste mês. Segundo a Bíblia, antes de ser batizado, ele chamava-se Simão e era pescador. Após o batismo, Jesus o nomeou de Khepa, que, em aramaico, significa "rocha" o que traduzido ao latim, tornou-se Petrus e, daí, derivou Pedro. Ele foi o primeiro papa da Igreja Católica de Roma.

Em Malta, comemoração do festival de Mnarja, reminiscência de uma antiga festa da colheita.É o principal festival maltês e um feriado público. El tem lugar em um enorme parque com plantações de laranjas e limões, perto de Mdina, qu foi a a capital medieval maltesa. O nome deste festival é uma corruptela de "luminaria" (iluminação) porque os arredores de Mdina, naquele tempos, eram iluminados por fogueiras para esse evento. O costume era também de compromissos e noivados neste dia propício à prosperidade como um todo. Festejavam com competições de danças e músicas tradicionais e  corridas de cavalos e carruagens. O jantar comunitário era coelho frito.

Posteriormente, sincretizou-se a festa como dos Apóstolos São Pedro e São Paulo e assim permanece até hoje.





CELEBRAÇÃO DO DIA 28 DE JUNHO:

Celebração de Lâmia, antiga deusa das serpentes reverenciada na Líbia e em Creta, transformada, posteriormente, na rival de Hera. Segundo uma versão bem conhecida, Lâmia era uma belíssima Rainha da Líbia, filha de Poséidon e amante de Zeus, de quem concebeu muitos filhos.Hera, corroída pelos ciúmes, matava seus filhos ao nascer e finalmente, a transformou em um monstro e, ainda, a condenou a não mais poder fechar os olhos e a observar eternamente, a imagem dos filhos mortos. Dizem que Zeus, apiedado, lhe deu o dom de retirar os olhos de vez em quando, para descansar.

Nos textos medievais, ela aparece como uma figura grotesca, um monstro que assustava as crianças à noite. Provavelmente, Lâmia era uma variante de Lamashtu, A Mãe dos Deuses da Babilônia, venerada como uma serpente gigante com cabeça de mulher. Apesar de Lamashtu ser temida como uma deusa destruidora, ela era considerada, também, a Mãe Criadora e senhora do céu. Ela foi considerada uma deusa maligna, que ameaçava as mulheres durante o parto, que se alimentava da carne e do sangue dos recém nascidos após sequestrá-los enquanto eram amamentados. Ela era filha dos deuses Anu e Ninhursag e acabou expulsa por Anu do paraíso porque sua maldade era demais. Diz a lenda que foi ela quem deu início à linhagem de vampiros, dando à luz sete filhos-vampiros, sem participação de pai algúm, que também se alimentavam de sangue humana. Doenças e pragas vinham junto com ela e ficavam mesmo após sua partida. Ela é descrita como um híbrido mitológico, com o corpo peludo, cabeça de leoa, dentes e orelhas de burro, dedos e unhas compridas e os pés de um pássaro com garras afiadas. Ela é motrada em pé sobre um jumento, cuidando de um porco e de um cachorro e segurando cobras. Não obedecia ninguém e seguia só sua vontade e maldades próprias.

Na Bíblia, Lâmia aparece como sinônimo de Lilith, como um monstro noturno e bruxa. Ela já aparece assim nas escrituras hebraicas, ( Talmud e Midrash), sobretudo porque sendo considerada a primeira mulher de Adão, rebelou-se contra ele e seu domínio e quis ser tratada como igual. Em virtude desse desentendimento, ela teria abandonado Adão e o paraíso, negando-se a ter filhos com ele, como era o mandamento de Jeovah. 



Celebração da deusa grega Hemera da alvorada e do dia, com danças e orações, do nascer do dia até o pôr-do-sol. Seu nome significa"claridade" e Hemera foi a primeira deusa a representar o Sol e também era a guardiã entre as fronteiras do mundo das sombras e o mundo onde chegava a luz. Os gregos consideravam que o dia começava ao anoitecer  e com a escuridão, portanto, a noite precedia o dia. Ela era filha de Nyx, a noite e de Érebo, a escuridão, e parece, então, natural que Hemera tenha nascido de sua união, assim como suas irmãs estelares, as Hespérides. Diz a lenda que Hemera e as Hespérides nasceram para ajudar Nyx a não se cansar.Todas elas, juntas, conduzem a danças das Horas: Hemera traz o dia, as Hespérides trazem a tarde e Nyx traz a noite.

Nyx é a personificação da Noite. Segundo o mito, ela é filha do caos, sendo a quinta deles, depois de Gaia, a Mãe Terra, Tártaro, as trevas abismais, Eos, ao amor da criação e Érebo, a escuridão, a emergir do vazio. Dessas forças primordiais, sobrevieram todas as outras deidades gregas.
Celebração de Santa Marta, na França, cuja lenda reproduz um dos atributos da Deusa como senhora dos dragões e das serpentes. Marta morava em Betânia, juntamente com seus irmãos Lázaro e Maria. Ela era a mais velha dos irmãos e as Escrituras dizem que a casa era sua. Jesus costumava visitar os irmãos e encontram-se importantes citações sobre Marta nas Escrituras. 


Entre outras, é ela quem cozinha e serve a mesa para Jesus, sendo, então, considerada a padroeira das cozinheiras e das donas de casa. 






Mas, o evento mais famoso é referente ao estrangulamento do dragão Tarasca, na cidade onde foi morar, Tarascon, na França,  após a morte de Jesus , e que assolava os habitantes, que passaram a adorá-la como sua protetora.






CELEBRAÇÃO DO DIA 27 DE JUNHO:



Arretophoria, festival para Athena, Kore e Diana, na cidade de Atenas. Era um rito noturno de passagem para a puberdade realizado por crianças do sexo feminino que serviam à Deusa por um ano, na idade entre sete e onze anos, escolhidas entra as famílias nobres de Atenas. Durante esse serviço eram chamadas de Arrephoroi. Duas entre todas eram escolhidas para dramatizar, todo ano, o evento quando Athena deu às filhas de Kekrops o bebê Ericthonium num cesto de vime para ser criado,mas, elas não podiam abri-lo até determinado momento por proibição da Deusa. Porém, uma delas o abriue foi morta pela Deusa.Não se conhece muito mais sobre esse festival.

Em Roma, festejavam-se também, neste dia, as divindades dos lares Mania e Mara, chamadas também de Lares ou Manes. Os Lares e os Manes são divindades domésticas romanas, associados aos espíritos dos ancestrais mortos, que eles acreditavam que os Lares personificavam. Alguns deles eram benéficos e protegiam as famílias e todos deviam ser honrados para o bem-estar de suas almas e de seus descendentes.

Dança do Sol, rito anula dos índios das planícies norte-americanas, na lua cheia mais próxima do solstício de verão, honrando a renovação da vida,do Sol e da luz com jejuns, orações, danças e cantos sagrados e de cura, O propósito é assegurar a saúde, paz e a prosperidade de seu povo e, para tal, alguns guerreiros se oferecem voluntariamente para o sacrifício do corpo como uma dramatização da morte e renovação cíclica da vida.
Feta do Espinheiro na Inglaterra. Neste dia, as crianças da cidade de Appleton decoram o maior espinheiro da cidade com flâmulas, fitas e flores, dançando depois ao seu redor. Acredita-se que essa festa é uma reminiscência das antigas cerimônias pagãs de culto às árvores.






CELEBRAÇÃO DO DIA 26 DE JUNHO:

Na Polinésia, reverenciava-se a Mãe Ancestral,criadora da vida, da Terra e de todos os seres, com oferendas e orações para assegurar  a saúde, a nutrição e a segurança de seu povo.


Dependendo do lugar, seu nome era Ligapup, Lorop ou Papa.. ela era um dos dois deuses supremo da criação maori, o outro sendo seu marido Rangi ou Pai Céu. No começo dos tempos ele a tomou num forte abraço e a fecundou, porém, os outros deuses ficaram presos em seu ventro por causa do abraço de Rangi, de modo que esses deuses filhos, forçaram a separação dos dois. Rangi ficou arrasado com a separação de Papa e suas lágrimas caíram sobre a terra em forma de chuva. E, quando Papa foi separada de Rangi, sua carne tornou-se vermelho-sangue. Após sua separação, os outros deuses fugiram de seu ventre para a superfície e espalharam a vida sobre a terra.

Ninam Kachina, a Marcha de Partida dos Kachinas, dos Pueblos Hopi dos Estados Unidos, festejados durante dez dias com danças e cantos. Acontece sempre em julho e também é chamada de Cerimônia de Voltar para Casa. Os Kachinas eram os espíritos dos ancestrais e os Hopi acreditavam que em janeiro,época de plantio, os Kachinas deixavam sua morada nas montanhas e visitavam sua tribo e descendentes, trazendo-lhes benções e chuva para suas plantações por seis meses. A cerimônia é feita na forma de danças ritualísticas que também aconteceram durante os seis meses em que os Kachinas ficaram presentes em seus Pueblos de origem.  

Dançarinos mascarados representam os Kachinas e eles dançam na área chamada "plaza". A dança consiste em bater os pés nu ritmo determinado, enquanto cantam e salpicam milho sacramentado no chão. Os braços estão enfeitados com folhas de milho simbolizando sua gratidão pela boa colheita realizada. Também carregam alguns instrumentos musicais, tipo flautas, feitos de cabaças e pintadas de verde e amarelo. As danças se repetem, com intervalos entre si, ao longo do dia.

Dança do Milho dos índios Iroquois, celebrando a colheita e agradecendo às divindades e a natureza, Eithinoha, a Mãe Terra e Mãe do Milho, e Aataentsic, a "Mulher que Caiu do Céu", mãe dos ventos e criadora da vida.
Celebração de Feng Po, a deusa chinesa do tempo, senhora dos ventos e dos animais selvagens. Feng Po controlava os ventos cavalgando um tigre dourado e guardando-os em sua sacola presa nas costas.
No folclore irlandês acredita-se que, ao meio-dia, pode ser vista a entrada secreta para o centro de terra no topo do monte Sacartaris.





CELEBRAÇÃO DO DIA 25 DE JUNHO:


Festa escandinava celebrando as deusas protetoras da fertilidade  da sexualidade Foseta, Frigga, Freyja, Ingeborg e Yngvi. Frigga era filha da deusa da terra Fjorgyn e irmã do deus Thor e ela herdou da mãe as qualidades telúricas e a sabedoria. Seu nome significa "a amada" e ela era a rainha das divindades celestes e guerreiras Aesir, esposa do deus Odin e mãe dos deuses Baldur, Bragi, Hermod e Idunna. Apesar de sua origem telúrica, era também uma deusa celeste; observava de seu trono acima das nuvens, tudo que se passava nos nove mundos e compartilhava suas visões com Odin. Era considerada um modelo de fidelidade conjugal e a Grande Mãe nórdica. Ela é a padroeira dos casamentos, das parcerias, da vida familiar, dos nascimentos, da maternidade, das crianças, da agricultura, do lar e das tarefas domésticas, das donas de casa, da tecelagem e da terra. É descrita como uma mulher madura e muito bonita, com longos cabelos prateados trançados com fios de ouro que usava um manto azul bordado e muitas jóias de ouro e pedras preciosas.

Frigga vive em seu castelo Fensalir, "os salões dos mares", com um séquito de doze deusas, suas auxiliares. A constelação de doze deusas podia ser vista como a representação de seus aspectos, ou personas, que ela adotava para desempenhar múltiplos papéis. Essas deusas eram auto-suficientes (virgens) e já foram interpretadas como separadas, como diferentes arquétipos da psique feminina. Elas são: Eir, Fulla, Gefjon, Gna, Hlin, Lofn, Saga, Sjofn, Snotra, Syn, Var e Vor.

Sentada em seu palácio, Frigga tece com seu fuso de ouro as nuvens, que ela varre com uma vassoura quando se amontoam. Também tece o fio do destino que ela passa, depois, aos cuidados das Nornes. Ela tudo sabe , mas, nada revela. Usa um manto de penas de falcão e fica separada por alguns meses de Odin, que perambula pelo mundo. Assim como as Nornes, as Disir e Freyja, ela também é invocada nos partos e para a proteção dos bebês, bem como em todos os ritos de passagem femininos. Como Rainha do Céu, a constelação de Órion leva seu nome (Frigge rocken: o fuso de Frigga), a constelação da Ursa Menor é considerada "o carro de Frigga" e o céu noturno salpicado de estrelas, é seu manto.

Freya Mardol é a Deusa Mãe dinastia Vanir, mais antiga que a Aesir, (deuses da fertilidade) na mitologia nórdica, filha da deusa da terra Nerthus e do deus do mar, Njord e foi cedida, junto com o pai e o irmão, Frey, ao clã dos Aesir, (deuses da guerra) como parte do acordo firmado entre os dois clãs de deuses, para que houvesse paz entre os mundos. Ali vivem até hoje. Seu nome significa "aquela que brilha sobre o mar" e é considerada a regente do amor e da sexualidade livres, da guerra. da fertilidade, da magia e da morte.

Junto com seu irmão, Frey, ambos eram invocados para atrair a fertilidade da terra e a prosperidade das pessoas. Ela era chamada de "A Senhora" e Frey, "O Senhor". De caráter arrebatador, Freyja teve vários amantes entre os deuses, representada como uma mulher atraente e voluptuosa, de olhos claros e muitas vezes, sardas, trazendo consigo um colar mágico, seu emblema na terra. Diz a lenda que ela estava sempre procurando por Odr (símbolo do Sol de verão), seu marido que desaparece alguns meses do ano, enquanto derrama lágrimas que se convertem em ouro na terra e em âmbar, no mar. Assim como Frigga, Freyja também é aficionada ao ouro e às jóias e o nome de suas filhas, Hnoss e Gersemi, significam respectivamente, "Tesouro" e Jóia". O nome Friday (sexta feira) foi assim chamado em sua homenagem nos países de fala inglesa.

Freyja é a representação da feminilidade, do amor, do erotismo, da vida, da prosperidade e do bem-estar. Mas, também é a regente das batalhas, da guerra e da coragem. É a senhora da magia, a padroeira das profecias e das práticas xamânicas "seidhr" (compostas por transe, necromancia, magia e adivinhação). Freyja é a deusa nórdica mais cultuada e conhecida, seu nome deu origem à palavra Fru (mulher que tem o domínio sobre seus bens) e, com o tempo, passou a ser o equivalente a "mulher" ou "frau". De renomada beleza e muito sedutora, aparece com os seios desnudos, o manto do penas de falcão nos ombros e inúmeras jóias de ouro e âmbar.

Na Índia, entre os meses de julho e setembro, celebrava-se o Teej festival, em vários lugares especialmente Rajasthan e Jaipur, Bihar, Uttar Pradesh, Haryana e Nepal, entre outros. É um festival de três dias celebrado pelas mulheres casadas, dedicado à deusa Parvati e sua união com o deus Shiva.

É uma celebração para a benção do casal, o bem-estar das crianças da família assim como de purificação do corpo e da alma, que combina festa e jejum. Também sinaliza a chegada dos monções, após uma estação de calor escaldante. "Teej" é um pequeno inseto que sai do solo durante as chuvas. No primeiro dia, as mulheres se reúnem e cantam e dançam música devocional, no segundo dia começa o jejum, muito rígido, e visitam um templo de Shiva, consorte da deusa Parvati, próximo, e dançam ao redor se sua estátua oferecendo-lhe flores, doces e moedas, para atrair prosperidade e saúde para suas famílias. Também acendem uma lâmpada de óleo que deverá ficar acessa toda a noite. No terceiro dia tem lugar a cerimônia religiosa (puja) para várias divindades após a qual as mulheres se banham com lama vermelha sagrada e são consideradas purificadas de seus pecados. 

Parvati, a grande deusa dos Himalaias, é a manifestação (shakti) de Shiva, seu consorte, mãe de Ganesha, o deus com cabeça de elefante e corpo humano, e de Kartikeya. Parvati é um dos aspectos de Devi, a Grande Mãe hindu e representava o amor, a paixão e a sexualidade. Filha do éter e do intelecto, ela era a regente dos elfos e dos espíritos da terra. Era considerada a personificação do Monte Himalaia, sendo diversificada em várias deusas regionais ligadas às forças da terra, da natureza, da inteligência e da criatividade.





CELEBRAÇÃO DO DIA 24 DE JUNHO:

Neste dia, no calendário inca, celebrava-se o deus solar Inti no grande festival de Inti Raymi. Representado como um homem cuja cabeça era o disco dourado do Sol, Inti era consorte e irmão de Mama Quilla, a deusa da Lua. 


 A reminiscência atual dessa festa antiga é a comemoração, em vários lugares, do Dia de São João com danças ao redor de fogueiras, como no México, Novo México, Porto Rico e na América do Sul. Inti era o deus mais importante para os incas. 



Depois da criação, ele enviou seu filho Manco Capac e sua irmã e esposa Mama Occlo, para a terra, para ser rei e ensinar à pessoas a arte da civilização. Eles encontraram a terra fértil onde fundariam seu reino, Cuzco, "o umbigo do mundo", quando a vara de ouro que Inti lhes deu para tal, se enterrou na terra. Então, Manco Capac ensinou aos homens a arte da agricultura e Mama Occlo ensinou às mulheres as artes têxteis e as labores domésticas.Todos os reis incas posteriores se diziam descendentes de Manco Capac e eram adorados como parte da família do próprio Sol. Inti tinha um templo enorme na capital inca, Cuzco, no Peru, onde as múmias dos imperadores eram colocadas quando morriam. As muralhas do templo eram forradas de ouro, que os incas acreditavam ser o suor do Sol. Quando havia eclipses, achavam que Inti estava zangado.

Dia das Lanternas, homenagem no Egito às deusas Ísis e Neith, em seus templos em Sais. As pessoas iam em procissão com lanternas até os templos e invocavam a luz e a força das deusas para renovar a vida, lembrando a ressurreição de Osíris  pelo poder de Ísis. Suas sacerdotisas desciam ao tempo portando lanternas para marcar o momento em que Ísis chamou a Lua para restaurar a vida de seu amado Osíris. As pessoas invocavam a luz e a força das deusas para renovar a vida.

Celebração de Mara, a deusa eslava protetora dos animais domésticos, principalmente das vacas, também a deusa dos partos, da fertilidade humana e animal e da saúde doméstica. Ela é o aspecto benigno de Mati Syra Zemia, a Úmida Mãe Terra, que também cuida dos celeiros, dos estábulos e dos currais, dá as roupas e comida da família e cuida do bem-estar da casa e de seus ocupantes. Na Rússia ela era conhecida como um espírito ancestral, que tecia durante a noite e que podia estragar a tecelagem das mulheres se não fosse devidamente homenageada.

Em seu aspecto "escuro", ela é Mora ou Smert, a deusa do destino e da morte.

Dia de São João no calendário cristão, reminiscência das antigas celebrações do solstício de verão e dos rituais de fertilidade, substituídos por festas populares, como as Festas Juninas, no Brasil, feiras artesanais e casamentos simbólicos.

Primeira aparição de Nossa Senhora de Medjugore, em 1981, na Iugoslávia, uma das manifestações da Grande Mãe na figura de Maria, a única deusa que continua sendo venerada no mundo ocidental atual.

Fors Fortuna, dia sagrado das deusas Fors e Nortia, precursoras etruscas da deusa Fortuna, a deusa caprichosa e instável que tanto podia beneficiar como malograr a vida dos homens.








CELEBRAÇÃO DO DIA 23 DE JUNHO:
Na Irlanda, comemoração com danças e fogueiras da deusa das fadas Aine. Aine de Knockaine, como é chamada, é uma deusa solar irlandesa. Associada ao solstício de verão no hemisfério norte, sobreviveu sob a forma de uma Fada Rainha. O seu nome em irlandês antigo significa "radiante, brilho, alegria, esplendor, glória, fama". Também recebia o título de Leannan Sidhe, a Fada Amante, e dava aos homens os dons de cura, sabedoria, inspiração, poesia, música e amor. Esta deusa, muito respeitada e honrada pelos povos locais até o século XX, nunca foi cristianizada e as tradições (recordadas até os anos 70) relacionadas à ela que eram praticada, permaneceram inteiramente pagãs.
Na mitologia, ela é considerada a irmã gêmea de Grian, a Rainha dos Elfos. Ela também é um aspecto da Deusa Mãe dos celtas Ana, Anu, Danu ou Don. 

Ela é associada com Knockainey, no Condado de Limerick, uma colina com três anéis de montes pequenos em seu topo, que foi o centro de cerimônias mais poderoso da província de Munster, no sudoeste da Iralnda, onde Aine era mais cultuada porque era sua deusa tutelar. Aqui, os reis celebravam o Bas Fis (cerimônia de coroação) e, dentro do mito irlandês, faziam um casamento sagrado com a Deusa tutelar para garantir um bom reinado. Este festival continuou até o século XX. Um dos festivais mais importantes para Aine era na véspera de São João, em 23 de junho, celebrando o solstício de Verão. Os homens da localidade caminhavam ao redor do topo de Knockainey com tochas acessas (cliar) invocando a proteção da Deusa  depois as corriam pelo seu gado e campos de cultivo para afastar pragas e doenças e atrair a boa sorte para o ano todo. Acreditava-se que Ainde eseu Sidhe faziam uma procissão igual em Knockainey durante essa noite, pois os celtas acreditam que ambos os mundos, mágico e mundano, se reúnem em determinadas datas. Esta deusa fortemente ligada à colina de Knlockainey, que leva seu nome, e foi o centro de seu culto sagrado na antiguidade, que envolvia fogos, rituais de fertilidade e de soberania nos solstícios de verão e também em Samhain. Também é associada com o poço de Tobar Aine, no Condado de Tyrone, e com a pedra de Cathar Aine, no Condado de Louth, onde homens e gado loucos podiam recuperar a sanidade.

Seus animais sagrados eram o cisne, a porca branca, a égua vermelha e a vaca, sendo que ela podia assumir qualquer uma destas formas também.

Entre outras ervas, a camomila é consagrada à ela, para proteção, juntamente com lavanda, malva, artemísia, salsa e funcho. para fertilidade: visco e carvalho. E, para cura: angélica, erva cidreira, amoreira, primavera, urtiga e carvalho.


Neste dia, comemorava-se também Cuchulainn, o filho do deus do sol e da luminosidade, Lugh, O deus Brilhante, herói das epopéias irlandesas. Cuchulainn era leal ao rei de Ulster, no norte da Irlanda, e lutou ao lado de seus homens contra os guerreiros de Connacht, aterrorizando os soldados com sua temível espada farpada. Foi morto pela própria arma, atirada por um filho do guerreiro Cailidin, em vingança pela morte do pai, quando Cuchulainn caiu de joelhos e deixou cair sua espada no momento que se deu conta que tinha matado seu melhor amigo, enfeitiçado que estava pela magia de Maeve. Mas, Cuchulainn escolheu morrer de pé e lutando e, para tal, amarrou-se com o próprio cinto a uma coluna de pedra para poder continuar lutando.




Véspera do dia de São João, chamado também de "o santo festeiro", pelo qual o dia de seu nascimento, 24 de junho, é festejado com muita festa, fogueira e dança, aqui no Brasil. Ele é considerado o protetor dos casados e dos enfermos, especialmente dores de cabeça e de garganta, remetendo-nos à sua morte. São João era o mais próximo de Jesus e seu primo, além de tê-lo batizado nas águas do rio Jordão, assim como a tantos outros anunciando sua chegada e preparando consciências e corações para tal, pelo qual foi chamado de "O Batista". Hoje em dia, no nordeste, ainda existe o costume de tomar banho no rio ou de mergulhar uma imagem do santo na água corrente, como forma de purificação, tal como o sacramento do batismo indica.





CELEBRAÇÃO DO DIA 22 DE JUNHO:


Neste dia, nos países nórdicos, eram homenageadas as deusas solares. Devido ao clima inclemente e os longos meses de escuridão e frio, o Sol, era reverenciado como a fonte criadora e nutridora da vida, sendo considerado uma deusa. Os nomes a ela atribuídos variavam de acordo com o país: Sol, na Finlândia Sundy Mumy, na Rússia; Sun ou Sunna, na Escandinávia; Etain e Grainne, na Irlanda; Paivatar, na Finlândia e Saule, na Lituânia  e Letônia. As deusas solares eram descritas como mulheres fortes e lindas, com cabelos dourados, usando colares de âmbar, coroas e escudos de ouro, carregando o disco solar em suas carruagens resplandecentes e atravessando o céu ao longo dos dias.


A Grande Mãe dos povos bálticos era a deusa solar Saule, a tecelã celeste, regente da luz dourada e do brilho do âmbar. Ela regia todas as fases da vida, do nascimento à morte, quando ela recebia as almas na sua macieira sagrada, no poente. O Mar Báltico, que margeia a Lêtonia, a Lituânia e a Estônia, tinha sido nomeado em sua homenagem, usando um dos seus nomes, Balta Saulite, que significa "o querido sol branco". Saule era louvada em canções e rituais que celebravam a sustentação e nutrição da vida terrena e que a invocavam como a Nossa Mãe, Saulite Mat (pequena mãe do sol) e Saulite Sudrabota (pequena sol prateado). O adjetivo "pequeno" era usado como um termo carinhoso e a "luz branca ou prateada" era devida à fraca luminosidade do sol ártico, envolvido geralmente pela névoa.


Celebração da deusa russa da fertilidade Kupal´nitsa. Pedia-se à deusa a fertilidade dos animais, das mulheres e a abundância das colheitas.


Com banhos ritualísticos (elemento água para as mulheres) e


oferendas de guirlandas nos rios e lagos.

À seu consorte, Ivan Kupalo, pedia-se saúde e vigor físico para os homens.

O fogo é o elemento masculino reverenciado e é considerado alegre e purificador. As pessoas dançam ao redor das fogueiras e pulam sobre elas. Alguns passam com seu gado pela fogueira acreditando trazer-lhe saúde com isso, e as mães queimam as roupas das crianças doentes para queimar as doenças junto com elas. 
Festival de Parália, em Roma, celebrando a deusa da beleza e do amor Vênus, e a criação da cidade.







CELEBRAÇÃO DO DIA 21 DE JUNHO:

Em 2013, Solstício de inverno no hemisfério sul e de verão no hemisfério norte, às 2h:5m, horário de Brasília, com a entrada do sol no signo de Câncer, marcando a época do ano em que o sol, em seu movimento aparente de translação ao redor da terra, atinge seu máximo afastamento angular do Equador no sul e o mínimo no norte. A palavra "solstício" deriva do latim (sostitium) e significa "sol parado, imobilizado", associado à ideia de que o sol estaria estacionado. Durante este evento cósmico, o dia tem a menor duração do ano todo no sul e a maior no norte.
Os povos celtas comemoravam, neste dia,  o solstício de verão ou Sabbat Litha, festejando o auge da luz solar com fogueiras, danças e procissões. Reminiscências dessas antigas celebrações são encontradas nas reuniões dos druidas no círculo de pedras sagradas de Stonehenge, na Inglaterra. 
Na tradição Wicca, o solstício de verão assinala o fim do reinado do Deus do Carvalho, representando a metade clara do ano e o início do reinado do Deus do Azevinho, representando a metade escura, que finda no solstício de inverno.

Os países eslavos celebravam, neste dia, Kupala, a deusa do auge do verão, da água, da magia  das ervas. Na festa de Kupala, chamada Sobótka, costumava-se fazer uma efígie de mulher com a palha dos campos de trigo. 


Os casais jovens pulavam sobre as fogueiras levando consigo a efígie de palha e iam depois banhar-se nos rios. 



No dia segunte, a mulher de palha era entregue às águas, levando consigo os males das pessoas. É uma celebração feita durante o Solstício de Verão, no hemisfério norte, em que se honravam os dois elementos mais importantes nesse momento: o fogo e a água. Nos Balcãs, a efígie ra feita com galhos de bétula e vestida com roupas de mulher. 
 Na Rússia, a deusa chamava-se de Kupal´nitsa e seu consorte era Ivan Kupalo. Na Ucrânia pré cristã, o festival era um verdadeiro rito de fertilidade que assegurava uma boa colheita porque acreditava-se que Kupalo era o deus do Amor e da boa colheita. A festa estava intimamente ligada com o elemento água (feminino) e o fogo (masculino). Com a chegada do cristianismo na Ucrânia,a Igreja tentou suprimir o festival mas não teve sucesso. Assim que, com normalmente faziam, acabaram combinando o festival do deus pagão Kupalo com o banquete de Natividade de São João Batista e a festa passou a ser chamada de Ivana Kupala. Durante o dia, rapazes e moças esmeravam-se em confeccionar os bonecos de Marena e Kupalo. Na noite de Ivana Kupala, os jovens se reuniam fora da aldeia, próximos de um riacho ou de uma lagoa onde construiam fogueiras, traziam então para perto do fogo os bonecos e o ícone de São João Batista, os quais permaneciam ali toda a noite. Também queimavam ervas especiais abençoadas para atrair sorte no amor e na colheita.


As meninas cantavam canções especiais com muitas referências ao amor e ao matrimônio. Atiravam guirlandas de flores na água ou na fogueira e pediam para encontrar um grande amor. Os rapazes faziam o mesmo, porém, atiravam pequenas cruzes de gravetos.

Para atrair a sorte e espantar o azar, meninas e meninos pulavam a fogueira.Os mais aventureiros entravam na floresta e procuravam uma flor mágica que só floresce na noite de Ivana Kupala. Diz a lenda que quem a encontrasse adquiriria muita riqueza e felicidade.

Ao redor da fogueira tudo era alegria. Muitas das canções entoadas então, ainda sobrevivem ao dia de hoje, e todo o mundo dançava e se divertia. As anciãs da aldeia faziam e vendiam filtros amorosos para assegurar boas colheitas e bons matrimônios.

No final da festa e ao som de música alegre, os bonecos de Marena e Kupalo eram atirados na fogueira. Acreditava-se que, assim, suas almas se encontrariam em outro mundo.

Nos países bálticos, celebra-se Saule, a deusa do Sol, regente da vida, do nascimento à morte. Neste dia, ela era reverenciada pelas mulheres que, ao nascer do Sol, se enfeitavam com guirlandas de flores e entoavam canções chamadas "daina" e, ao pôr-do-sol, faziam fogueiras.







CELEBRAÇÃO DO DIA 20 DE JUNHO:

Festa de Ix Chel,a deusa maia da fertilidade, da procriação e das profecias. Seu nome significa "A Branca ou a Mulher Arco-Íris" e também era a deusa da medicina, do parto, dos trabalhos têxteis e da lua.

Essa deusa lunar era venerada na América Central e na Ilha das Mulheres, Cozumel, na península de Yucatán, no México. As lendas contam que um deus muito poderoso, chamado Itzama, criou o mundo e casou com a deusa da lua, It Chel. Com ela procriou treze filhos, alguns deles, foram deuses.

Ela tecia as teias da criação com fios do arco-íris, sendo representada como uma linda e sedutora mulher cavalgando uma grande águia ou cercada de serpentes e de água, adornada com libélulas.

Em seu aspecto benéfico, também é representada derramando um cântaro de água sobre a terra, ou com um tear de cintura e uma serpente adornando sua cabeça. Tinha quatro manifestações: vermelha, branca, preta e amarela, como os quatro pontos cardeais.

Em seu aspecto maléfico, figura nos Codex como uma anciã derramando os cântaros da ira sobre o mundo.

Celebra-se, também, a deusa celta Cerridwen, chamada também de Grande Mãe ou de Senhora, a detentora do caldeirão sagrado dos mistérios da vida, da morte e do renascimento. Ela regia, também, a vegetação, o mundo subterrâneo e as dádivas da terra. Está associada a todas as fases da lua pois se acreditava que a energia que movia a terra vinha da Lua. Do interior de seu caldeirão emanam poções com as quais a deusa comanda toda a sincronicidade do universo e nele intervém para ajudar aos seus seguidores. Ela, ainda, é uma deusa Tríplice porque representa em si os três estágios da vida da mulher: Donzela, Mãe e Anciã. Seu consorte era o deus da vegetação Cernunnos. Ela era considerada a mãe de todos os bardos, que se autodenominavam Cerddorion ou filhos de Cerridwen. Dizia-se que beber de seu caldeirão mágico conferia inspiração e talento para músicos e poetas.
Chegada a estátua de Hathor ao templo de Horus, em Edfu, com a celebração do casamento sagrado dessas divindades.





CELEBRAÇÃO DO DIA 19 DE JUNHO:

Dia de todas as Heras, celebrando a Deusa Interior, representada pela deusa Hera, a padroeira das mulheres. Como toda mulher, Hera passava também pelos três estágios da vida. Como donzela, era Hebe, Parthenia ou Anthia, a virgem que trazia o desabrochar e o florescimento. Como mulher madura, era Teléia, a Mãe Terra e a fertilidade. E, comoThéia, era a anciã que conhecia os segredos da vida e podia ensiná-los às mulheres mais jovens. Filha de Cronos e Rhéia, irmã e esposa de Zeus, Hera é a grande divindade feminina do Olimpo, do qual Zeus é o grande deus masculino. Seus atributos correspondem exatamente aos dele,porém, num panteão patriarcal, aparecem ridicularizados e mais brandos. Não é à toa que o único filho legítimo do casal, é Ares o deus da guerra.
Festa das Oreades, na Grécia, as Ninfas das montanhas e das rochas, descritas como mulheres esguias e pálidas, com voz muito doce, elas viviam em grutas onde teciam seus trajes diáfanos em teares delicados. Elas habitavam e protegiam grutas e cavernas e, dizem,que não eram imortais mas tinham longa vida pois não envelheciam. Segundo o mito, elas tinham o dom de profetizar e curar. Ainda segundo o mito, Eco era uma oréade que foi privada da fala pela deusa Hera. Foi condenada a repetir os sons produzidos em montanhas e grutas ou apenas as últimas palavras das frases. Depois, se apaixonou por Narciso. O nome de Oréades, tem origem na palavra "óros", montanha em grego. Elas eram muitas e distinguiam-se de acordo com sua morada. Entre elas, havia as do Monte Ida, em Creta, Cinosura e Amaltéia que teriam criado Zeus quando pequeno. Para reverenciar essas Ninfas das montanhas, os gregos untavam as rochas com óleos aromáticos, penduravam lenços de seda nas árvores e deixavam oferendas nas grutas.





CELEBRAÇÃO DO DIA 18 DE JUNHO:

Comemoração da deusa romana Anna Perenna, a senhora da cura, da abundância, da felicidade e do destino.
Seu nome originou-se no de uma antiga deusa etrusca da vegetação e da reprodução e sua celebração, incluindo rituais de fertilidade, é oriunda do culto da deusa babilônica do céu e da terra Ana. Ela presidia o curso do ano e o seu retorno perpétuo, daí seu nome, que também era traduzido como "aquela que tem muitos anos". às vezes é descrita como uma moça linda,mas, na maioria das vezes, ela aparece como uma mulher idosa encarregada do retorno do ano, dos ciclos de renovação e longevidade e da saúde vegetal, animal e humana. Seu festival era ao ar livre, num bosque dedicado à ela onde as pessoas erguiam suas tendas, comida e bebida em abundância e cantos e danças. Os romanos pediam-lhe longevidade:"tantos anos devida quantos copos de vinho pudessem beber"

Na Índia, reverencia-se a antiga deusa Anna Purna, "a doadora de alimentos" e da agricultura. Ela é um dos aspectos de Parvati, shakti do deus Shiva. Como Mãe Divina, ela é adorada como manifestação de tudo que é material, incluindo a alimentação. Ela é dotada da capacidade de fornecer alimentos para uma quantidade ilimitada de pessoas e está relacionada à fertilidade, nutrição, abundância, agricultura e prosperidade. Ela ´descrita como uma mulher sentada em um trono, alimentando uma criança com uma grande colher e era considerada uma deusa protetora da família e homenageada, principalmente, na cidade de Benares.

A deusa Parvati e o deus Shiva jogaram aos dados e Shiva trapaceou para retomar seu tridente e sua tigela de esmolas que tinha perdido para ela. Ambos travaram uma discussão filosófica e Shiva argumentou que a vida era uma ilusão e a comida,que fazia parte dela, era ilusória também. A Mãe Divina então, para demonstrar a impotância de tudo que é material, desapareceu do mundo, tornando a terra árida e estéril e todos sofreram as dores da fome. Shiva compreendeu, então,que até ele é incompleto sem sua shakti, sua manifestação material, e que a comida não é uma ilusão pois todos precisam dela incluindo deuses e demônios. Tomada de compaixão, Parvati reapareceu para alimentar seus filhos em Varanasi e Shiva correu para ela com sua tigela de esmolas dizendo-lhe que tinha aprendido a lição e que o mundo material assim como o espiritual não são ilusórios, mas uma manifestação do outro, e que a comida é uma forma vital que nutre o corpo para que Atma viva nele. Parvati alimentou-o com suas próprias mãos.

Festival shintoísta de purificação com lírios. Ao amanhecer deste dia, sete mulheres vestidas de branco colhiam lírios, levando-os para os templos e deixando-os nos altares.No dia seguinte, os monges entoavam orações enquanto sete mocinhas dançavam elevando os lírios para o céu. No final da cerimônia, os celebrantes passavam pelas ruas das cidades agitando os lírios para purificar os ambientes e afastar as tempestades que poderiam prejudicar as colheitas.






CELEBRAÇÃO DO DIA 17 DE MAIO:

Celebração de Eurydice, antiga deusa grega, soberana do mundo subterrâneo e mãe do destino. Eurydice era uma ninfa dríade, que inspirava o espírito das árvores de carvalho. Tinha um rosto delicado e o passo tímido. O mito conta que Orfeu,filho de Apolo e a Musa Calíope, se apaixona pela ninfa e chamam Himeneu, deus dos casamentos, para abençoar-lhes a união. Himeneu pressente que sua felicidade durará pouco tempo. Logo depois, Eurydice foge de um sátiro que e encantou por ela nos bosques e, em sua fugida, pisa numa cobra que a pica no pé. Não conseguindo ficar viva, Eurydice é levada às profundezas do Hades. Desesperado, Orfeu, canta súplicas que fazem chorar deuses e ninfas. 

Seu canto era tão triste que ele consegue atravessar os portões do inferno fazendo todos os habitantes do submundo partilharem de sua dor. Até Hades se comove e permite que Eurydice volte à superfície e à vida, com uma condição: no caminho, Orfeu deve ir na frente e não olhar para trás. Mas, ele falha ao quebrar a promessa. Eurydice, então, é arrebatada pelas sombras da morte e retorna ao Hades. Orfeu não tem mais a oportunidade de resgatá-la. Os amantes só se reencontram quando Orfeu, por sua vez, morre e vai ao Hades. A origem deste mito é o antigo mito da Deusa, que recebia asalmas no Mundo Subterrâneo e cujo animal sagrado era a serpente. 

Ludi Piscatari, o festival romano dos pescadores, invocando a proteção das divindades da água para seus barcos e redes, harmonizando as energias contidas nelas para torná-las resistentes e de fácil manuseio. Os romanos acreditavam que cada embarcação possuía seu espírito e que harmonizando suas energias com ele, navegariam melhor durante o ano.

Ludi Piscatori foi sacralizado na Inglaterra como feriado cristão dedicado à Saint Botolph, quem guardava os portões das antigas cidades amuralhadas inglesas. Seu selo é um diamante egípcio, um marcador ainda usado em navegação.





CELEBRAÇÃO DO DIA 16 DE JUNHO:
Festa das Águas no Egito. Invocavam-se as benções da deusa lunar Hathor e de sua constelação Sirius, para as águas do Rio Nilo, para os pescadores e os cultivadores da terra. Acreditava-se que Sirius detinha o destino do planeta. É para lá que iam as almas dos farões e sacerdotes, receber instruções e ganhar conhecimento. 

 O templo de Hathor em Dendera foi construído com orientação para Sirus que os egípcios associavam com o deus Anúbis e representava ser o Olho ser Anúbis no céu. Por sua vez, Anúbis estava relacionado com o tempo.
O festival da Lua Cheia de Edfu honrava a deusa Hathor. Todos os anos, na lua crescente anterior ao período da cheia do Nilo, a estátua de Hathor era retirada de seu templo em Dendera e transportada por barco até o templo do deus Hórus, em Edfu, lá chegando na Lua Cheia. Este festival celebrava a franca união sexual entre as duas divindades. Era um período de grandes festividades e, muito apropriadamente, de casamento entre humanos pois era considerado um período de muita sorte, coincidente com a cheia do rio e a fertilidade que ela trazia para o povo. 

Noite das Lágrimas, cerimônia egípcia lembrando as lágrimas de Ísis durante a busca de seu amado Osíris. A Queima das Lanternas acontecia em Sais, no templo de Ísis. Lá, numa capela subterrânea sob o templo principal, havia um caixão de madeira para o Deus Osíris. Sacerdotisas, sacerdotes e iniciados se uniam nesse local oculto portando lanternas. Marchavam em procissão ao redor do caixão. Os egípcios diziam que era a luz da Lua que Ísis chamava para restaurar a vida a Osíris. Segundo o mito, quando Osíris partiu para os céus, ele foi para a Lua. 



Celebração de Fand, a deusa celta do mar, chamada de "A Pérola da Beleza". Esposa do deus do mar, Manannan, Fand regia a saúde, a cura, a beleza, a sedução e o prazer. Segundo a lenda, ela se transformava em uma gaivota e, saindo de seu reino das águas, sobrevoava o mar e a terra em busca de amantes, raptando elevando os jovens para perto de si. Mais tarde, foi descrita como Rainha das Fadas na mitologia irlandesa. 

Antiga comemoração, na Caldéia, da deusa lunar Levanah, a soberana das águas e a controladora das marés.
Para os hebreus, é a fase da lua escura. Eles tem uma cerimônia de Santificação da Lua. Kiddush Levanah, para chamar a Presença Divina e suas bênções.

Dia do Cálice, na tradição Wicca, representando o Sagrado Feminino.






CELEBRAÇÃO DO DIA 15 DE MAIO:

 Celebração grega da deusa Mnemosyne ou Mnasa, a mãe das Musas, concebidas em uma relação sexual ininterrupta de nove dias com o deus Júpiter. Ela era uma titânide, filha de Urano e Gáia, ou seja filha do Céu e da Terra. Era também , irmã de Cronos, o Tempo, e era reverenciada como  uma deusa profética, que podia dizer o que havia sido e o que seria no futuro. Ela personificava a Memória. Era considerada uma Fonte Sagrada, que fluía em Hades, o Mundo Subterrâneo,  muito perto do Rio Lethe, o rio do Esquecimento, deusa com a qual estava vinculada através da seleção de lembranças ou informações que seriam transmitidas. Numa era de transmissão oral, a deusa Mnemosyne tinha importância social destacada enquanto ao reconhecimento so patrimônio cultural. Era representada como uma mulher madura, ornada de pérolas e pedras, segurando o queixo ou a ponta da orelha com os dois primeiros dedos da mão direita, gesto que facilita a ativação da memória. O bastão da sabedoria, skeptron, talhado em loureiro, é seu símbolo.


 
Final de Vestália, o festival dos primeiros frutos dedicado à deusa Vesta. Neste último dia, começava-se a limpeza do templo e seis vestias estavam encarregadas de preparar os bolos sagrados com "mola salsa", farinha muito fina feita por elas das primeiras espigas de trigo colhidas. Os moinhos eram enfeitados com guirlandas e os burro de carga recebiam farta alimentação e arreios novos. 

Dia de Nossa Senhora do Monte Carmel, celebração antiga na Espanha e nos Estados Unidos comemorando Maria, originada de uma comemoração em data anterior dedicada à Grande Mãe.
Festa budista de Amitabha Amida, em homenagem ao Buda da Infinita Paz.






CELEBRAÇÃO DO DIA 14 DE MAIO:

Dia das Musas. Conta a mitologia grega que as musas foram criadas para perpetuar com cantos e glórias a vitória dos deuses do Olimpo sobre os titãs, filhos de Urano. Zeus foi seu pai com a deusa da memória, Mnemosyne. Elas eram em número de nove, conforme as noites que eles passaram juntos, e um ano depois, tiveram nove filhas num lugar perto do monte Olimpo. As Musas foram criadas pelo caçador Crotus que, após sua morte, foi transformado na constelação de Sagitário. As musas cantavam o presente, o passado e o futuro, acompanhadas da lira de Apolo. No início eram apenas deusas da música e ninfas dos rios e dos lagos, mas, posteriormente, suas funções e atributos foram se diversificando e ficaram conhecidas como aquelas que inspiravam e estimulavam a criatividade dos artistas. O templo das Musas chamava-se Museion que, mas tarde, deu origem a palavra museu tal como a conhecemos hoje. 
Conforme os autores, o número e o nome das Musas variam de três a nove, embora na maioria dos mitos fale-se sempre sobre nove Musas. Elas eram:

Clio, "a regente da fama, a proclamadora", era a Musa da história e dos escritos, tem como símbolos o clarim heróico e um pergaminho parcialmente aberto.

Euterpe, "a doadora de prazeres, a regente da alegria", é a Musa da música e tem consigo uma flauta e partituras.

Calliope, "a que tem a voz bonita, é a Musa da eloquência, que teve dois filhos com o deus Apolo, Himeneu e Iálemo,e um filho e com Eagro teve, Orfeu, o célebre cantor da Trácia. 

Thalia, "a festiva, aquela que faz brotar flores", é a Musa da comédia. Usava uma máscara cômica e portava ramos de hera.

Melpômene, "a entristecida, a poetisa", era a Musa da tragédia. Usaa máscara trágica e folhas de videira.

Trpsichore, "a amante da dança, a musa rodopiante", era a Musa da dança e do canto coral; alguns dizem que ela era a mãe das sereis.


Erato, "a que desperta o desejo, a que é amável", regente da poesia erótica e lírica. Está coroada de rosas e segura um arco na mão esquerda.
 
Polyhymnia, "a que medita, a musa dos hinos", ela é a Musa dos hinos sagrados e da narração das histórias. Está numa atitude meditativa, com um dedo na boca.

Urania, "a celeste, é a Musa da astronomia. Está coroada de estrelas e tem consigo um globo e um compasso.
Às vezes eram mencionadas apenas três Musas: Melete, "a que pratica"; Mneme, "a que recorda" e Aoide,"a que canta". Havia também nomes diferentes para o grupo todo, de acordo com a localização: Carmente, Pieriade, Aganippide, Castalide, Heliconiade ou Meonide.
As Musas são detentoras de poderes proféticos.








CELEBRAÇÃO DO DIA 13 DE MAIO:
Festa de Epona, a deusa equina da Gália, protetora dos viajantes, dos cavaleiros e dos cavalos. Nascida da união de uma égua com um deus, ela era considerada um símbolo de fertilidade, invocada nas coroações dos antigos reis celtas para garantir sua soberania. Até o século XI, o reis irlandeses ainda "casavam" com a deusa por meio de suas sacerdotisas. A lenda de Lady Godiva é uma reminiscência do culto dessa deusa equina. Seu nome, em gaulés, língua celta, significa "égua divina" pois sua raiz,"epos/epa" significando cavalo/égua,deu origem à palavra "equino".
Ela era uma deusa da Europa Ocidental, embora haja indícios do seu culto encontrados no norte da África. Mas, durante a ocupação romana na Gália, seu culto foi adotado pelos exércitos romanos, como vimos, sua origem é bem mais antiga. Altares e templos foram-lhe dedicados e muita honraria, principalmente por cavaleiros do império romano e pessoas que cuidavam dos estábulos. Também era representada como deusa da fertilidade e da Terra, com um prato de oferendas ou um cesto com frutas. Ela regia também a água, a cura e a morte. Ou seja ela é tão antiga que reúne as três fases da Deusa constituindo-se em uma Deusa Tríplice: como ninfa das águas (que curam) é a Donzela, surgindo na correnteza dos rios com quatro seios, segurando um cálice e acenando para seus seguidores, que invocavam-na com cânticos e oferendas; como deusa da abundância é a Mãe e como deusa da morte, é a Anciã Sábia, como quando aparece montada em sua égua branca sendo seguida por um homem que ela leva para o outro mundo. Ela é conhecida como Rhiannon em Gales e Macha na Irlanda e podia transformar-se em uma égua branca. 






CELEBRAÇÃO DO DIA 12 DE JUNHO:


Shavuot, a festa hebraica dos grãos, que é citada na Torá como a festa da natureza e da agricultura. Os hebreus receberam a Torá em Sahvuot, de modo que a festa é também chamada de Chag Matan Torá, a Festa da Entrega da lei. Nesta época o povo concluía a colheita da cevada e iniciava a colheita do trigo e agradeciam e celebravam a deusa Shekinah. 


Shekinah era o Ser Primordial, a manifestação da divindade na Terra que podia ser percebida, vista e sentida somente por meio dessa emanação feminina. Seu nome transliterado significa "habitação", "assentamento" (de Deus). Era a Face de Deus revelada aos homens e também Sua Face Feminina e Materna. Ela era  Presença de Deus, também chamada de Graça Divina, Música das Esferas, Luz Primordial, Ser Supremo ou Árvore da Vida, sendo representada sentada sobre o Trono da Compaixão, que era ou um tripé ou um dólmen, símbolos muito comuns nas tradições das Deusas. Como Árvore da Vida, ela produzia doze frutos diferentes, um para cada mês e suas folhas curavam os males. Com o passar do tempo, os religiosos e historiadores patriarcais transformaram-na em uma semideusa subordinada a Jeová. 

Festa de Mut, a Grande Mãe da Núbia, a Deusa Abutre, protetora de todos os seres vivos. Ela era uma divindade protetora do reino e da realeza do Alto Egito enquanto Uadjit, o era do Baixo Egito. Ela era representada como uma mulher com cabeça de abutre ou um abutre branco com a coroa do Alto Egito. Quase sempre de asas abertas, sinal de proteção. Seu nome significa Mãe, sendo a doadora da vida e da morte.O seu culto precedeu o de Ísis como Deusa mãe. Tinha muitos nomes, segundo seus atributos e funções. Como Coroa Branca, era considerada protetora dos nascimento, em especial dos nascimentos reais, e ela era parteira, enfermeira, protetora e zeladora do farão desde o seu nascimento.

Celebração de Hu Tu,a Imperatriz da Terra na China, padroeira da fertilidade e reverenciada pelas mulheres na Cidade Proibida.

Skiraphoria, o festival grego pertencente ao ciclo agrícola,  festejado na última lua cheia da primavera. O Skiron era um lugar sagrado situado a meio caminho entre Atenas e Eleusis e, acredita-se que foi alí que Deméter ensinou a Triptólemo a arar os campos e semear os cereais com um carro de uma só roda puxado por serpentes ou dragões. Este templo era dedicado a Atena Skiras, Poseidon Pater, Deméter e Kore, os dois primeiros deuses representando Atenas e a vida na cidade e as duas últimas representando a agricultura que sustentava a vida de todo o povo grego. Durante a Skiraphoria realizavam-se ritos de fertilidade, o arado sagrado do campo, a bênção e agradecimento pela colheita recebida.
Festival japonês para afastar os infortúnios e atrair a boa sorte. As pessoas lavavam seus cabelos em um riacho ou rio para se livrar dos males, entregando-os à correnteza. 
No Brasil, dia dos Namorados e, na Grécia, comemoração de Júpiter (que, a final das contas, foi o grande namorador da mitologia grega).






CELEBRAÇÃO DO DIA 11 DE MAIO:

Continuação das festividades de Mater Matuta, celebrando as deusas Fortuna, em Roma, e Tyche, na Grécia.  Fortuna era uma deusa romana da sorte, boa ou má, e da esperança. Era considerada filha de Júpiter e representada com uma cornucópia (um vaso em forma de chifre) com frutas e flores simbolizando abundância, e um timão significando a distribuição dos bens e a coordenação da vida dos homens e, geralmente, estava cega ou com a vista tapada (como a atual justiça), pois distribuía seus desígnios aleatoriamente. Ela possuía um templo com o nome de Fortuna Virilis, perto do Capitólio, e os romanos a homenageavam em 11 de junho e no dia 24 também com o festival de Fors Fortuna.


Sua equivalente grega era Tyche, cujo nome significa "sorte". Nos antigos cultos gregos era a divindade responsável pela fortuna e prosperidade de uma cidade e de seu destino. Os gregos acreditavam que a inconstância e os reveses desprovidos de significado sofridos pelas cidades ao longo de sua história, devia-se aos caprichos com que Tyche governava a humanidade. Durante o período helenístico era comum que cada cidade venerasse sua própria versão icônica de Tyche que era representada com uma coroa mural (uma coroa com a forma das muralhas da cidade). Alguns dizem que era filha de Hermes e Afrodite, outros, que era uma Oceânide, filha de Oceano e Tétis. Em Alexandria, seu templo, o Thykhaeon, foi descrito como um dos mais luxuosos de todo o mundo helenístico.  
Celebração de Pandora, deusa das riquezas da Terra, a doadora, "a mãe que dá presentes a todos", uma das manifestações da deusa Gaia, a Mãe Terra. Era a própria energia da terra, alimentando as plantas, animais e o homens, sob o nome de Anesidora, "aquela que dá as dádivas". Era representada como uma mulher gigante saindo da terra por um túnel e, já no mundo patriarcal, ela foi transformada em vilã, responsável por ter aberto a caixa com todos os males do mundo, só conservando dentro da caixa, a esperança.
Nos países eslavos e nórdicos, o poder gerador e regenerador da Mãe Terra era comemorado com a deusa Mahte, na Lituânia, com Maadeno, na Finlãndia, com Mamaldi, na Sibéria e com Mukylcin, na Rússia. Fjorgyn era a personificação da terra primeva, não cultivada e não habitada. Era cultuada no alto das montanhas e colinas, onde se unia ao céu, imagem que simboliza o mito universal do casamento sagrado da Mãe terra com o Pai Céu. Considerada a guardiã do sagrado caldeirão do renascimento, era representada cercada de vasos de barro com formas humanas e de cestos com frutas ou, ainda, como uma mulher grávida que emerge da terra com o ventre jorrando as águas da vida, os seios e os joelhos formando as colinas e os cabelos, a vegetação. Às vezes aparece segurando um filho e uma filha no colo, símbolos de dois mundos: o poder masculino e a receptividade feminina.





CELEBRAÇÃO DO DIA 10 DE MAIO:


Na Pérsia, dia de Anahita, a deusa do amor, uma das deusas governantes do Império, seu nome significando "Aquela que é Imaculada". Alguns historiadores dizem que ela aparece mais cedo como uma deusa iraniana cujo nome completo era Aredvi Sura Anahita, mas, ambas eram divindades das águas, associadas à fertilidade, à cura e à sabedoria. Na Pérsia, ela personificava o poder fertilizador da Lua, da água e da chuva, que viria das estrelas, e era regente do planeta Vênus. Por isso, era padroeira da reprodução, aquela que purificava o sêmem do homem e abençoava o ventre e os seios da mulher. Ela aparecia ora com mãe (nutridora), ora como guerreira (defensora) de seu povo. 




Suas estátuas representavam-na como uma linda mulher , vestida com um manto dourado ornado com peles de lontra e enfeitada com diademas e colares de ouro. Sua carruagem dourada era puxada por quatro cavalos brancos, que representavam o vento, as nuvens, a chuva e o granizo. Às vezes, ela era representada carregando um vaso com água. Seus animais consagrados eram a pomba e o pavão. As oferendas a Anahita incluiam galhos verdes, novilhas brancas, leite e rituais sexuais. Ela era muito popular e uma das formas da Deusa Mãe das Águas Primordiais, associadas ao nascimento.




CELEBRAÇÃO DO DIA 9 DE JUNHO:

Matrália, dia das mães em Roma dedicado às deusas da alvorada Aurora e Leucothea, manifestaçãos das antigas deusas Mater Matuta,a Mãe da Manhã e Dea Matuta, a Mãe da Luz. Na madrugada deste dia, as mães, com os filhos no braços, invocavam Matuta pedindo sua bênção. 

Nos países eslavos, as Auroras eram duas deusas celestes.
Zorya Utrennyaya, a regente da aurora e  Estrela Matutina e

Zorya Vechernyaya, a regente do crepúsculo e a Estrela Verpertina, vinculadas ao planeta Vênus, às vezes, há uma terceira, a regente da meia noite. Eram vistas como lindas virgens que moravam no reino da luz, junto com o deus do Sol, a deusa da Lua, sete juízes (correspondendo aos sete planetas) e sete mensageiros (as estrelas cadentes e os cometas). Elas protegem o universo e impedem que o deus amarrado à constelação da Ursa Maior se liberte, sinal do fim do mundo. Elas também tem um aspecto protetor aos seus afilhados, cobrindo com uma nuvem espessa os campos de batalha para os tornar invisíveis aos inimigos.
Na Romênia, Zórile representavam as três Senhoras do Destino, assemelhadas às Nornes ou às eslavas Rodjenice.
 
 




CELEBRAÇÃO DO DIA 8 DE JUNHO:


Festival dos grãos, na China, dedicado à deusa Kwan Yin, a representação do princípio Yin da materialidade e da compaixão.

Festival (matsuri) japonês do arroz, que são praticados várias vezes ao ano e em todo o país, já que o arroz e o alimento básico do japonês. Variam muito na forma, mas, todos eles pedem aos deuses que façam crescer o cereal em abundância, proteção contra desastres naturais e/ou e agradece uma colheita generosa. Em alguns deles, as mulheres, vestidas com seus quimonos tradicionais, rcitavam orações e faziam fogueiras com palha de arroz, pedindo a bênção das colheitas e das crianças. Nos arredores de Nara, grupos de "miko", donzelas dos santuários sagrados, e precedendo o cultivo do arroz, elas inauguram o processo de plantação através de uma dança estilizada. A sua virgindade simboliza a fertilidade que é procurada pelos jovens rebentos do arroz. Todos os estágios do crescimento da plantação são ritualizados através da dança e elevados à sua plenitude como uma oração que pede um desenvolvimento igualmente auspicioso para a verdadeira colheita. 

Celebração da deusa romana Mens, que regia as medições, os números (cálculos, tabelas e arquivos) e os calendários. Seu nome significava "o momento certo" e era um dos atributos da deusa Luna, que inspirou as mulheres a inventarem os calendário d acordo com seus ciclos menstruais. Os primeiros calendários da humanidade foram os lunares, baseados na sincronicidade entre o ciclo lunar e o menstrual. A própria palavra "menstruação"contém em si o nome desta deusa e significa "mudança de lua".







CELEBRAÇÃO DO DIA 7 DE JUNHO:

Festival de Vestália em homenagem a Vesta, deusa padroeira dos lares e guardiã do fogo sagrado. As Vestais limpavam e renovavam os altares e abriam os templos para todas as mulheres, sendo o acesso proibido aos homens. Este festival tinha lugar do dia 7 ao dia 15 de junho e finalizava com a limpeza dos templos com o intuito de purificação. 


No dia 7, o templo abria suas portas para as matronas (parteiras), que entravam descalças e com os cabelos soltos para orar por suas famílias e pelo bem de suas casas. Levavam pratos com iguarias e a vestais ofereciam a mola salsa, um farinha de trigo branca que era moída, torrada e salgada por elas mesmas para ser utilizada em todos os sacrifícios oficiais.
Normalmente, o templo só dava acesso à vestais e ao sacerdote máximo, porém, este não podia entrar no recinto secreto da deusa onde se guardavam os sete objetos sagrados que asseguravam a grandeza de Roma e que somente podiam ser vistos pelas vestais. 
No dia 9, a festa era mais popular. Era a festa dos padeiros e moleiros devido a sua relação com o fogo, utilizado para fazer o pão.
No dia 15 começava a limpeza do templo e o lixo era depositado fora da cidade. O dia considerava-se "nefasto" quando todas as atividades eram proibidas (menos as religiosas) e somente depois de todos os rituais religiosos cumpridos, o dia passava a ser "fasto" novamente (quando permitiam-se todas as atividades humanas).

Além de zelarem pela chama sagrada dos templos da Deusa, as vestais colhiam os primeiros frutos e cereais, preparavam as oferendas e as ceias comunitárias das colheitas.Elas eram encarregadas, também, dos rituais de purificação dos templos, das praças públicas, das casas e das pessoas. Era muito importante a manutenção da chama sagrada e o principal objeto de culto à Vesta. Segundo o mito, o fogo foi trazido de Tróia pelo herói lendário Enéias, e preservado no santuário dedicado à deusa em Roma. Nesse recinto não havia imagem alguma dela que era, então, representada pelo próprio fogo, que era mantido sempre acesso por seis vestais (sacerdotisas) virgens. O culto à Vesta, identificada com a Héstia grega, era o mais antigo em Roma e o que mais resistiu ao cristianismo. 


Celebração da deusa báltica Haltia, a protetora do lar, dos assuntos e dos animais domésticos. Ela é um espírito familiar, que cuida da lareira, a Senhora da Casa, e acreditava-se que ela pairava sobre as casas finlandesas do Báltico. Segundo a lenda, ela morava na própria estrutura da casa, e trazia saúde e boa sorte para seus habitantes, desde que eles reconheçam sua presença e a cumprimentem cada vez que passam pelo limiar. É sua energia que mantém a alma da casa. Na Estônia é chamada de Holdja. Se a casa fosse demolida ou destruída, a família deveria levar para sua nova morada um pouco das cinzas da antiga lareira para não ofender ou enfurecer a deusa. Haltia também cuidava das vacas, ovelhas, cavalos, porco e aves. As crianças tornavam-se mais obedientes se ela fosse homenageada com cânticos, orações e oferendas de pão, leite, queijo e mel.








CELEBRAÇÃO DO DIA 6 DE JUNHO:

Festival de Bendidéia, na Trácia, homenageando a deusa lunar Bendis, representante do poder destruidor da lua minguante e dos mistérios da noite e da escuridão. Antigamente, Bendis era uma deusa caçadora, pelo qual foi identificada pelos gregos com Ártemis e, depois, com Hécate, ficando assim vinculada à lua minguante. As poucas imagens encontradas dela a representam vestida com uma túnica curta e botas, como Ártemis, e até com um manto de pele de animais. Estas celebrações lunares continuaram, posteriormente, na Grécia, especialmente em Atenas, com procissões de mulheres indo para o templo de Pireus. Seu festival tornou-se uma cerimônia oficial e incluía uma corrida à cavalo de tochas acessas que eram passadas de mão em mão entre os cavaleiros e oferendas de bolos em forma de meia-lua nas encruzilhadas.
Celebração de Andrômeda, a deusa pré-helênica da Lua. Seu nome, originariamente, descrevia o poder fertilizador e destruidor da Lua como "Governante dos Homens". Era considerada a personificação da luz da Lua alternada à escuridão da noite. Posteriormente, nos mitos, Andrômeda foi transformada na filha da Rainha Cassiopéia, do reino fenício da Etiópia. Esta foi castigada pelo deus Poseidon por seu orgulho a sacrificar Andrômeda para ser devorada por um monstro marinho e, quando já acorrentada ao rochedo, foi salva pelo herói Perseu. Após sua morte, a deusa Athena transformou-a na constelação que leva seu nome.

Na Nigéria, início do festival anual para honrar os ancestrais, os Egungun, os Mascarados. Durante sete dias, as pessoas ofertavam comidas e bebida aos espíritos ancestrais, dançavam e entravam em transe religioso para poder se comunicar com seus antepassados e com os espíritos da natureza.







CELEBRAÇÃO DO DIA 5 DE JUNHO:

Celebração de Domnia, a padroeira celta dos menires e dólmens, homenageada na Irlanda com procissões e rituais nos círculos de pedras.
 Nos países eslavos, os menires eram chamados Kamenaia Baba ou "as mães de pedra". Esses monolitos arredondados eram de origem cita, sendo feitas neles inscrições com imagens de animais, serpentes e mulheres segurando chifres. Oferendas de lã, leite e óleo de linhaça eram feitas pelos camponeses, que pediam força e saúde para si e para seus animais. 

Comemoração celta de Sheelah na Gig, a antiga deusa irlandesa da fertilidade, da vida e da morte. Ela era representada como uma mulher velha e esquelética, abrindo com suas mãos sua vulva exageradamente grande, simbolizando o portal da vida. Suas figuras foram usadas, posteriormente, pelos padres cristãos como adornos nas igrejas para representar os "demônios" da sexualidade e do pecado. 
Dança do Milho dos índios Pueblo, no Novo México.

Dedicada às deusas da chuva e da terra, respectivamente "A Mulher que Muda'" e "A Mulher Aranha".
Retirada da estátua de Hathor de seu templo em Dendera, iniciando-se a procissão com barcos até Edfu. 

Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia. Com o intuito de conscientizar a população mundial para assuntos referentes à preservação do meio ambiente, a ONU promoveu , em 1972, o encontro de representantes de 113 países e mais de 250 ONGs do mundo inteiro. A principal pauta abordada foi a degradação ambiental que a intervenção humana provoca no meio ambiente, assim como os efeitos decorrentes dessa interferência para a sobrevivência tanto nossa como do planeta.





CELEBRAÇÃO DO DIA 4 DE JUNHO:

Na Irlanda, celebração da Mãe Terra, a antiga deusa Danu ou Anu, conhecida também como Don no País de Gales e Dommu, Dana ou Donann em outros lugares. Reverenciada como a Mãe Ancestral de uma tribo de seres espirituais chamados Tuatha de Danaan, seu nome significava "sabedoria". Ela é a guardiã do conhecimento, protetora de sua tribo, regente da Terra , da água e da constelação de Cassiopéia, chamada de Llys Don, em sua homenagem. Os Tuatha de Danaan eram a quarta raça de colonizadores que chegaram na Irlanda séculos antes da era cristã. Eles eram seres sábios, eminentes magos, cientistas e artesãos, possuidores de uma altíssima vibração espiritual, verdadeiros "sere de luz". Após permanecerem duzentos anos ensinando suas artes para os habitantes nativos, foram vencidos pelos últimos conquistadores da ilha, os Milesianos, guerreiros e materialistas. Os sobreviventes do "povo da deusa Danu" refugiaram-se nas colinas ou embaixo da terra e passaram a ser conhecidos como "Daoine Sidhe" ou o "Povo das Fadas"
Fim de Rosália, o festival romano das rosas. 

Festival romano da deusa Pax, equivalente de Irene, na Grécia. Essa deusa era a protetora das pessoas e das propriedades, a personificação da segurança. Na Grécia, ela era uma das Horas, simbolizando que era só temporária, uma estação, um período de tempo.






CELEBRAÇÃO DO DIA 3 DE JUNHO:


Cerimônias romanas para Bellona, a deusa guerreira e amazona e para Tempesta, a deusa das tempestades. Bellona já foi identificada com a grega Enio, mas, a maioria coincide que ela era somente romana e, por vezes, era considerada como esposa ou irmã de Marte, deus da guerra, sendo que ele também era deus dos campos, enquanto Bellona personificava a fúria da guerra. Em Roma, seu templo se erguia fora da cidade, em Porta Colina, onde o Senado recebia os embaixadores estrangeiros. Nas proximidades deste templo havia uma pequena coluna onde, se houvesse declaração de guerra, se colocava a lança ritualística que assim o demonstrava. Em suas cerimônias do dia 3 de junho, seus sacerdotes, Bellonari, percorriam as ruas de Roma furiosos e com facas, se autoflagelavam sendo interrogado pelo povo que tinha suas respostas como oráculos.

Ritual budista para a benção das meninas. Dedicado à deusa Surabhi ou Kamadhenu, "a vaca da plenitude que realiza todos os desejos", ela representava a maternidade e a reprodução e era invocada para a proteção das crianças. Kamadhenu é uma deusa bovina da mitologia hindu. É vista como a mãe de todas as vacas. E, segundo o mito, ela dá ao seu dono tudo o que ele deseja. Todas as vacas são veneradas como a encarnação terrena da deusa Kamadhenu. Ainda hoje existem caas que tem a imagem de Kamadhenu, embora, ela nunca teve um templo dedicado a ela  porque todas as vacas vivas são objeto permanente de adoração, sendo alimentadas por todos e lhes cedendo caminho preferencialmente. Ela é considerada uma divindade das mais importantes do panteão hindu. 
Celebração finlandesa para Kalpas-Anki, a deusa dos partos, protetora das mães e das crianças. Em cada nascimento, ela lia em um livro dourado o destino da criança e tecia o fio de sua vida. Ela era reverenciada nas árvores com sete ramificações, em que eram enterradas as placentas dos recém-nascidos. 
Festival Cataclysmos nas praias da ilha de Chipre. Anualmente, nesta data, são homenageadas com orações, jogos aquáticos e danças sagradas as almas daqueles que morreram no mar. 

Também era reverenciada a deusa Kypris ou Cypria, uma das manifestações de Afrodite que, segundo a lenda, nasceu nesta ilha.






CELEBRAÇÃO DO DIA 2 DE JUNHO:

Dia de Cardea, a deusa romana da vida doméstica e das trancas e fechaduras e das dobradiças das portas. Ela cuidava da harmonia familiar, além das portas e janelas das casas. Alguns mitos contam que Cardea era uma ninfa que foi desejada e perseguida pelo deus Janus, das portas e portões. Em compensação foi ele quem lhe deu o poder sobre as portas terrestres e celestes.
Seu poder abria qualquer porta ou portão e dava acesso ao conhecimento oculto. As recém-casadas untavam com banha de porco as dobradiças de suas portas e um jovem trazia, na procissão para entrar na nova casa, uma tocha nupcial de espinho branco trançado (cardo) que era acesso dentro de casa em homenagem à Cardea. O nome deste espinho, cardo, originou o conceito de "pontos cardeias", com direções que alinhavam ou distribuíam o espaço terrestre e celeste também. "Cardo" era também a rua principal norte-sul da cidade romana. 

Festa escandinava da deusa Syn, "A Defensora", a guardiã do paraíso, das entradas que negava passagem àqueles que não tinham merecimento ou permissão para entrar. É considerada a protetora das fronteiras e a defensora dos limites. Seu nome significa "negação" e era chamada nas assembléias e nos conselhos para defender aqueles que deveriam negar pedidos ou colocar limites. Era uma deusa justa e onisciente, por isso, os povos nórdicos pediam sua presença nas disputas judiciais para assegurar o triunfo da justiça e o cumprimento dos juramento e das promessas. Ela se apresenta como uma mulher séria, vestida com uma túnica violeta e com uma tiara nos cabelos;nas mãos, um bastão inscrito com runas, uma chave, um escudo ou uma vassoura de galhos de bétula e sinos.

Shapatu, nas noites de lua cheia ou nova, comemoração na Babilônia de Ishtar, como Rainha das Esrelas, quando eram feitas oferendas de comida e de bebida em seus altares e ritos (Qadishtu) sexuais sagrados. As mulheres, que ao menos uma vez na vida deveriam servir à Deusa, recebiam amantes em seus templos, expresando a sexualidade como uma dom sagrado de Ishtar e, assim permitindo, que os homens comungassem com a Deusa durante estes ritos. Em seus altares havia representação de vaginas de lápis lázuli e estrelas ou rosáceas de ouro de oito pontas, sendo este número considerado sagrado porque reconciliaria o tempo lunar e o solar. O zodíaco era chamado de Cinto de Ishtar e a deusa era associada ao planeta Vênus, mas, também, à estrela Sírius, a mais brilhante. 
Celebração, na Grécia de Juno Regina, como Rainha do Céu.







CELEBRAÇÃO DO DIA 1º DE JUNHO:

Celebração de Carna, a deusa romana da saúde e da sobrevivência física. Ela era a protetora e guardiã dos órgãos vitais do homens e recebe as oferendas com os pedidos de que conserve a saúde do coração, do fígado e todas as vísceras internas de seus devotos. Os romanos lhe ofereciam pão fresco, sopa de feijão com toucinho, agradecendo-lhe pela manutenção da saúde da família. Carna representava a realidade carnal da existência humana, a personificação dos processos físicos da sobrevivência. Seu nome derivou-se "carne, carne de alimentos"

Festival romano para Juno Moneta. A palavra "moneta" vem do latim "monere" e significa "advertir, admoestar, avisar" e conta a lenda que, em uma das várias invasões dos bárbaros ao Império Romano, que já estava se esfacelando, um grupo deles tentou escalar a parte da muralha de Roma, junto à qual, do lado de dentro, havia um templo dedicado a Juno. Os gansos consagrados à deusa, que estavam no terraço deram o alarme e os soldados conseguiram afugentar o inimigo. Agradecidos, os romanos, dedicaram esses templo a Juno Moneta, "Juno que avisa". Mais tarde, nesse templo, se estabeleceu um local onde se cunhavam discos metálicos com valor definido, próprios para fazer negócios de compra e venda. Estes receberam um nome derivado da deusa do templo: moneta ou moeda. Assim, Juno Moneta assimilou os atributos de protetora das casas de moeda e defensora dos bens das mulheres casadas, evitando sua espoliação pelos maridos ou filhos.
Festival das Hamadríades, as Ninfas dos carvalhos na Grécia. Os gregos acreditavam que cada árvore tinha uma alma individual,uma força elementar na forma de uma mulher com o corpo formado pela árvore. Esses seres elementais, chamados de Dríades, zelavam por suas moradas, as árvores, e castigavam os homens que quebravam ou cortavam a árvore ou seus galhos. As Ninfas que moravam nas árvores frutíferas chamavam-se Melíades ou Epimélides. Quando a árvore morria, a vida da Ninfa também acabava porque elas compartilhavam com o carvalho o seu destino; por isso, os bosques eram considerados locais sagrados e preservados contra os incêndios ou a destruição. 
Na antiga Áustria, em Tirol, os espíritos das árvores eram chamados Fangge. Os habitantes acreditavam que os Fangge vingavam-se daqueles que cortassem os galhos ou arrancassem a casaca das árvores, fatos que levariam à sua morte. Para se proteger de alguma vingança dos Fangge, as pessoas ofertavam pães com sementes de cominho às árvores. 
No Japão, os Oryu, os espíritos dos salgueiros, abandonavam as árvores caso elas fossem destruídas e atacavam seus agressores.
Nos países eslavos comemorava-se Slata-baba ou "A Mulher Dourada", equivalente da deusa romana Moneta, padroeira da riqueza e das cerimônias. Era representada como uma mulher ricamente vestida com peles e enfeitada com jóias de ouro. Para atrair suas bênções, eram oferecidas as melhores peles dos animais caçados, por acreditar-se que ela guardava todos os tesouros do mundo. 







CELEBRAÇÃO DO DIA 31 DE MAIO:

Celebração dos deuses gregos Perséfone, Proserpina em Roma, e Hades, chamado de Plutão em Roma, com danças e competições esportivas perto do Rio Tibre, em Tarentum.



Na mitologia pré-helênica, Pluto era filho de Ceres e o deus da riqueza, no começo, que a terra produzia. Mais adiante, passou a ser considerado deus de todo o tipo de riquezas e bens materiais. Seu nome significa "riqueza, abundância" e, como sua mãe, um dos seus atributos era a generosidade.

 

Diz o mito que Zeus o cegou para que ele distribuísse os bens indiscriminadamente entre os homens, não apenas para aqueles que tivessem valores morais elevados.  Apresentam-no como criança, às vezes da mão de Fortuna, ou como velho de olhos vendados, carregando uma bolsa. No patriarcado, foi relegado à deus secundário e suas funções transmitidas à Plutão-Hades.


Com o nome de Plutão, falava-se de seu lado benigno, o deus das riquezas produzidas no subsolo da terra e marido amoroso e dedicado à Proserpina, sua rainha. Como Hades, era de seu lado escuro que se falava, o deus dos mortos, irmão de Zeus esenhor do submundo. Foi ele quem raptou Perséfone, a filha amada da deusa Deméter, tornando-a sua rainha à força.

Sellisternia, a celebração de Ísis em seu aspecto de Stella Maris, a protetora dos marinheiros, sincretizada com Maria. Ísis era chamada de Estrela do Nilo e seu culto se estendeu em várias regiões do Império Romano, impactando, posteriormente, o cristianismo que manteve estes títulos para Maria como Stella Maris, a Estrela do Mar, que guiava os marinheiros em segurança em suas viagens. Em Roma, as matronas levavam oferendas para as deusas Juno e Diana.

No folclore celta, comemora-se a linda princesa irlandesa Grainne, que preferiu o exílio com seu amado Diarmuid e a morte a ter de se casar por obrigação com o velho comandante dos guerreiros fenianos, Finn. Esta lenda originou-se em um antigo mito sobre a deusa solar Grainne, que escolheu fugir com um jovem e abandonou seu velho marido (que, por sua vez, deu origem a lenda medieval de Tristão e Isolda). A batalha entre o jovem e o ancião descreve a escolha do novo consorte da Deusa, substituindo-se o antigo rei. De uma maneira simbólica, esta lenda expõe os ressentimentos patriarcais em relação à liberdade feminina e o domínio do homem sobre a mulher, já que o jovem herói é morto e Grainne, ao se ver obrigada a voltar a viver com seu velho marido, opta pela morte. 
A antiga tribo celta do povo Averni homenageava Basihea ou Bakeaki, a deusa do céu, criadora dos pássaros e protetora das viagens, físicas ou mentais.







CELEBRAÇÃO DO DIA 30 DE MAIO:


Comemoração de Joana d´Arc, também chamada de a Donzela de Orléans. Ela é a santa padroeira da França e foi uma heroína da Guerra dos Cem Anos, quando mudou o rumo da guerra a favor da França. Segundo a lenda, Joana recebeu sua missão das "Três Fadas!, sob uma árvore consagrada ao culto da deusa Diana. O Conselho Eclesiástico interpretou sua visão como uma aparição angélica, negada posteriormente. Sua morte foi autorizada na fogueira como "bruxa herege e idolatra". Quinhentos anos depois, no entanto, Joana foi canonizada como Santa.
Antiga celebração das deusas gaulesas da guerra Nemétona, a senhora do bosque sagrado e Nantosuelta, a senhora da água e dos corvos.
Dia de recordar todas as mulheres que foram torturadas, assassinadas e queimadas durante as perseguições religiosas por deterem poderes psíquicos, consideradas "bruxas e seguidoras do demônio"É importante lembrar as vidas e as mortes dessas mulheres, reverenciando, assim, o poder oculto inerente a cada mulher, sua necessidade e direito de expressá-lo livremente e seguramente.


Festival do Milho nos Pueblos do Novo México, agradecendo as dádivas da terra com preces, cânticos e oferecimento de fubá e fumo para as seis Donzelas do Milho. Representando as várias cores do milho, amarelo, vermelho, azul, branco, preto e mesclado, elas são chamadas de A-ha Kachin Mana. Os aborígines nativos e os povos do Pueblo (Arikana, Pawnee, Cheyenne, Mandan, Hidatsu, Abnaki, Cherokee e Huron), vêem o milho como uma deusa. A Mulher do Milho reúne as figuras da Donzela do Milho,  da Mãe do Milho e da Mulher Amarela, as três fases da Deusa. 

Elas se relacionam com o milho como um ser sagrado que se entrega ao seu povo para sustentá-lo e nutri-lo. O deus criador dos Arikana criou a Mãe do Milho a partir de uma espiga de milho que nasceu no céu. A Mãe do Milho veio, então, à terra e ensinou seu povo como honrar as divindades e plantar o milho. Para os astecas, seu nome é Chicomecóatl, as "sete serpentes". As cerimônias dedicadas a esta deusa são comemoradas no mês de Huei Tozoztli, seus templos são decorados com milho e as sementes depositadas neles são abençoadas. Era chamada também de Xilonen, a "peluda", uma referência às barbas do milho em vagem, considerada a Jovem Mãe do Milho Macio, protetora de uma das fases do ciclo do milho. Outra forma associada à Chicomecóatl, é Ilamatecuhtli, a Senhora da Saia Velha, a maçaroca madura, coberta por folhas enrugadas e amarelentas.






CELEBRAÇÃO DO DIA 29 DE MAIO:

Ambarvália, festival romano da Mãe dos Grãos, celebrando a deusa Ceres com procissões e cânticos. As pessoas passavam sobre os campos recém semeados pedindo as benções da Deusa para atrair abundância nas colheitas. Era um ritual de purificação dos campos e fazia-se um sacrifício triplo de animais (suovetaurilia: um suíno, uma ovelha e um touro) que, antes dele faziam uma procissão pelas fronteiras das propriedades. Parece que este era um costume usual na antiga Europa. Era um rito ao mesmo tempo público e privado e as pessoas comuns acompanhavam os sacerdotes na procissão pelas fronteiras das propriedades, que era feita por três vezes também. Após, nem homens e nem animais podiam trabalhar nesse dia e era oferecida uma grande festa.
Antigamente, na Hungria, as mulheres enfeitavam-se e dançavam na entrada das lavouras, pedindo às deusas do tempo proteção contra o granizo e as pragas.
Dia do Carvalho, na Inglaterra. Neste dia, faziam-se invocações para afastar as pragas, as chuvas de granizo e para garantir a saúde dos animais e dos camponeses. Oferendas de animais eram feitas e eles deveriam atravessar os campos por três vezes antes de serem sacrificados. Outras oferendas consistiam de guirlandas de flores, frutas, bolos de trigo, leite, vinho e mel. Ainda hoje, são usados galhos, folhas e frutos de carvalho para enfeitar as residências atraindo, assim, os poderes protetores do carvalho.

O culto ao carvalho está em diversas culturas europeias mas, onde a veneração desta espécie se tornou mais forte, foi entre os nórdicos e os celtas. A palavra celta para carvalho era Duir, que significa "porta" pois eles acreditavam que a árvore facilitava a passagem para o mundo espiritual através de suas aberturas. A palavra inglesa "door/porta" também tem esta origem. Esta árvore estava associada à resistência e à força porque vive centenas de anos mesmo com muitas adversidades. Também era considerada árvore do poder porque ela atrai raios e sobrevive à eles. As grandes fogueiras do solstício de verão eram feitas com madeira de carvalho exclusivamente.

Dia da Mulher, em Ibo, África.

Festa da colheita dos morangos dos índios Iroquois. Nesta tradição, acredita-se que os morangos pavimentam a estrada para o céu e comê-los assegura aos homens uma vida longa e a fertilidade de Awehai.
Festas romanas homenageando o deus Marte com sacrifícios de carneiros, rituais de purificação, danças e competições esportivas.





CELEBRAÇÃO DO DIA 28 DE MAIO:

Purificação anual de Pythia, a sacerdotisa de Delphos. Antes de começar as profecias, Pythia e todos aqueles que consultavam o oráculo, eram submetidos a uma purificação ritualística com fumigações, devendo mastigar folhas de louro. Ela era renomada por suas profecias o que lhe dava um prestigio pouco usual para uma mulher num mundo já patriarcal. A Pythia apresentava seus oráculos, durante um estado de frenesi causado por vapores que subiam da fenda de um rochedo sobre o qual o templo havia sido construído. 
O oráculo  estava situado nas profundezas de uma gruta com uma entrada estreita. Ali havia um trípode (um banco com três pés) onde se sentava a Pythia para receber a inspiração divina de seus oráculos. O oráculo de Delfos foi o mais famosa da antiguidade e se acreditava que assinalava  Ônfalos, o centro do mundo, o que lhe dava um prestígio especial, por causa do qual, muitos botins de guerra eram lá guardados em pequenas edificações. O poder oracular da gruta foi descoberto por acaso, diz o mito, quando as cabras que lá abundavam ficaram presas na gruta por um terremoto e lá começaram a balir de um modo estranho. Um pastor que lá acudiu também ficou possuído por algo estranho e começou a predizer eventos futuros e esse poder foi atribuído à Gaia, a Mãe Terra. 

 Logo a fama do lugar se estendeu e foi designada uma pítia (sacerdotisa) para obter as profecias. No começo era uma mulher virgem e jovem, mas houveram estupros que mostraram a necessidade de trocar a sacerdotisa por uma mulher anciã, incluindo a tentativa de Apolo de violentar Dafne, a pitonisa transformada em loureiro. Os consulentes tinham uma entrevista com ela dias antes do oráculo que tinha lugar uma vez por mês. Isto está documentado, segundo muitos autores. Eles eram de todas as classes sociais, desde reis até gente muito humilde. Themis, filha de Gaia, era considerada a Rainha dos Oráculos e foi a primeira sacerdotisa oracular de Delfos e, assim, houve uma longa linhagem de sacerdotisas ou Pítias, que durou por mais de mil anos.
Celebração de Python, a grande serpente pré-helênica, filha partogênica da terra, nascida da lama após o Dilúvio. Na mitologia grega, Python era filha da deusa Hera, nascida sem a interferência de Zeus e morava sob a fonte sagrada de Delfos. Python personificava o espírito profético do Oráculo de Delfos, comunicando-se por meio das Pitonisas.. Por viver dentro da Terra, Python conhecia todos os segredos e transmitia-os pelo transe apenas para as mulheres. Mesmo após a usurpação do templo que pertencia à Mãe Terra (Gaia) pelos sacerdotes de Apolo, o oráculo continuava pertencendo às Pitonisas. O mito mostra Apolo matando Python e partindo seu corpo em dois, como uma ação necessária  para apoderar-se do oráculo de Delfos. A serpente é um símbolo antigo da Deusa que designa a força tectônica da terra, daí o termo "linhas do dragão" que estabelece a conexão entre os lugares de energia elevada e sagrados da Terra. Delfos seria o Umbigo de mundo (Ônfalo) e seria o túmulo de Python, morta por Apolo, simbolizando a transição da era matrifocal para a era patriarcal. A coroa de louros, considerada um amuleto mágico contra o mal, após o patriarcado foi usada como símbolo de vitória aos guerreiro e dedicada à Apolo. 


Celebração da deusa-serpente Uadjit, protetora do baixo Egito e do delta do Rio Nilo, juntamente com a deusa Nekhebet. Juntas, elas formavam Neb Ti, o símbolo da unificação do Egito. Uadjit ou Buto, era descrita como uma serpente alada, coroada e com rosto de mulher.
Nas antigas culturas e tradições, a serpente era o símbolo da vida, da morte e do renascimento, o poder transformador e regenerador da Deusa.O cristianismo deturpou o significado sagrado, transformando-a em uma imagem maléfica. No entanto, ainda persistem costumes e tradições folclóricas homenageando o poder regenerador das serpentes, como a Festa dei Serpari, em Abruzzi, na Itália, onde milhares de pessoas vão em procissão segurando serpentes nas mãos, até a igreja construída sobre um antigo templo dedicado à sereia Circe. Depois da festa, as pessoas comem pães em forma de círculo (Ciamblle), relembrando, sem saber, o antigo ritual de celebração da Deusa.
 




CELEBRAÇÃO DO DIA 27 DE MAIO:

Cerimônias noturnas dos jogos tarantinos, em Roma, dedicadas à deusa Proserpina e às Moiras. Em Grécia eram as Parcas. Elas eram três deusas Fiandeiras do Destino: Lachesis, Clotho e Atropos. O propósito dessas cerimônias era a cura das doenças e dos infortúnios. As Moiras eram as filhas de Nyx, a deusa da noite, e teciam o destino dos homens. Clotho, "aquela que fia", tecia o fio da vida com seu fuso mágico: lã branca ou dourada quando os momentos eram felizes, lã preta para os momentos de dor. Clotho preside o nascimento dos homens. Lachesis, "aquela que diz qual é o destino", media e avaliava o fio da vida que enrolava em seu fuso, dirigindo o curso da vida e Atropos, "aquela que é inevitável", a anciã, fiscalizava o trabalho de suas irmãs, pegava o fio e o cortava com suas tesouras de ouro, não importando idade, sexo, riqueza, poder, etc. ram temidas por todos e nem sequer Zeus lhes ordenava ou impedia alguma coisa. 
Embora identificada, às vezes, com a deusa grega Perséfone, rainha do mundo dos mortos, Proserpina era uma antiga deusa agrária, guardiã das sementes, sendo responsável por elas desde sua germinação até seu apodrecimento. Posteriormente, foi considerada a senhora do mundo subterrâneo, equiparada à deusa grega Perséfone.
Celebrações romanas para Diana, a deusa da Lua, protetora das florestas e dos animais.





CELEBRAÇÃO DO DIA 26 DE MAIO:

Comemoração celta das fontes sagradas, homenageando as deusas Boann, Coventina, Sinann e Sullis. Os povos celtas tinham uma reverência especial pelas fontes, existentes em todos os lugares e dedicadas a diversas deusas. Nas datas festivas as fontes eram "vestidas" com flores e oferendas votivas em metal, cerâmica, madeira ou osso que eram deixadas em agradecimento. Os doentes faziam peregrinações às fontes curativas e amarravam pedaços de suas roupas nas árvores que as cercavam, acreditando que, juntamewnte com suas roupas, deixavam também suas doenças. 
Ainda hoje, na Escócia e Irlanda existem várias fontes consideradas milagrosas, dedicadas à deusa Brighid e chamadas de "cloutie wells" (fontes com trapos), devido a uma verdadeira floresta de panos amarrados nas árvores que cercam o lugar e cuja egrégora é impregnada do sofrimento daqueles que as procuram para a cura dos seus males. Com a cristianização, os nomes das deusas foram substituídos pelos de santas e santos, mas, apesar da proibição da Igreja sobre o costumes pagãos, até hoje as pesoas continaum a amrrar fitas ou deixar moedas e flores "para dar sorte", sem nem sequer lembrar -se dos mitos originais. 
 A mais renomada e conhecida fonte celta está localizada na cidade de Glastonbury, na Inglaterra. É a Chalice Well (a Fonte do Cálice) que nasce das entranhas de uma colina sagrada chamada Tor e é canalizada para um jardim de excepcional beleza. Apesar da quantidade de visitantes diários, o jardim é silencioso e mágico, um verdadeiro lugar sagrado imbuído de poderosa energia curativa, telúrica e cósmica. 
A fonte vernelha, Red Spring, cuja cor é devida ao alto teor de sais de ferro, é perene, e é considerada o próprio sangue da Deusa. 
Pelo lado de fora do jardim existe uma outra fonte, White Spring, a nascente branca, de composição calcárea, conhecida nas lendas locais como um caminho para o mundo subterrâneo porque seu acsso é dentro de uma caverna iluminada por velas.
Ambas as fontes nascem sob a colina de Tor e, nos tempos antigos, havia um vale coberto de árvores sagradas (teixos e carvalhos) e os côrregos formados pelas fontes das águas vermelha e branca se misturavam...
Fontinália, festa romana que celebrava as deusas das fontes. Antigamente, neste dia, as mulheres limpavam e enfeitavam as fontes com guirlandas de flores e fitas.





CELEBRAÇÃO DO DIA 25 DE MAIO:

O festival  francês  das "Três Marias" é a única celebração antiga da Deusa ainda mantida viva, principalmente pelos ciganos, que vêm de todas as partes da Europa para venerar a tríplice deusa da vida, da beleza e da morte. Procissões de barcos, casamentos, feiras, danças, competições e adivinhações dão um colorido exótico e fascinant aos três dias  e três noites das festas de Santa Sara Kali, em Saintes Maries de la Mer. (Santas Marias que vieram do mar), referindo-se à Maria Madalena, Maria Salomé e Maria Jacobé) . Elas e Sara, que era sua serva, foram jogadas num barco sem remos nem provisões e chegaram por um milagre, depois de mais de 30 dias à esmo no mar, no sul da França, em Laguendoc, na ilha de Camargue, lugar que mais tarde ficou conhecido como Saintes Maries de-la-mer. Um grupo de ciganos as acolheu e Sara passou a conviver com eles sendo chamada de Sara Kali (a negra). Sara Kali, cristianizada como Santa Sara é hoje a padroeira dos ciganos e assemelhada à deusa hindu Kali (em sânscrito, negra) em seu aspecto de destruidora. Os ciganos a rverenciam como a Senhora do Céu e da Terra, protetora de suas tribos, sincretizada, masi tarde, à Virgem Negra, cujas estátuas ainda existem em inúmeras catedrais européias. 
Segundo os estudiosos, a trindade feminina precedeu a trindade masculina, tendo sido encontrada na maior parte das religiões e tradições. A tríade milenar Donzela, Mãe e Anciã foi a origem da representação cristã das Três Marias. 
Celebração budista de Tao, a mãe do mundo, o caminho para o amor e a harmonia.
Na Grécia antiga, comemorava-se o nascimento de Apolo, o deus solar, irmão gêmeo da deusa Ártemis, que nasceu um dia depois dela e foi por ela auxiliado no parto.







CELEBRAÇÃO DO DIA 24 DE MAIO:

Celebração na antiga Ibéria, das Mães Divinas, conhecidas com vários nomes, dependendo do lugar: Matres Aufaniae, Brigaecae, Galaicae, Monitucinae ou simplesmente as Matronas ou Matres. Foram veneradas no noroeste da Europa do 1º ao 5º século D.C. e são retratadas em objetos votivos e em altares, com imagens destas deusas, sempre em número de três, com inscrições de nomes, por vezes célticos, por vezes, germânicos. As poucas informações se reduzem as inscrições dos objetos encontrados e àquelas de origem germânica são associadas as Disir, espíritos das ancestrais femininos que protegiam suas famílias. Nas representações em pedra, quase sempre uma delas tem um cesto de frutas no colo e a maioria destas pedras e objetos votivos são encontrados em grupo, em torno dos prédios dos templos e centros de culto.


Dia consagrado às Três Mães, as deusas celtas doadoras da vida, do crescimento e da morte/ transmutação. São as três fases ou estágios da vida da mesma Deusa, conhecida ao redor do mundo: a Donzela,  Mãe e a Anciã Sábia, associadas também as fases da Lua: Crescente, Cheia e Minguante.

Celebração na Grécia do nascimento de Ártemis, a deusa da lua crescente, senhora dos animais, filha de Leto, antiga deusa da noite, e de Zeus. Na verdade, Ártemis é gêmea de Apolo e ambos nasceram na ilha de Delos ( brilhante) que, por ser flutuante e não pertencer à Terra, não pode ser encontrada por Hera que queria impedir o nascimento dos filhos de Zeus com sua amante. Ártemis nasceu primeiro e, vendo a dificuldade de sua mãe com o segundo filho, a auxilou no parto deste, já demonstrando sua divindade e consagrando-se como parteira e protetora das mulheres e crianças. O parto dos gêmeos durou nove dias.
 

Bendídia, dia de Bendis, na Trácia. Ela é a deusa lunar que oferece vidência, magia e proteção àqueles que a procuram. Ela é equivalente Ártemis e também protegia os animais, vestindo um manto e túnica curta de caçadora. Em seus ritos e mistérios, ofereciam-se bolos em forma de lua e havia orgías regadas a boa bebida e comida porque também era considerada deusa da fertilidade. O seu festival tinha procissões e corridas de cavalos. 
Festival eslavo celebrando a deusa do amor e da sexualidade Lada, padroeira da primavera, do casamernto, da harmonia tribal e das cerimônias, da juventude e da beleza. geralmente representada por uma linda moça vestida de branco e carregando flores nas mãos e na cabeça. O mito conta que, em maio, ela e seu irmão, também seu amante, dançavam juntos e onde eles pisavam, desabrochavam novas flores. Seus seguidores confeccionavam imagens de argila na forma de pássaros. Estas imagens eram untadas com mel e oferecidas à deusa, juntamente com seu pedidos.







CELEBRAÇÃO DO DIA 23 DE MAIO:

Rosália, o festival das rosas, marcando o início das festividades dedicadas à deusa da vegetação, Flora e à deusa do amor, Afrodite.
O mito narra o amor entre Afrodite e Adonis, um jovem de beleza ímpar, de origem Síria, fruto do amor incestuoso entre sua mãe Smyrna ou Mirra e seu pai Théias, que foi enganado por sua filha para deitar-se com ela. Quando descoberta, e para não morrer nas mãos do pai, ela pediu aos deuses socorro e foi transformada na árvore da mirra (e adotou esse nome) de onde nasceu Adonis. Afrodite o tomou aos seus cuidados e o protegeu, apaixonando-se mais tarde por ele. Porém, Ares, seu amante e deus da guerra, descobriu a traição da deusa e enviou um javalí que atacou Adonis desferindo-lhe um golpe fatal. Afrodite correu entre as silvas para socorrer Adonis e se feriu. 
 

 O sangue que escorreu dela transformou-se em rosas vermelhas e, quando encontrou Adonis agonizante, ela transformou o sangue dele em anêmonas, a flor delicada de vida efêmera. 
Na Síria, Adonis era cultuado como Tamuz, eternamente jovem, ligado à vida, à morte e à ressurreição e associado ao calendário agrícola.

Na Irlanda, celebrava-se Branwen, a deusa do amor, da sexualidade, da Lua e da noite. Ela era semelhante à Afrodite grega e considerada a Afrodite dos mares do norte. Foi cristianizada como Santa Brynwyn e considerada a padroeira dos namorados. Ela é uma das três matriarcas da Grã Bretanha, junto com Rhiannon e Arianrhod e, em algumas lendas arturianas. é considerada a Dama do Lago. Também era chamada de "a de seios brancos" ou "vaca sagrada" e seus atributos mágicos são a inspiração, as novas idéias, a energia, a vitalidade e a liberdade.






CELEBRAÇÃO DO DIA 22 DE MAIO:


Niman Kachina, celebração dos índos Hopi festejando o retorno dos Kachinas para seu lar dentro da terra. Ao voltarem para sua morada, esses espíritos da natureza levavam consigo as orações e os pedidos do povo para a abundância nas colheitas. 
Os Kachinas são espíritos mediadores entre o mundo humano e o espiritual e eram reverenciados com danças em que as pesoas personificavam-nos por meio de mímicas, máscaras e costumes de animais, pássaros, plantas ou dos ancestrais.  
Homenageava-se, também Hahai Wuthi, a mãe dos Kachinas, a "mulher que despeja água", responsável pelas cerimônias e danças.   

Na Austrália, celebram-se as irmãs Junkgowa, deusas ancestrais criadoras de todas as formas de vida. Segundo a lenda, elas moravam na Terra dos Espíritos, no Templo dos Sonhos e podiam ser alcançadas por meio de símbolos e rituais. Para agradá-las, as pessoas lhes ofertavam peixe e inhame. A mitologia aborígine australiana gira toda ela em volta do Tempo dos Sonhos, onde moram os ancestrais. Alguns se transformaram em rochas e árvores para marcar o caminho sagrado (ida até a Terra e volta ao Tempo dos Sonhos) que els já fizeram antes. O Tempo dos Sonhos está sempre presente (ele é eterno) e se manifesta nos rituais sagrados. Os sacerdotes se tornam ancestrais nessas cerimônias para contar aos homens suas viagens pelos territórios australianos.


Festa de Santa Rita de Cássia, a padroeira das causas difíceisou impossíveis, modernização de uma antiga deusa da misericórdia. Ela mesma foi autora de alguns eventos difíceis como quando entrou no convento das irmãs Agostinianas, onde ela queria recluir-se, mas, não era admitida por ser viúva (somente eram admitidas moças virgens). Diz a lenda que ela recebeu a visita de três santos dos quais era devota e eles a fizeram entrar, apesar das portas estarem fechadas e a deixaram num dos claustros. Então, foi admitida. Dizem que ela pediu a Deus, com fervor, um estigma para sentir a dor da redençaõ, e recebeu um espinho na testa que pode ser observado até hoje em seu corpo que ficou intacto após a morte. Perto de sua morte, em 1457, ela fez florir rosas em pleno inverno italiano e essa flor é seu símbolo.


Festival hindu celebrando as Yakshini, os espíritos femininos das árvores e da atmosfera. Descritas como lindas mulheres vestidas com túnicas transparentes, elas moravam nas árvores, sacudindo-as levemente para que florescessem. Seus companheiros chamam-se Yaksas e, juntos, cuidavam das árvores e dos seres da natureza. Geralmente são benevolentes e repsonsáveis pelos tesouros naturais escondidos na terra e nas raízes das árvores. Eles todos aparecem nas mitologias hindu, jainista e budista.








CELEBRAÇÃO DO DIA 21 DE MAIO;

Celebração da deusa celta Maeve ou Mebd, originariamente deusa da sabedoria da Terra. Cultuada em tara, o centro mágico da Irlanda, Maeve era uma deusa guerreira, cavalgando cavalos selvagens e vivendo cercada de animais. Dotada de uma intensa sexualidade, ela escolhia à vontade seus amantes e nenhum homem olhava-a sem se apaixonar. Seu nome significava "aquela que intoxica". Ela representou a soberania e prosperidade de sua terra, mas, como o início do patriarcado, foi reduzida a Rainha, que podia correr mais rápido que o cavalos, conversar com os pássaros e levar os homens ao ardor do desejo com somente um olhar. Ela reinou sobre Connacht e participou de vários combates pois as mulheres celtas não eram vistas como frágeis e lutavam bravamente. Tinham o poder de escolha de seus maridos, com seus respectivos dotes e podiam optar pelo divórcio se estivessem insatisfeitas ou infelizes. 
No épico irlandês Tain  Bo Cullaigne, Maeve discute com o seu rei sobre quem é o mais rico uma vez que, segundo o costume celta, aquele mais rico numa parceira, este é o soberano. Ele venceu porque tinha um touro mágico. Então, ela decidiu roubar um touro vermelho mágico para si mesma. Depois de várias batalhas e muito derramamento de sangue, Maeve venceu o touro vermelho, mas, quando os dois touros se enfrentaram, estraçalharam-se ambos em pedaços. Metáfora para simbolizar que os princípios feminino e masculino se equivalem, sendo ambos igualmente poderosos?






CELEBRAÇÃO DO DIA 20 DE MAIO:

Celebração da deusa egípcia Satet, a arqueira solar, a caçadora e padroeira das cataratas do Rio Nilo, juntamente com a deusa Anuket, sua filha em algumas versões do mito, sua irmã, noutras. Ambas e mais Khnum, com cabeça de carneiro, consituíam a Tríade de Elefantina, uma ilha do rio Nilo, situada perto da primeira catarata. Khnum era o consorte de ambas e representava a criatividade e o vigor masculino. Os egípcios acreditavam que ele criava os seres humanos como o oleiro cria suas peças. 
Satet era responsável pelas correntezas do rio que ela direcionava com suas flechas, e pela inundação do Nilo que gerava a fertilidade das terras do Antigo Egito, sendo também considerada a deusa das plantações. Ela podia ser representada como uma mulher coroada, segurando um arco e uma flecha ou dentro da Árvore da Vida, vertendo água de um vaso. Essa água ela usava para a purificação dos faraós antes deles entrarem no mudo subterrâneo.


Dia dedicado ao culto de Hebat, a deusa solar da Anatólia, representada como uma mulher forte cavalgando um leão. Ela era a esposa de Teshub, deus da Tormenta. Mitos posteriores fundiram seu culto ao da deusa hitita Wurusemu, esposa de Tru, o deus do Tempo.

 

Festival de Mjollnir, o martelo mágico de Thor, deus do Trovão nórdico. Mjollnir protegia e agia contra as forças do mal, e atraia tempestades e raios. Era tão sagrado para os nórdicos que era usado como símbolo para obter as benções de Thor, usado como pingente nos cordões como amuleto de proteção pessoal. Ele foi confeccionado pelos anões ferreiros, mas, Loki, o deus ardiloso, interferiu maldosamente e o seu cabo ficou mais curto do que deveria. Mjollnir era a arma mais preciosa de Asgard, juntamente com Jarngreip, as luvas de ouro e Megingjardar, o cinto mágico de Thor. Após ser arremessado, Mjollnir voltava sozinho às mãos de seu dono. O martelo era usado pelos povos nórdicos para definir fronteiras (onde ele caia, esse lugar estabelecia o limite nas disputas de terras), selar juramentos, abençoar casamentos e promover a fertilidade da noiva (quando colocado em seu colo). Thor era o deus nórdico da guerra também, filho de Jordh, a Mãe Ursa, deusa da Terra e da natureza. A esposa de Thor era a linda Sif, a deusa dos grãos e do outono, cujo cabelo refletia as cores das folhas. 






CELEBRAÇÃO DO DIA 19 DE MAIO:
 
Kallynteria e Plyntheria, cerimônias de purificação e louvação da deusa pallas Athena/ Minerva, na antiga Grécia e em Roma.
Kallynteria é um festival pequeno, porém importante, em Atena, quando as mulheres varrem os templos de Athena e sua chama eterna é recarregada e reacesa pelas sacerdotisas, que também conduzem a "varrição do templo". Esta chama eterna, diz o mito, foi conquistada na guerra de Tróia.
Este festival é seguido de Plyntheria, o "festival da lavagem anual" da estátua de Atena Polias, a guardiã da cidade (polis). Este era um costume popular em várias tradições, porém, o dia é considerado desafortunado porque a deusa estaria ausente da cidade. Esta ausência porduz um vazio, uma ruptura entre o velho e o novo, propiciando o começo de um novo ciclo agrícola.
Suas estátuas eram despidas das antigas vestes (peplos), carregadas, envoltas em panos até os rios para serem banhadas em água corrente, ficando imersas por um tempo para absorver a energia renovadora da água. A procissão é conduzida por uma mulher que vá na frente carregando um cesto com tortas de figo, que foi a primeira comida a ser cultivada e um símbolo de fertilidade, e estas tortas eram ofercidas à Deusa no litoral. 
Epheboi (jovens rapazes) montados podiam acompanhar a procissão, enquanto a estátua estivesse coberta. Então, as estátuas eram lavadas por duas garotas, Loutrides, os peplos também podiam ser lavados ao mesmo tempo. Depois, as mulheres vestiam as estátuas com túnicas e adornos novos e ou limpos e, à noite, voltavam  em procissão solene pelas ruas, em total silêncio e reverência carregando-as de volta aos templos sob a luz de tochas. Somente as Loutrides e as mulheres encarregadas de servir à Deusa podiam ver as estátuas nuas. Estas eram de tamanho natural, talhadas em madeira de oliveira. Esta purificação se estendia às residências, onde os altares familiares e todos os cômodos eram limpos, pintados e redecorados. Varria-se o "velho" e abria-se espaço para um novo ciclo, invocando as benções da Deusa.
 
 


CELEBRAÇÃO DO DIA 18 DE MAIO:

Dia consagrado a Pan, Lupércio ou Lupercus, o deus greco-romano da natureza, fertilidade, sexualidade e vigor masculino.  Na Grécia, ele é o deus dos bosques, dos campos (não cultivados), dos rebanhos e dos pastores. Reside nas grutas e passa o tempo caçando ou dançando com as ninfas. Amante da música, traz sempre consigo uma flauta. É representado com orelhas, chifres e pernas de bode, uma figura masculina selvagem, peluda, o pênis ereto, sempre tocando uma flauta.  É temido por aqueles que precisam atravessar a floresta à noite, predispondo-os à pavores súbitos no meio das trevas e solidão da travessia, seu nome dando origem a palavra Pânico, sendo este, causador de medos inexplicáveis e repentinos, seu lado escuro.
Pan era um dos deuses mais antigos, considerado a força vital do mundo, regente dos espíritos da natureza, das florestas e dos animais, protetor dos homens, padroeiro da agricultura e da pecuária, da música e da dança, além de mestre da cura. Como uma representação explícita da força dos instintos e da potência sexual, sua imagem foi usada pelo cristianismo para representar o Diabo, figura inexistente nas antigas Escrituras. 

Na África, celebração da deusa Ani, a protetora das mulheres e das crianças, padroeira da terra e da agricultura, responsável pelos ciclos da natureza e pela fertilidade humana, animal e vegetal. Seu consorte, Okuke, era o deus da virilidade, da fertilidade e do vigor físico. 




CELEBRAÇÃO DO DIA 17 DE MAIO:

Antiga celebração dadeusa assíria Sammuramat, a mãe criadora da vida, padroeira do amor, da sexualidade, da fertilidade e dos pásaros. Sua mãe era Derketo, que a abandonou e Sammuramat tornou-se escrava, mas um general apaixonou-se por ela e a converteu em sua esposa. Dizem as landas que ela o matou para suceder-lhe no trono e que governou por 42 anos sendo, por sua vez, sucedida por seu filho Nínias que possivelmente também a assassinou com este fim. 
Derketo, sua mãe, era uma sereia, a deusa da Lua, da noite e protetora dos animais marinhos.
 
 Os gregos a descreviam como Semíramis, a rainha fundadora da Babilônia, dona dos famosos jardins suspensos, grande estrategista e guerreira. Ela era invocada para favorecer a fertilidade dos homens, dos animais e da terra. Seu pássaro sagrado era a pomba, e os assírios a adoravam sob esta forma. Uma das lendas conta qu ela foi criada por pombas e que depois de sua morte subiu aos céus com esta forma. Seu nome significava Pomba. Outro de seus símbolos eram as espirais.

Início do festrival de Dea Dia, antiga deusa romana da agricultura, posteriormente identificada com as deusas Acca Larentia e Ceres. Seu culto incluia rituais complexos, celebrados nos templos em Roma. Eles culminavam no terceiro dia, com uma grande celebração em seu bosque sagrado. As doze sacerdotisas e os doze sacerdotes que efetuavam os rituais eram escolhidos das familias mais importantes e suas funções eram vitalícias. O bosque de carvalhos e louros era tão sagrado que era proibida a retirada de qualquer galho ou folha. Caso alguma árvores fosse derrubada pelas tempestades, deveriam ser feitos sacrificios de ovelhas e porcos como forma de ressarcimento. 
Segundo o mito, Acca, com quem Dea Dia foi identificada, era a esposa do pastor Fáustulo, e considerada mãe divina pois adotou os gêmeos Rõmulo e Remo, os fundadores de Roma. Acca teria salvo os dois depois que eles foram atirados no rio Tibre. 
Nas Filipinas, Festival de Fertilidade na cidade de Obando, dedicados à Deusa Mãe, postriormente transformados nas festas de Santa Clara e da Virgem de Salambao. Trata-se de uma dança ritual feita em procissão e pelas ruas durante os três dias do festival que começa dia 17 de maio, dedicado à São Pascoal, dia 18, para Santa Clara e dia 19 de maio, dedicado à Virgem de Salambao. Os devotos chegam de todas as partes das Filipinas para participar deste rituais, pedindo aos santos patronos por filhos, por esposo/a e boa fortuna. Pede-se para que os ventres das mulheres sejam férteis. 







CELEBRAÇÃO DO DIA 16 DE MAIO:

Festival hindu Savitu Vrta, dedicado à deusa Saraswati ou Savitri, uma das oito mães divinas, considerada a Mãe Ancestral dos hindus. Segundo o mito, Savitri foi fecundada pelo deus Brahma, de quem é sua shakti, e sua gestação durou um século. De seu ventre nasceram a música, a poesia, os anos, os meses, os dias, as quatro eras da criação e a própria morte. Quando chamada de Satarupa, "aquela que tem centenas de formas", Savitri era filha de Brahma, sendo a primeira mulher criada e esposa do primeiro homem na Terra. O mito diz que Brahma se desprendeu pela propriedade da raiva, na forma de Rudra, e se transformou em duas pessoas, uma masculina e uma feminina, Satarupa, também chamada Saraswati, Shandya ou  Brahmi. Quando a criou, Brahma a seguia por onde quer que ela fosse. Para evitar que ele a seguisse, Satarupa se moveu em várias direções, mas, Brahma desenvolveu quatro cabeças, uma em cada direção da bússola. Ela tentou de todos os modos de ficar longe do olhar de Brahma, mas, ele desenvolveu uma quinta cabeça. Então, Shiva apareceu e cortou a quinta cabeça de Brahma porque sua obssessão era um delito grave e incetuoso, já que Satarupa era também  filha de Brahma. Shiva também ordenou que Brahma não fosse venerado por causa desta ofensa e, desde então, Brahma recita os quatro Vedas, por cada uma das bocas arrependidas.

Comemoração dos Querubins. Estas antigas deusas protetoras de Canaã, posteriormente transformadas em anjos pelas Escrituras eram, na verdade, seres alados assexuados. Tanto na Assíria como no Egito há representações de seres alados femininos guardando a Árvore do Conhecimento, transformada depois, nas Escrituras, na Arca Sagrada que seria guardada por Anjos.
O hebraico "cherub" deriva do assírio e do acadiano "kuribu" e do babilônico "karabu". A palavra assíria se traduz por "grande, poderoso" e os termos acadiano e babilônico significam "propício, abençoado". Esses nomes eram usados para se referir aos "sheddu ou lamassu", espíritos que servem aos deuses e levam à eles as preces dos humanos. Os Sheddu eram representados com corpo de touro e os Lamassu com corpo de leão, ambos tinham cabeças humanas e asas e eram esculpidos guardando as entradas de templos e palacios. 
A primeira aparição dos querubins na Bíblia se dá justamente como guardiães do Éden, pois Yhaweh lá os colocou com uma espada flamejante. 
Mais tarde, os querubins tomam uma forma mais complexa como registrado por Ezequiel, já no Exílio. "...e a semelhança de seus rostos era como rosto de homem; e do lado direito todos os quatro tinham rosto de leão, e do lado esquerdo todos os quatro tinham rosto de boi; e também tinham rosto de águia todos os quatro...as suas asas estavam estendidas por cima. Cada qual tinha duas asas juntas uma da outra e duas cobriam os corpos deles". 
Os "Aeons", anjos gnósticos do Pensamento Manifestado, eram considerados os criadores da vida. Seu número variava de oito a trinta e eram filhos da deusa Barbelo ou Ennoia.





CELEBRAÇÃO DO DIA 15 DE MAIO:
 
Na Grécia, comemoração da deusa virgem Maia ou Majesta, e de seu filho, o deus Hermes. Maia era uma antiga deusa pré-helênica, originariamente a senhora sábia, anciã e guardiã da noite, simbolizada pela maior estrela das Plêiades. Com as mudanças sociais e o crescimento do patriarcado, ela foi despojada desses atributos complexos e considerada apenas uma deusa do verão, do calor e do crescimento. 

O mês de maio recebeu dela o nome. Ela era uma das Sete Irmãs da mitologia, posteriormente chamadas de Plêiades. Tinham nascido na Arcádia, sendo seu pai Atlas e de Plêione. Seus nomes eram Alcyone, Calaeno, Electra, Maia, Mérope, Astérope e Taygeta. Apesar de, a princípio, as irmãs acompanharem Ártemis, posteriormente elas se envolveram com homens. Electra teve um filho, Dardanus, que teria sido o fundador da cidade de Tróia. 


Para os hindus, Maya, além de ser o nome da virgem mãe de Sidharta Gautama, o Buda, também representava uma das manifestações da deusa Kali, a criadora das aparências terrenas e do poder de transformação. Ela é "A Mãe da Criação", "A Tecelã da Teia da Vida" e seu nome significa  ilusão ou encantamento. Ela representa a fase donzela de Kali e é cultuada no Nepal, no Tibet, na Ásia e nos Himalaias. Seus atributos especiais são a inteligência, a criatividade, água e magia. Ela é representada erguendo os véus da forma terrena para revelar a verdadeira natureza do universo. Como uma deusa completa, Maya personificava o poder criador, preservador e destruidor, materializado na Terra na essência das mulheres e simbolizado nas cores das Gunas: branco, vermelho e preto, as mesmas da grande Mãe de outras tradições.



Em Roma, as vestais, sacerdotisas da deusa Vesta, faziam rituais para garantir o fornecimento de água durante o verão. 
Rituais romanos de purificação, oferecendo no Rio Tibre vinte e sete bonecos de palha que, ao afundarem, levavam consigo as mazelas.
Antigo festival tibetano homenageando as deidades da chuva e os espíritos da natureza. 

Aio Matsuri, Festival da Malva-rosa, cerimônia shintoísta originada possivelmente no século VI, para abrandar as tempestades com oferecimento de folhas de gengibre às divindades (Kami) nos altares dos santuários, Kamigano Jinja e Shimogano Jinja, ambos ao longo do Rio Kamo. Começa em 1º de maio e dura por duas semanas, até o dia 15. O festival tem esse nome de Malva-rosa porque todos, pessoas, animais carros são enfeitados com ramos desta planta. As pessoas vão trajadas como no sáculo VI e são muitas cerimônias lindas realizadas durante este evento, sendo a mais importante a do mensageiro imperial, uma procissão de mais de 500 pesoas, cavalos e touros, e o desfile costuma ter mais de um kilômetro de comprimento. É uma tradição tombada como patrimônio da humanidade.





CELEBRAÇÃO DO DIA 14 DE MAIO:

Festival do Sol da Meia Noite, dedicado a Sunna, a deusa solar e a Ing, o deus escandinavo da luz e consorte de Nerthus, deusa da Terra. Como padroeiro da casa e da lareira, seu símbolo é a runa Ing, o facho de luz que ilumina e abre um novo caminho. Sunna é "A Senhora Sol", chamada de "A noiva brilhante do céu", irmã do deus lunar Mani. Sunna carregava o disco solar durante o dia, em uma carruagem de ouro. Horas antes do Sol nascer, ela ficava sentada sobre uma rocha e fiava com seu fuso dourado. Sua carruagem era puxada por dois cavalos: "O Madrugador" e "O Poderoso", sob cujas selas havia sacos de vento para mantê-los frescos. Sunna se apresentava envolta por uma luz dourada cujos raios formavam seus cabelos; ela conduzia sua carruagem e segurava um chicote e um escudo chamado Svalin (frio), para proteger a terra do calor destrutivo. Sunna protegia também os humanos das ações dos gigantes e dos anões malévolos, petrificando-os com seu olhar. Ela era venerada pelos povos nórdicos como a doadora da luz e da vida e, em sua homenagem, muitos menires e círculos de pedras foram erguidos e destinados a seus rituais. Seu símbolo, a roda solar, é encontrado em inúmeras inscrições rupestres. 

Dia da deusa Auset ou Ast, na África do Norte, uma das antigas representações da deusa Ísis como rainha suprema, criadora da vida, das estrelas e dos planetas. Era considerada uma deusa da fertilidade que personifica a Estrela do Cão, Sirius. Com a aparição de Sirius ao amanheccer em julho, começa a inundação anual do Nilo, assim associando a prosperidade resultante destas inundações com sua fertilidade.
Celebração eslava de Amra, a deusa do Sol e da vida e de Ayt´ar, o deus da fertilidade e da procriação. Na Rússia, Si, uma antiga deusa solar, era invocada nos juramentos por punir os que quebravam as promessas.






CELEBRAÇÃO DO DIA 13 DE MAIO:


Procissão de Nossa Senhora de Fátima, em Portugal, e comemoração da abolição da escravatura no Brasil.

Na Umbanda, festejam-se os Pretos Velhos, entidades que se apresentam no corpo fluídico de velhos africanos que viveram como escravos e que morreram no tronco ou de velhice, que adoram contar as histórias do tempo de cativerio. São sábios e pacientes e dão amor, fé e esperança aos seus "filhos de fé". Saõ espíritos guias de elevada sabedoria e humildade que conselham e dão receitas de remédios caseiros ou ervas, rezam "quebrantos" e desfazem "nós mágicos" que atrapalham a vida das pessoas e fazem diferentes tipos de benzeduras. Como eles viveram como escravos na Terra, lhes foi conferida esta data de celebração em que foi assinada a Lei Áurea que aboliu a escravatura no Brasil. 
Nos países eslavos, homenageavam-se Purt Kuva, a velha da casa e Purt Kuguza, o velho da casa, espíritos protetores das casas, guardiões e curadores. Purt Kuva era uma deusa ancestral do destino conhecida, posteriormente, como uma mulher velha que aparecia na iminência de doenças ou desgraças. Se fosse devidamente reconhecida e agradada com oferendas de mingau, pão, panquecas e cerveja, ela ficava feliz e protegia a casa contra incêndio, roubos e os espíritos das doenças. Se fosse desrespeitada ou irritada, ela provocava doenças e azares. Quando uma família se mudava para uma casa nova, antes de qualquer outra providência, colocava-se no chão da casa as oferendas para o Velho Casal pedindo-lhes as bênções e proteção.

 



CELEBRAÇÃO DO DIA 12 DE MAIO:


Celebração de Cernunnos,  o deus celta da vegetação, consorte da Deusa, senhor dos animais e guardião dos caminhos. Ele é deus da fertilidade, da abundância, e patrono da caça para os povos antigos. Representa o protótipo da virilidade masculina e seu poder gerador. 
 

 Este nome, Cernunnos, é de origem latina e significa "aquele que tem chifres", que sempre foram símbolo de  capacidade de geração e renovação. O único vestígio arqueológico deste nome, Cernunnos, é o Pilar dos Navegantes, do século I a. C. em Lutecia (atual Paris) Venerado pelos druídas como Hu Gadarn, o Deus Cronífero era repreentado com adornos de chifres em sua cabeça, barbudo, nu, usando apenas em colar chamado torque ( uma espécie de colar aberto), um escudo e uma lança. Seus símbolos eram o cervo, o touro, e a serpente. Além de reger avitalidade e a vegetação, Cernunnos era, também, o guardião dos portais do mundo subtrrâneo e das encruzilhadas, senhor da caça selvagem, recolhendo as almas. A Igreja Católica metamorfoseou-o na figura do Diabo, transformando sua sexualidade e liberdade de instintos em sinônimos de pecado, luxúria e perdição. 
Na Lituânia, cultuavam-se Meza Mate e Veja Mate, a mãe da floresta e a mãe do vento. Filhas de Zeme, a Mãe Terra, uma deusa da fertilidade que também foi identificada com Velu mate, a rainha do submundo e dos mortos. 
A primeira protegia as árvores, os animais selvagens, os caçadores e os lenhadores; a segunda, protegia os pássaros e também era patrona dos marinheiros. 

Em 2013, Akshaya Tririya, na Índia e devotos hinduístas do mundo. Akshaya significa "eterno, aquilo que não termina" e este dia vêm junto com Rohini Nakshtra, sendo que a quarta feira éconsiderada altamente auspiciosa. Acredita-se que todo mantra entoado neste dia, retornará benefícios infinitos e que todo o ouro comprado neste dia, continuará a crescer para sempre a manterá a casa com saúde  abundância, por isso as pessoas se aglomeram para adquirir ouro neste dia. Acredita-se que qualquer emprego começado neste dia, será bem sucedido. Acredita-se que Treta Yuga, a segunda das eras da humanidade, quando o Dharma ficou "em três pernas", começou neste dia. 

Kattenstoet, "O Festival dos Gatos", na Bélgica. Este festival tem suas raízes numa tradição do século XII, quando o bufão da cidade tinha que atirar dede a torre do campanãrio de Lakenhalle, gatos vivos. Considerava-se que estes eram espíritos malignos que acompanhavam as bruxas, e era um modo de desfazer-se deles e assim, fizeram este "ritual" até 1817. Atualmente, algume fantasiado de bufão, atira gatos de pelúcia à multidão que e aglomera para pegar algum destes brinquedos. As crianças vestem-se de gatos, de bruxas, de bufões e saem às ruas em blocos. 
 
 Também há bonecos de gatos gigantes entre os blocos. A "chuva" de gatos debrinquedo é seguida por uma "queima de bruxas" (também de brinquedo) e todos comem gatos de chocolate e de massapan. Até 1991 esta festa foi anual e hoje é celebrada cada três anos, como uma grande brincadeira.






CELEBRAÇÃO DO DIA 11 DE MAIO:

Antiga comemoração russa  das Russalkas, os espíritos da água, cuja dança noturna proporcionava o crescimento e a maturação das plantas. Vestidas com roupagens de folhas verdes e com serpentes nos cabelos, elas traziam a chuva para os campos. No final do verão, as Russalkas recolhiam-se em seus esconderijos no fundo dos rios, onde permaneciam até a primavera seguinte. Acreditava-se que as Russalkas eram os espíritos das virgens suicidas e das crianças afogadas e sem batismo, e, para atrair a sua boa vontade, lhe eram ofertados pão e sal. Elas também podiam seduzir e hipnotizar os homens e atraí-los para o fundo dos rios e a sua morte. Na Romênia, nos períodos de seca, as moças das aldeias se cobriam com folhas e galhos  verdes e dançavam nas ruas pedindo chuva, enquanto a multidão jogava sobre elas baldes de água, batia palmas e recitava orações para os espíritos da água. Com a cristianização, as Russalkas froam sincretizadas com o culto de Maria, resultando na figura de Mari-Russalka, protetora da água e dos salgueiros. 

Cerimônia da chuva na Guatemala, celebrada com danças de mulheres invocando as chuvas fertilizadoras, segurando moringas cheias de água, batendo tambores e sacudindo chocalhos. Invocava-se a deusa da chuva Xtoh e a desua da terra Xcanil, derramando-se a água de cinco côcos sobre a terra.

   
Na Austrália, homenageava-se as irmãs Wawalag, duas deusas responsáveis pela fertilidade e procriação, representadas pela chuva e pela força vital das mulheres. Foram elas as resposnáveis pela civilização, ensinando-nos a usar certas plantas e raízes para comer, nomeando as criaturas da terra e transmitindo aos homens o dom da linguagem. 
Os países eslavos celebravam, neste dia, Doda, a deusa da chuva e Ved-Ava ou Azer-Ava, a mãe das águas e da fertilidade.






CELEBRAÇÃO DO DIA 10 DE MAIO:


Celebração de Cinosura, a deusa cretense das estrelas e dos planetas. Algumas lendas dizem que ela era uma ninfa que escondeu e cuidou de Zeus como sua babá, quando criança, na gruta do Monte Ida, em Creta. Estas lendas contam que ela o pendurou por uma corda de uma árvore, de modo que, ele não estando nem na terra, nem no céu e nem no mar, ela ficou invisível aos olhos de Cronos, seu pai, que dominava todos estes mundos. Em agradecimento, Zeus lhe deu a Constelação de ursa Menor e a colocou entre as estrelas. Outros mitos mais antigos mencionam Cinosura como uma deusa da terra e do céu, mãe e guardiã da ilha, sendo que sua constelação, a Ursa Menor, servia de ponto de orientação aos navegantes. 

Dia de Tian Hou, em Hong Kong, a rainha do céu, deusa do oceano e da estrela do norte, protetora dos marinheiros e dos pescadores. São muitas as suas lendas. Dizem que ela usava um vestido vermelho para guiar os barcos dos pescadores de volta para a costa, mesmo durante as tempestades.Outras, dizem que ela subiu uma montanha de onde ascendeu aos céus tornando-se uma deusa. E, outra delas, diz que ela morreu de cansaço, de tanto nadar procurando por seu pai com apenas 16 anos. Após sua morte, as famílias dos pescadores rezaram para ela lembrando de sua bravura em seus intentos de salvar os que estavam no mar e sua adoração se espalhou rapidamente. Apesar de ser uma deusa da água, ela flutuava com as nuvens, consultando os ventos para descobrir e salvar os marinheiros em perigo. Tian Hou é idêntica à Quan (ou Chuan) Hou, a deusa da alvorada, regente dos rios, da pesca, dos animais aquáticos e das viagens. 

Celebração de Ausrine ou Auseklis, a senhora da estrela da manhã, a deusa lituana da alvorada que acende todos os dias o fogo solar que ilumina a Terra. Ela tem duas irmãs: Zleja, a deusa da luz solar do meio-dia e Breksta, a deusa do crepúsculo e da escuridão. Ausrine é similar à deusa grega Eos, às Auroras eslavas e à Aarvaknórdica, sendo todas deusas da alvorada. 
Ausrine  ou Saule Meita, é filha da deusa solar Saule, que era casada com um deus lunar, Meness, preguiçoso, que só saía de noite e, mesmo assim, nem sempre. Saule saia de madrugada e voltava ao anoitecer depois de conducir sua carruagem todo o dia pelos céus. A luz de sua vida era sua filha Saule Meita, a estrela vespertina, que ela procurava ter de seu lado todo anoitecer. Houve uma noite que em Saule Meita não apareceu e Saule descobriu que seu pai tinha a estuprado. Ela atacou Meness e o expulsou e, por isso, não mais são vistos juntos. Para melhor cuidar da filha, Saule a mantém sempre de seu lado, como a Estrela Matutina ou Vespertina, o planeta Vênus.
Aarvak era chamada de "Senhora da Estrela Matutina", representando o planeta Vênus. Ela acendia diariamente o fogo celeste para despertar e aquecer a deusa Sol. 
Comemoração de Anatis, a deusa persa da Lua, da água, do amor e da guerra, equiparada a Anahita e Ant.





CELEBRAÇÃO DO DIA 9 DE MAIO:

Celebração de Perchta ou Berchta, antiga deusa Mãe da Alemanha, Suiça e Áustria, que fertilizava os campos e os animais. Ela aparecia para os camponeses como uma mulher madura, com rosto enrugado, alegres olhos azuis, semblante sorridente, longos cabelos brancos e roupas esvoaçantes. Perchta não suportava a preguiça e castigava os preguiçosos com agulhadas e arranhões. Junto com sua irmã Holda, foi ridicularizada nas sociedades recentes e patriarcais, como a caricatura da bruxa malvada que voava sobre uma vassoura. Ela ficou conhecida apenas como a Mulher Elfo ou a Senhora Branca que flutuava sobre os campos com seu manto de neblina.Berchta era uma deusa da fertilidade, do campos, das mulheres e do gado, cujo nome significa "brilhante". Regia os arados, a tecelagem, a fiação, os fusos e as rodas de fiar. 
Em seu aspecto de Senhora Branca, Berchta protegia as almas das crianças não-nascidas que, à espera do renascimento,  ajudavam-na a cuidar dos brotos das lavouras e dos jardins regando-os. 
Alguns autores consideram Berchta a precursora  do arquétipo de Papai Noel (versão cristã da lenda de Odin  e das experiências xamânicas). Ela representava a face escura da Anciã, do inverno e dos medos que as pessoas sentiam. Mas, ela também trazia na sacola, promessas do aumento da luz e do renascimento da Natureza, mostrando-se uma Mãe Antiga dadivosa.

  
Festival de Lemúria, comemoração romana dos Lemúres, espíritos dos mortos que voltavam para visitar suas famílias e casas. Era celebrado nas noites dos dias 9, 11 e 13 de maio. O objetivo era apaziguar esses espíritos que rondavam as casas. Os familiares preparavam e ofereciam as comidas de seu agrado. As pessoas procuravam se purificar de qualquer ressentimento ou mágoa que tivessem em relação às pesoas falecidas por meio do perdão e da reconciliação. Para aqueles que tinahm morrido e não tinham túmulo, o chefe da família oferecia feijões pretos e recitava uma oração por nove vezes. Os feijões representavam o poder de regeneração e eram ofereceidos também, para as carpideiras ("ambasciatrice") que choravam os mortos durante os velórios. Os ritos eram celebrados à meia noite de cada dia. O pater família, descalço, dava voltas à casa estalando os dedos para afastar os espíritos. Lavava as mãos em água de uma nascente, pegava as favas que atirava por sobre os ombros, sem olhar para trás, declarando em voz alta que assim fazia para redimir sua família de qualquer falta que houvesse com os espíritos dos mortos. Então, ele voltava a lavar as mãos e batia em bronze pedindo aos espíritos que se retirassem de sua casa. Só então poderia voltar a olhar para trás. 







CELEBRAÇÃO DO DIA 8 DE MAIO:
Celebração irlandesa da deusa Macha, em sua tríplice manifestação de guerreira, esposa e rainha. Ela era uma deusa da fertilidade e da guerra, chamada de Rainha dois Fantasmas, às vezes, era considerada uma metamorfose das deusas guerreiras Morrigan e Badb. Era filha de uma druída feminina e não está claro se era ou não mortal, sendo várias as versões. Ela podia lançar feitiços sobre os campos de guerra. Após uma batalha, os guerreiros cortavam as cabeças dos inimigos e ofereciam a Macha, sendo este costume chamado de Colheita de Macha. Antes da chegada dos celtas, ela era venerada na irlanda nos templos de Emain Macha, em Ulster. Sua voz enfeitiçava os homens nos campos de batalha, atraindo-os para seu escuro reino da morte. Alguns pesquisadores equiparam Macha à deusa asiática Macha Alla ou Machalath, a senhora da vida  da morte e à deusa hindu Durga. É, também, a deusa dos eqüinos, que durante a gravidez foi forçada a uma corrida de cavalos. Quando chegou ao final, entrou em trabalho de parto e deu à luz gêmeos. Antes de morrer, Macha lançou uma maldção aos homnes da província para que em tempos de opressão e de maior necessidade, eles sofreriam dores como as de um parto.
   
Comemoração de Mari, a deusa basca regente da chuva e da seca. Todos os demais numes estão sob suas órdens ou são diferentes manifestações dela se encarnar ou se manifestar. Ela pode apresentar-se como uma senhora elegantemente vestida, como uma mulher madura num carro puxado por quatro cavalos pretos que cruza o céu, como uma mulher envolta em chamas que cruza o espaço, estendida horizontalmente ou como uma mulher grnade com a cabeça rodeada pela lua cheia. Mari morava em um lindo palácio nas nuvens, que ela substituía a cada sete anos. Ela podia aparecer, também, como uma árvore em chamas, ema nuvem branca, o arco-iris ou uma velha morando em cavernas que se metamorfoseava em ave de rapina, e atém como bezerra e corvo. 
Ela regia os ciclos de vida e morte, fiando, penteando seu longo cabelo, desfiando e fazendo novelos de ouro. Gerie tempestades, atende todos que a procuram, dá conselhos e realiza oráculos. Quem a a visita deve: tratá-la por TU, sair da gruta recuando e não sentar-se até ser por ela convidado. Mari condena a mentira, o roubo , a vaidade e o descumprimento da assistência mútua. As pessoas são castigadas com a privação daquilo que foi objeto de roubo ou usurpação.
Em Cornwall, na Inglaterra, começam as Danças Florais, provavelmente inspiradas nas celebrações romanas de Florália. Segundo as lendas a criadora destas danças foi a deusa donzela Marian. 
Dia da Cegonha, na Dinamarca, reminiscência das antigas homenagens feitas para as Deusas Pássaros. 

Festa de Nuestra Señora de Luján, em Argentina, Uruguay e Paraguay, países onde ela é a padroeira. Conta a lenda que um fazendeiro criado em Santiago del estero, provincia argentina, vinha de São Paulo com duas imagens de Nossa Senhora da Conceição, com a intenção de fazer-lhe uma capela em sua fazenda e a outra imagem, iria para Buenos Aires. Pararam às margens do rio Luján, perto uns 67 km. de Buenos Aires , para descansar e a carroça não mais conseguia continuar. Retiraram uma imagem, a carroça ficou parada e só quando retiraram a segunda imagem ela pode continuar. Compreenderam que precisavam fazer a capela nesse lugar e assim fizeram. Os muitos milagres à ela referidos fez com que a devoção se espalhasse rapidamente e hoje em dia , ela é motivo de culto de milhares de devotos. Como curiosidade, vale dizer que o seu primeiro santuário foi inaugurado em 8 de dezembro, concidindo com a Festa de Nossa Senhora da Conceição, com a qual está vinculada desde sua origem.






CELEBRAÇÃO DO DIA 7 DE MAIO:

Celebração egípcia de Anuket, "Aquela que aperta", quem com seu abraço fertilizava as terras.  Antiga deusa das águas e da fertilidade da terra, possivelmente importada da Núbia, considerada como sendo a personificação da fonte do rio Nilo, que nascia do seu ventre.  Dele dependia todo o Egito, chamado de "A Dádiva do Nilo", pois foi o Nilo que desde o início fez de Egito uma nação agrícola.  Seu emblema era o búzio, sendo representada com quatro braços. Como símbolo da união da polaridade masculina e feminina, seu nome era "A Una". Criada por si mesma, Anuket era virgem; no entanto, gerou o deus solar Ra. Ela era invocada durante as inundações do Nilo, nos templos de Aswan e da ilha sagrada de Seheil. 

Thargélia, festival grego do dues Apolo, o lindo deus do dia e do sol. Assim como sua imrãgêmea, Ártemis, Apolo era filho de Zeus e de Latona ou Leto, sendo veneradona ilha de Delos. 
Thargélia era essencialmente um festival agrícola,mas, incluía uma cerimônia de purificação e expiação bem específica., com a expulsão e, dependendo, se houvesse calamidade nos campos, poderia haver o sacrifício de dois homens escolhidos provavelmente entre criminosos para representar o "bode expiatório". 
Apolo tinha múltiplas atribuições: músico, por tocar lira, poeta, curandeiro, protetor dos rebanhos e adivinho. Originariamente, o Oráculo de Delos pertencia à sua irmã Ártemismas, com o passar do tempo e o fortalecimento da sociedade patriarcal, as atribuições da Deusaforam delegadas ao Deus e Pythia passou a ser a sacerdotisa oracular de Apolo. 

Festa dei Serpari, ou Festa das Serpentes, em Coccullo, região de Abruzzo, na Itália. Trata-se de uma procissão cristã com serepentes, reminiscência das antigas celebrações do poder transmutador e regenerador da Deusa, de quem a serpente é um símbolo antigo. 
São Domingos Abbot, ou San Domingos di Sora, como é conhecido na Itália, é carrega\do em procissão e coberto de serpentes pelos devotos. Originalmente, esta cerimônia era para encorajar os pastores a fazerem seu trabalho sem medo e  hoje é para invocar proteção contra as picadas de cobras. Todas as cobras usadas na cerimônia são inofensivas e, depois de terminada a procissão, são soltas nas campinhas. 
Com o advento das socidades patriarcais, a serpente acabou sendo considerada um símbolo fálico esinônimo do mal nas escrituras cristãs.






CELEBRAÇÃO DO DIA 6 DE MAIO:

Antiga comemoração da deusa loura irlandesa Inghean Bhuidhe, celebrando o início do verão. Esta deusa tinha duas irmãs:Lasair, que regia a primavera e Latiaran, que anunciava a chegada do outono. Ela era a segunda das três irmãs, seu nome significando Menina Loura ou Flor da Juventude, desta tríade de deusas que representavam o crescimento, o amadurecimento e a colheita das plantações. Ela é a deusa nutridora do amadurecimento das colheitas. Um poço lhe foi dedicado e seu culto sobreviveu à era cristã disfarçado no de outras santas, honrando Inghean com rituais e oferendas nas fontes sagradas que lhes eram dedicadas. 

Dia consagrado à deusa eslava Eir, "A Curadora Silenciosa", uma das acompanhantes de Frigga, que morava  na Montanha da Cura. Ela errava de um lugar para outro lenvando uma sacola cheia de ervas, raízes, sementes e cogumelos, uma faca, um pilão e varetas com inscrições rúnicas. Era cultuada como padroeira das curandeiras, parteiras e benzedeiras, suas devotas foram perseguidas pela Inquisição e pelos médicos, levando ao esquecimento das antigas práticas e métodos naturais de cura, cujo resgate cabe às xamãs modernas. Ela atendia todos que lhe pediam ajuda, mas, exigia que as pesoas se purificassem, com diversos métodos (jejuns, banhos, saunas sagradas, chãs depurativos, abstinência sexual, reclusão, silêncio e oração), antes de atendê-los.
 
Também, neste dia, celebrava-se a deusa eslava Vila ou Samovila, representando a força da natureza. Como protetora das florestas, dos animais e reguladora das chuvas, Vila aparecia para os caçadores como uma mulher bonita, com longos cabelos louros, asas coloridas e trajes brilhantes. Feroz protetora dos animais e de seus filhotes, ela não hesitava em matar aqueles que caçavam ou maltratavam os animais em seu habitat. Vila podia metamorfosear-se em serpente, cisne, falcão, cavalo ou redemoinho, iludindo e desviando os caçadores. Ela também era detentora dos segredos da cura com plantas e ervas. Se alguém queria ser guiado por ela, deveria ir bem cedo auma floresta, fazer um círculo com galhos de bétula, oferecer-lhe uma ferradura e cabelos da crina de uma égua. Imitando o relinchar da égua e batendo com o pé direito sobre a ferradura, o suplicante podia chamar Vila e, quando ela aparecesse, saudá-la como Grande Irmã e pedir-lhe a iniciação nos segredos das ervas. 
Celebração grega das Horas, as deusas menores da natureza: Thallo, da primavera; Carpo, do outono; Eunomia, da ordem; Diciea, da justiça e Eirene, da paz.
Celebração dos deuses Faunus e Fauna, aspectos da deusa Diana,senhora dos animais. Regentes da fertilidade da Terra e dos animais, Fauna e Faunus eram os proteotres das florestas e dos animais selvagens.






CELEBRAÇÃO DO DIA 5 DE MAIO:

Celebração de Íris, a deusa grega guardiã do arco-íris e mensageira de Hera., representa o lado feminino de Hermes. Ela era muito querida do deuses e dos mortais pela sua natureza de bondade. Quando trazia uma mensagem para os mortais podia apresentar-se como uma mulher alada e até com forma humana. Entrava em todos os lugares e até mesmo o submundo abria as portas para ela, que ali buscava a água a ser usada nos juramentos. Ela sempre recepcionava os deuses com néctar e ambrosia quando eles voltavam de suas viagens., preparava os banhos de Hera e estava sempre à sua disposição, dia e noite. Íris formava o arco celeste, cujo espectro de cores representava todas as possibilidade de manifestação do Poder Divino. Seu nome foi dado, também, à parte do olho que mostra as variações posíveis das cores e sua planta sagrada, o íris, afasta as influências ngativas.

Na Austrália, temos Jullungul, a deusa aborígine da chuva, água e iniciação. Ela é a grande serpente do arco-íris que precedeu a vinda do homen. Ela criou todos os rios da terra e depois foi morar num poço profundo. Ela é invocada no início da puberdade, quando engole os púberes e os cospe de volta como adultos.

Na África, é Dan, corresponde a Oxumaré e é uma qualidade dele: a serpente que participou da criação. É benéfico, ligado à chuva, a fertilidade e à abundância.

 Na Escandinávia, é Heimdall, "O Deus Branco da Luz". De origem misteriosa, dizem que é filho de nove mães, as Donzelas das Ondas, e, possivelmente de Odin, amante delas. Ele tem os sentidos muito apurados e é capaz de ouvir a grama e o pêlo dos carneiros crescerem e de ver a quilômetros de distância tanto de dia quanto de noite. Dorme muito pouco e está sempre alerta, sendo sua principal ocupação guardar a Ponte do Arco-Íris (Bifrost, que dá o accesso ao mundo dos deuses). É ele quem avisará do in´cicio de Ragnarok, a Batalha Final, tocando sua corneta que pode ser ouvida em toda a parte.



Kodomono Hi, o Dia dos meninos e o Festival dos Estandartes no Japão. As família oram pelas virtudes dos filhos para que se tornem homens fortes e viris, celebrando a entrada na puberdade deles. Realizam festivais nas ruas, saídas dos templos e até pic-nics nos parques. 
 

Milhares de pessoas, entre adultos e jovens soltam, neste dia, pipas coloridas em forma de dragões ou peixes, feitas de papel de arroz e bambu. Também, estendem à distâncias regulares, bandeirolas com forma de carpa, de cores específicas, augurando força e virilidade aos seus filhos, pois uma antiga lenda chinesa dizia que peixe que nada contra a corrente, iria adquirir a força do dragão e todos seus atributos. Os rapazes recebem de suas mães estandartes em forma de carpas, para dar-lhes coragem e perseverança ou dragões que simbolizam o poder mágico e a sabedoria.
Dia da Artemísia na China. As mulheres chinesas confeccionam bonecas com folhas de artemísia e penduram-nas acima das portas e das janelas para afastar entidades e influências negativas. A artemísia é considerada uma erva sagrada mágica, usada para purificação, proteção epara despertar e ativar a percepção psíquica em vários lugares do mundo e em várias tradições. 







CELEBRAÇÃO DO DIA 4 DE MAIO:

Antiga celebração da deusa celta das flores Blodewedd. Seu nome significa "face de flor". Segundo as lendas, esta deusa foi criada pelos magos Math e Gwydion de nove flores, entre elas, flores de carvalho e de prado doce, a pedido do deus solar Llew Llaw, amaldiçoado por sua mãe Arianrhod para nunca se envolver com uma humana. Contudo, a deusa foi infiel ao seu marido, acabando por matá-lo. Como punição, os mesmos magos que a criaram, a transformaram em uma coruja branca. Seus símbolos são as flores, a coruja branca, o carvalho, e representa a imagem da mulher que se rebela contra os estereótipos criados pelos homens. 
Mitos mais antigos consideram Blodewedd uma manisfestação da Mãe Terra, como a senhora da vida e da morte, da mesma forma que Blathnat, a Pequena Flor, filha do Rei das Fadas na Irlanda.

Dia do Espinheiro (Hawthorn), árvore consagrada à Deusa. Ele é associado à Rainha das Fadas e suas flores brancas, desabrochadas em Beltane, e por isso também chamada de Árvore de Maio, são as preferidas para as guirlandas das jovens. O espinheiro representava os três aspectos da deusa: a pureza virginal, a fertilidade materna e a força destruidora da Anciã Sábia, descrita na lenda de Cuchulain como a "maldição do espinheiro" . Ele não podia ser podado porque era o lar das fadas e sua poda atrairia a ira destes seres para a comunidade. Embora relacionada à proteção, tanto psíquica como espiritual, ele também podia ser uma árvore de azar. Na lenda de Cuchulain, Morrigan, na forma de um corvo, se empoleira num espinheiro para profetizar sua morte. Quando localizado em lugares sagrados, o espinheiro era honrado colocando-se fitas ou pedaços de pano coloridos em seus galhos. Posteriormente, esse dia foi dedicado a Santa Mônica, marcando o começo da Lua do Espinheiro no calendário celta.
Festival da tríplice deusa celta Cerridwen, guardiã do caldeirão sagrado da transmutação e do renascimento.







CELEBRAÇÃO DO DIA 3 DE MAIO:

Último dia do festival de Florália ou Florifertum, iniciado em 28 de abril, simbolizando a renovação da vida e o florescimento de toda a natureza, inclusive a humana. O corpo da mulher era celebrado com desfiles de mulheres nuas adornadas de flores, identificado que estava com a fertilidade humana (era missão da esposa romana dar um filho homen ao seu marido). As cortesãs participavam amplamente neste festival no qual se jogavam feijões e tremoços sobre a multidão para atrair a fertilidade sobre ela. Invocava-se Flora para facilitar a concepção, pois a flor é o órgão sexual da planta. Posteriormente, seus rituais sagrados degeneraram em orgias e Flora foi considerada a padroeira das postitutas. 


Festival romano para Bona Dea, a deusa da fertilidade e bem-estar especialmente venerada pelas matronas romanas. Ela tinha um templo no Monte Aventino, mas, seus rituais secretos eram feitos na casa de um proeminente magistrado romano. Esses ritos eram conduzidos pela esposa do magistrado e ela era assistida pelas Vestais. Só as mulheres eram admitidas e até representações de animais e de homens eram removidos, ou, caso não pudesse ser feita essa remoção, eram cobertas. Ela era também uma deusa da cura e era representada sentada num trono, segurando uma cornucópia. A serpente é seu símbolo e serpentes foram mantidas em seus templos. Frequentemente sua imagem aparecia em moedas romanas.







CELEBRAÇÃO DO DIA 2 DE MAIO:

Comemoração da antiga deusa pré-helência Helena Dendritus, a senhora das árvores. Segundo o mito, ela tinha dois irmãos e uma irmã, Castor e Pólux e Clitemnestra, todos eles nascidos de dois ovos postos por sua mãe Leda, uma das manifestações lendárias da Deusa Pássaro. Helena significa "brilhante, luminosa, solar, justa". Era conhecida como deusa da colheita,  quando o sol está se pondo no Mediterrâneo, ou, como deusa da Morte, mas, como deusa das àrvores, ressurgia na primavera, como regente da Vida, estas características sugerindo que ela pode ter sido uma deusa muito antiga, Grande Mãe, celebrada com danças estáticas e ritos sexuais.
Helena era tão bonita e seus seios tão perfeitos que serviram de molde para os oleiros gregos aprenderem a modelar taças. Como deusa das árvores, ela era uma deusa da fertilidade que regia as árvores frutíferas e seu festival anual foi celebrado na ilha de Platanistas até o século XIX, reverenciada nos bosques, onde seus devotos colocavam nas árvores, oferendas e estatuetas de argila. Seu nome era dado às rainhas, sendo a mais famosa delas Helena de Esparta, cuja beleza teria contribuído para a famosa guerra de Tróia. 

Celebração de Hina, a grande deusa da Polinésia, senhora da morte, rainha guerreira da Ilha das Mulheres e regente da Lua. Também conhecida pelo nome de Tapa, ela era uma deusa complexa e associada a muitos símbolos. Em alguns mitos ela é descrita como a primeira mulher da terra e de cujo ventre nasceram todos os outros seres vivos. De acordo com o mito mais conhecido, ela era filha de Navahine, a deusa da Serenidade, e namorava uma enguia. A comunidade em que vivia ficou enfurecida por causa disso e decidiu matar o animal. Mas, depois descobriram que, na realidade, ele era um deus. Hina, desesperada, enterrou a cabeça da enguia e no dia seguinte, nasceu dali um coqueiro. 
Nesta data celebrava-se, também, Helle, a deusa lunar da Beótia, regente do mar e das marés, deusa ancestral dos povos pré-iônicos, transformada, posteriormente, na deusa Helena e em Selene.

Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem, nas Filipinas, um dos aspectos de Maria. Reminiscência dos antigos festivais das deusas, transferidos para Maria na Igreja católica.







CELEBRAÇÃO DO DIA 1º DE MAIO:


Comemoração de Asherah, a grande mãe dos semitas, celebrada como a àrvore da Vida com oferendas de frutas e fitas amarradas nas árvores. Considerada a própria força da vida, esta deusa era invocada nos partos e nos plantios. Nos templos, era representada por um pedaço de madeira chamado "asherah" mas, nos altares domésticos, estatuetas de argila mostravam-na como uma mulkher-árvore, com os pés na terra edecujo ventre nasciam todos os seres. Seu culto foi pereguido e depois abolido pelos hebreus patriarcais, mas sua força, profundamente enraizada nos corações dos homens, emergiu em outras culturas, sob outros nomes, como Ashnan, na Suméria, e Athirat, no Egito. No patriarcado, ela foi reduzida à deusa da fertilidade e uma das esposas de El, cananeu, e foi retratada como mulher ou como vaca. Diziam que o leite de seus seois escorreu pelos céus e formou a Via Láctea. 

Dia dedicado à deusa ggreco-romana Maia. Esta deusa do fogo regia o calor vital e a sexualidade. Durante suas festas era permitida uma certa licenciosidade e liberdade sexual. Posteriormente, na Igreja Católica, esta data foi dedicada a Maria, a Rainha do Céu e, em lugar dos rituais sexuais de fertilidade,declarou-se Maio o mês dos casamentos. 
Festival druídico celebrando a união da Deusa com o Deus e o renascimento do Sol, marcando a "morte" do inverno e o "nascimento" da primavera. Na madrugada deste dia, os Druidas recolhiam o orvalho dos campos para usá-lo em encantamentos de boa sorte. No decorrer do dia, havia concursos de poesias e músicas, competições esportivas e danças sagradas circulares. 
Comemoração de Tanith, a deusa cartaginense representada como a regente do céu.Tanith era representada como uma criatura alada, com o zodíaco envolvendo sua cabeça, usando um vestido coberto de estrelas e segurando nas mãos o Sol e a Lua. Os povos púnicos chamavam-na de Mãe e acreditavam que tinham vindo de seu reino, o céu.


Celebração da deusa finlandesa Rauni, a guardiã do trovão. Em outros lugares, tinha outros nomes, mas, sempre era revenciada como uma deusa muito poderosa. Era casada com Ukko, o deus dos raios, e eles geraram, com seu amor, todas as plantas que existem na terra. Mas, sua árvore sagrada era a sorveira, uma árvore mágica concebida durante o ciclo menstrual, cujas frutinhas vermelhas lhe eram ofertadas para atrair sua benevolência e poupar as pessoas, as casas e os animais dos perigos dos relâmpagos. Os sami, uma tribo indígena do norte da Noruega, faziam sacrifícios de renas para honrar essa deusa. Pela semelhança das frutas da sorveira compequenas maçãs, alguns autores assemelham Rauni a Idunna.





CELEBRAÇÃO DO DIA 30 DE ABRIL:
 
Em vários lugares da Europa comemora-se, na noite deste dia, o festival celta do fogo Sabbat Beltane, chamado de "A Noite de Walpurgis" na tradição saxã ou "O dia de Vappu", na Finlândia, representando a última noite da metade escura do ano, iniciada em Samhain, seu pólo oposto na Roda do Ano. No antigo calendário nórdico, as nova noites de 22 a 30 de abril eram dedicadas à lembrança da auto-imolação de|Odin para conquistar a sabedoria das runas. Na última noite, quando ele "morria" no sentido xamânico, antes de renascer como sábio, todas as luzes dos Nove Mundos se apagavam e o caos reinava. Com a última badalada da meia noite a luz voltava, com um brilho maior e fogueiras eram acessas em Midgard para comemorar. Nessa noite, espíritos, fantasmas e trolls tinham trânsito livre pela terra por ser a noite final da Caça Selvagem. Essa é a explicação do duplo significado desse festival, celebrado na noite de 30 de abril, considerada a "noite das bruxas" e que eram vistas na escuridão "voando" em vassouras e indo para o Sabbat (nas montanhas Hartz na Alemanha ou outros lugares). No dia seguinte ceelbrava-se Majfest, "o primeiro de maio", uma data repleta de luz e alegria, com pessoas dançando nas ruas ou passeando nos bosques.
Na tradição celta, os "Fogos de Beltane" reverenciavam a abundância da terra fertilizada pelos raios solares, comemorando-se com fogueiras, danças, músicas e com a encenação do Casamento Sagrado da Deusa da Terra com o Deus da Vegetação, representados pelos seus sacerdotes. Na Inglaterra e Irlanda, mesmo nos dias atuais esse festival ainda é festejado com fogueiras e danças ao redor de um mastro enfeitado com fitas (May Pole) celebrando a união do Deus e da Deusa e a fertilização da Terra.
A Rainha de Maio é eleita, coroada com flores, permanecendo em seu trono durante as festividades. Nas danças tradicionais, fitas coloridas são trançadas ao redor do mastro. As meninas, vestidas com trajes folclóricos e usando guirlandas de flores, participam com muito empenho das danças, enquanto os rapazes, usando sinos nos tornozelos, encenam uma competição entre as forças triunfantes do verão e os males do inverno, as famosas "Morris Dances". 






CELEBRAÇÃO DO DIA 29 DE ABRIL:



 

 Na Indonésia, Dia do Arado, comemoração as deusas da terra e da fertilidade Indara, a criadora da vida e ser supremo, Ineno Pae, a mãe do arroz e Sago, a mulher das palmeiras. 
Na Nigéria, celebração da deusa da agricultura Inna, protetora das propriedades, defensora contra os ladrões e da deusa Li, a mãe das colheitas, invocada para garantir a abundância das plantações. Nos rituais da deusa Inna usa-se todo o tipo de verduras e legumes, assim como frutas e flores, que se colocam em volta de uma árvore bem frondosa e sadia, nas luas nova e crescente.  Para a deusa Li, as celebrações são antes dos plantios, na fase nova da lua, com oferendas de sementes, grãos, bolos e flores. 
Antiga comemoração de Prosymna, a deusa pré-helênica da terra, da natureza e do mundo subterrâneo, ama-de-leite da deusa Hera e precursora de Deméter como deusa da terra.

  

Dia dedicado ao Arcanjo Rafael, o Anjo da Cura, do hebraico "Deus cura" pois foi enviado por Ele para curar em seu nome, ele é Arcanjo comum às religiões judanica, cristã e islâmica.







CELEBRAÇÃO DO DIA 28 DE ABRIL:

Início de Florália, as Ludi Florae (Jogos de Flora), as festas romanas dedicadas à Flora, a deusa das flores e das alegrias da juventude. Ela representa a potência da natureza que faz florir as árvores. Também os campos cultivados eram de seus cuidados, não os selvagens, mas os vinhedos, os olivais e os campos de cereais. Duravam de 28 de abril à 3 de maio. Eram festas plebéias reverenciando a fertilidade e com liberdade de jogos sexuais, sendo que, nos últimos dias as cortesãs participavam também em falsas lutas de gladiadores na arena e representavam nuas no teatro. Durante os festejos, jogavam-se sementes e feijões sobre o povo para atrair a fertilidade e a abundãncia. Também soltavam-se cabras e lebres, animais associados à fertilidade, e haviam representações de farsas e mímicas características pela licenciosidade.
Celebração de Chloris, a jovem deusa grega dos brotos e das sementes, namorada de Zéfiro, o deus do vento do oeste. Seu nome significa "verde pálido" como os dos brotos que nascem. Ela era uma ninfa dos campos e bosques que foi raptada pelo vento Zéfiro. Ele finalmente a desposou publicamente e lhe deu como presente a regência sobre as flores não apenas dos jardins como as dos campos cultivados também. Este casal de jovens e alegres deuses deslizava pelo céu, enfeitados com coroas de flores e tocando com suas asas os casais de namorados nos dias frescos de primavera. Seu mito está associado ao de Flora.


Antiga festa no país de Gales para Olwen, a deusa solar, guardiã da roda dourada, o oposto de Arianrhod, a deusa lunar, guardiã da roda prateada. Sua história, e a de Cullhwch, está relatada em um conto medieval galês muito antigo e ele conta com a ajuda do lendário Rei Artur para vencer sua jornada e a maldição que pesava sobre ambos e ganhar a mão de Olwen, com quem casa finalmente. Olwen significa "rasto branco", como as flores de trevos que nasciam sob suas pegadas. Ela era representada como uma linda mulher com longos cabelos dourados, olhos de violetasebochechas de rosas.



Comemoração de Cordélia ou Creiddylad, deusa da natureza regente da primavera na antiga Bretanha, chamada também de Rainha de Maio, mês no qual os celtas concebiam que a metade-trevas do ano dava passagem à metade-luz. Seu mito nos diz que ela, filha do deus do mar Lyr, era prometida a um deus, mas, antes disso, o deus do submundo a raptou. Ambos batalharam ferozmente por sua mão e dizem que o Rei Artur condenou ambos a duelarem anualmente por isto. Metafóricamente, trata-se da batlha da luz sobre as trevas, da vida sobre a morte, do bem sobre o mal, sendo que, em Beltane, é a luz que vence e em Samhain, são as trevas que vencem. Na antiga Gales, haviam encenações deste mito com uma equipe carregando escudos decorados com lã representando o inverno e outra com escudos decorados com flores e fitas, representando o verão. O "Inverno" jogava palha e ramos secos ao "Verão" que retaliava jogando grma verde e hastes de salgueiro novos ao "Inverno". Finalmente, nesta época do ano, era o "Verão" que vencia a disputa e tomava a Rainha de Maio por esposa como recompensa. Um antigo símbolo celta que permaneceu presente nos mitos até recentemente.






CELEBRAÇÃO DO DIA 27 DE ABRIL:
 
 
Celebração do Dia das Crianças na Islândia, comemorando as Deusas Meninas, filhas da deusa Maddar-akka. Estas deusas formavam o grupo da fertilidade e eram reverenciadas somente por mulheres. As Akkas recebiam comida, bebida e animais para conferir fertilidade, paz e prosperidade. Deste grupo faziam parte Sar-akka, Juks-akka e Urks-akka, padroeiras da gestação, dos partos e das crianças recém-nascidas. Maddar-akka cuidava das almas dos fetos até que estivessem prontos para nascer, entregando-os depois para Saddar-akka (caso fossem meninas) ou para Juks-akka, (se fossem meninos). Elas transferiam a alma das crianças para as mães no momento do parto e Uks-akka podia mudar o sexo da criança antes dela nascer. Elas ajudavam na abertura do útero e da pélvis ao se inicair o trabalho de parto. A parturiente devia comer um mingau de aveia e beber conhaque, enquanto as mulheres da família rachavam lenha, invocando a ajuda das deusas com preces e cantos. 
Festa da deusa etrusca Zirna, regente da lua e da noite, representada por uma meia-lua pendurada no pescoço. Zirna era companheira de Turan, deusa predecessora de Afrodite, ligada à sexualidade, ao amor e à paz.
Celebração da deusa solar eslava Iarilo, criadora da vida e senhora da fertilidade. As mulheres ofertavam-lhe folhas de bétula e ovos frescos, pedindo proteção durante a gestação. 








CELEBRAÇÃO DO DIA 26 DE ABRIL:

 

Comemoração do Ano Novo em Serra Leoa com oferendas de sementes e orações para as deusas da fertilidade e da água.

Celebração de outras deusas da água em vários lugares da África: Abenawara e Abenawa, protetoras da pesca em Gana; Afreketé, protetora do mar em Dahomey; Agiri, protetora dos rios em Benim; Harrakoi Dikko, a Mãe d Água  em Benim; Musaka, protetora da pesca e Nagodya, protetora dos lagos em Uganda; Nummo, a Mãe d Água primordial em Mali; Oxum, deusa da água e da sexualidade, Obá, deusa do rio e do amor e Iemanjá, a Mãe Universal, Senhora das Águas na Nigéria. As últimas três deusas foram sincretizadas nos cultos afro-brasileiros e relacionadas a santas católicas ou a manifestações da Virgem Maria. 

Oxum é a rainha dos rios e das cachoeiras (todas as águas doces), do ouro e do amor. Veste-se de amarelo, dourado, azul claro e rosa. É a segunda esposa de Xangô. Seu dia é sábado e também protege as crianças. Voluptuosas e sensuais, adoram roupas caras e enfeites, jóias e perfumes. 

Obá é irmã de Iansã e a terceira e mais velha mulher de Xangô, é orixã do equilíbrio e da justiça. Seu domínio são as águas revoltas. Veste-se de laranja e amarelo. A lenda conta que ela, ingenuamente, seguiu um conselho de Oxum e decepou a própria orelha para fazer um ensopado à Xangô visando conquistar sua prefrência, mas, ele a rejeitou depois disso. Seu dia é quarta feira eseus filhos são pessoas pouco atraente, mas, bem sucedidas nos negócios e que acumulam muitos bens. 

Iemanjá, orixã da harmonia na família, é considerada a Rainha dos mares e oceanos e mãe dos orixãs. Veste-se de azul e branco e seu símbolo, um espelho-leque (abebé), está decorado com uma sereia ou uma concha. Seu dia é sábado. Seus filhos são autoritários, persistentes, preocupados, responsáveis e decididos. Ela é a água que vivifica e ela rege a geração, simboliza a maternidade, o amparo maternal. Quando a segurança da família está em jogo, seuas filhas se tornam agressivas e até traiçoeiras, mads, em geral, são amigas, protetoras, faladoras e não suportam a solidão.
Nos países bálticos, oferendas para as sereias Jurates. Filhas da deusa do mar Juatas Mate e irmãs de Zeme, a deusa da terra, elas eram relecionadas aos poderes fertilizantes da água e à sedução dos homens, atraindo os marinheiros com seu canto.






CELEBRAÇÃO DO DIA  25 DE ABRIL:

O Festival Chinês do Barco Dragão acontecia na lua cheia de abril., em 2013, cai neste dia. Barcos decorados seguiam em procissão ao luar rio acima e rio abaixo e também em lagos. Todos participavam, pois acreditava-se que iso agradava os dragões responsáveis por trazer energia vital à comunidade. Flores eram atiradas às águas para atrair as bênções e para que levassem os desejos do povo. Este festival data de mais de 2.400 anos. A lenda que originou este festival conta a história de Qu Yan que viveu em 340-278 a.C. e que foi um poeta e estadista muito considerado. Ele advogou reformas durante a dinastia Zhou e foi banido de seu estado, Chu, pelo imperador. No exílio, ele vagou pelo país e escreveu muitos poemas da literatura chinesa, expresando seu amor e sua preocupação com seu povo e o futuro dele, pelo qual é lembrado até hoje. Vinte e oito anos depois, sabendo da ameaça iminente da invasão de seu estado por um vizinho, cometeu suicídio ritualístico em protesto pela corrupção da dinastia que se aliou com o invasor, e se atirou no rio Niluo. Os pescadores, que o amavam, correram desesperadamente para acudí-lo em seus barcos, bateram seus tambores, remaram e espalharam a água com seus remos e atiraram montes de arroz na água para impedir os peixes e os maus espíritos de chegarem perto de seu corpo e até o resgataram, mas, não conseguiram trazé-lo de volta à vida. Em sua honra, isto tudo tornou-se um ritual celebrado anualmente como oferenda ao seu heróico espírito. Atualmente, os povos de orgem chinesa, celebram corridas de barcos estreitos e longos com enfeites de cabeça e cauda de dragão, chamados de Barcos Dragão, nesta data, e comem um tipo de comida especial feita com arroz em folhas de bambu, com danças e apresentações de teatro de rua tradicionais, artes marciais e outras apresentações culturais tradicionais

Festival Robigália, em Roma , dedicado à deusa dos grãos Robigo, por vezes visto também como um deus, apaziguando- o e invocando sua proteção nas plantações de milho, das pragas  e ervas invasoras, do bolor do trigo e outras doenças das plantas, especialmente dos cereais. Esta antiga festa agrícola era guiada pelo flâmine quirinal, o sacerdote dedicado a Quirino, um dos três deuses da primitiva tríade latina, Júpiter, Marte e Quirino, e, nesta ocasião, lhe eram sacrificados um cão vermelho e um carneiro, juntamente com vinho e incenso. 
Realizavam-se corridas à pé em sua honra, também, separadamente para rapazes e homens. 

Festa africana da agricultura Tji Wara, o casal de deuses com forma de antílopes. Para garantir a abundância das colheitas os camponeses invocavam sua benção no ato do plantio e reverenciavam-nos no momento da colheita, oferecendo-lhes os primeiros frutos e espigas de milho e, às vezes, sacrificando algum animal,salpicando, depois, seu sangue sobre a terra. 
Dois membros da comunidade  usam um adereço simbólico na cabeça em forma de antílope, simbolizando um macho e uma fêmea, o ser mítico que lhes ensinou a agricultura. A palavra "tji" significa "trabalho" e a palavra "wara", significa "animal" ou seja "trabalho animal". Estes mascarados são vistos como os animais domésticos que ajudam na agricutura da comunidade. Antigamente, estes rituais também tinham a intenção de firmar a cooperatividade entre todos para garantir uma boa safra. 
Segundo outro mito, quem lhes ensinou a agricultura foi uma figura mítica, metade humana, metade antílope, sendo que, a dança ritual dos mascarados, imita os movimentos do antílope. A figura do macho tem uma juba com desenhos em forma de zig-zag e chifres curvos enquanto que a figura da fêmea, tem bebês antílopes nas costas e os chifres retos.
Na Estônia, comemora-se Ma-Emma, a Mãe Terra, com oferendas de leite, manteiga e lã, colocadas ao pé de árvores velhas ou sobre lajes de pedra. As mulheres iam em procissão, levando as oferendas e recitando esta oração: "Mãe, você me deu, agora eu lhe dou. Aceite de mim o que eu recebi de você".

Em 2013, Festival de Wezak, na Lua Cheia de Touro, também chamada de Lua Cheia de Buda, nesta data. Praticantes budistas de todo o mundo reunem-se para celebrar a iluminação e passagem de Sidharta Gautama, o Buda (o Desperto).












ELEBRAÇÃO DO DIA 24 DE ABRIL:



Celebração de Mayahuel ("aquilo que rodeia o maguey"), a deusa pré-asteca detentora do poder visionário pelos sonhos e pelas alucinações, regente da Terra e portanto da fertilidade, compartilhando os atributos das deusas do milho e dos alimentos, e do céu noturno. Ela era representada com quatrocentos seios, nutrindo as estrelas e a Terra ou como uma bela mulher sentada em um trono, cercada de tartarugas e serpentes, segurando um prato com plantas alucinógenas que induziam os sonhos e as visões. Segundo as lendas, no começo de tudo, ela era uma bela jovem que vivia com sua avô, uma "tzintzimitl", estrela que tentava impedir a saída do sol. Certa vez, Quetzacoatl a convenceu que descesse à terra para amar-se metamorfoseados nos ramos de uma árvore bifurcada. Mas, a avô acordou e, não encontrando a neta, pediu ajuda de todas as outras estrelas para procurá-la. Quando estavam próximas, a árvore se separou e a avô a encontrou. Sentindo-se traída, a avô despedaçou Mayahuel e a deixou para ser devorada. Quetzacoatl, que a tudo assistiu intato, recolheu os seus restos e a enterrou. Dali nasceu um cacto, o maguey, de cuja polpa se fabrica o pulque, uma bebida fermentada e alucinógena, usada nas cerimônias como bebida ritualística e oferenda aos deuses. Mayahuel é associada à Lua, à fertilidade, aos sonhos e ao estado de transe. 

Dia dedicado à deusa romana Luna, a regente lunar dos meses, das estações e da lua crescente. Ela era considerada a encarnação divina da lua (em latim: Luna) e muitas vezes foi apresentada comoo complemento feminino do Sol, visto também como deus. Juntamente com Prosérpina e Hécate, configurava uma deusa tripla, seu símbolo sendo uma biga (carruagem puxada por touros). Era invocada como a "Rainha de dois chifres das estrelas", quando só as meninas a ouviam cantando enquanto os meninos ouviam Apolo, o deus Sol. 
Dia de São Marco. Segundo as crenças celtas,  na véspera deste dia, os fantasmas de todas as pessoas que iriam morrer no decorrer do ano poderiam ser vistos flutuando na frente das igrejas e por cima dos cemitérios. Para ver este acontecimento, o observador deveria permanecer acordado a noite toda, sentado na soleira da igreja. Caso adormecesse, ele não acordaria mais no dia seguinte. 







CELEBRAÇÃO DO DIA 23 DE ABRIL:
Devotos do mundo inteiro comemoram neste dia o Dia de São Jorge, o santo padroeiro da Inglaterra, de Portugal, da Catalunha, dos soldados e dos escoteiros. No Oriente, ele é celebrado desde o século IV. Originário da Capadócia, ele era militar do Império Romano ao tempo do imperador Diocleciano. Convertido ao cristianismo, foi perseguido, torturado e decapitado em 23 de abril de 303. A imagem dele lutando contra um dragão foi difundida na Idade Média e está relacionada às lendas de seus muitos milagres. A Igreja Catôlica reconheceu a autenticidade de seu culto. O Brasil também celebra o santo neste dia. A Umbanda popular celbra o Orixá Ogum, a divindade ioruba do ferro, das lutas e da guerra. 


Festival do Green Man, o deus verde da vegetação, o caçador Herne, uma das manifestações do deus Cernunnos, o princípio masculino fertilizador da terra e consorte da Deusa. Um dos deuses mais antigos da mitologia celta, Cernunnos, o Cornífero, tinha orelhas e chifres como os do veado e era visto como senhor dos animais. Às vezes, era representado alimentando animais o que indica que era deus da abundância e da fertilidade. Ele também podia mudar de forma e apresentar-se como cobra, lobo ou veado. 
Celebração egípcia de Neith, antiga deusa do céu, protetora das comunidades tribais, dos trabalhos manuais e dos artefatos de guerra. Um dos seus nomes era Tehenut, significando "aquela que veio da Líbia" e outro era Mehueret, "a Vaca Celeste", mas, alguns mitos situam o nascimento de Neith na atual Tunísia eela teria origem berbere. Ela era adorada no Delta do Nilo, de onde teria saido segundo outros mitos, inventando o parto ecriando deuses, homens e animais. Segundo esta lenda, ela cuspiu na água e sua saliva transformou-se em Apep, a serpente do mundo dos mortos. Esta deusa tinha inúmeras atribuições, uma delas sendo a regência dos contratos de casamento. Nos casamentos realizados neste dia, os maridos eram obrigados a obedecer suas mulheres. Ela era também uma famosa caçadora e guerreira e tinha como símbolo um escudo com duas flechas cruzadas, presas com pele de vaca.. Era representada com asas, chifres de vaca, uma coroa vermelha e o escudo. Mas, também foi representada como escaravelho, abelha e até dando de mamar a um crocodilo. 
Vinália, antigo festival romano do vinho dedicado ao deus Júpiter e à deusa Vênus.


Vinte e três de abril foi o dia escolhido pela Unesco como Dia Mundial do Livro por se tratar de um dia emblemâtico para a literatura mundial. Foi a 23 de abril que, em 16165, morreu Miguel de Cervanteseque, em 1899, morreu Vladimir Nabokov. William Shakespeare nasceu e morreu, ironicamente, também neste dia.










CELEBRAÇÃO DO DIA 22 DE ABRIL:

Festival de Isthar na Babilônia, deusa que representava a força da vida e da luz, sendo reverenciada como a deusa da sexualidade e da fecundidade. Apesar de Isthar ser conhecida no Oriente Médio como a deusa do amor, ela era também conhecida por sua ferocidade nas batalhas ena proteção de seus seguidores. Quando neste aspecto, Isthar conduzia uma carruagem puxada por sete leões ou sentava-se num trono ornado com leões, portando um cetro de serpentes duplo e ladeada por dragões. Ela era chamada de a Possessora das Tábuas com os Registros da Vida, a Guardiã da Lei e da Ordem, a Dama das Batalhas e da Vitória. Seus símbolos eram a estrela de oito pontas, o pentagrama, o pombo e as serpentes, o que demosntra sua precedência à era e mitos patriarcais. Era a deusa dos lados positivo e negativo de tudo o que regia, e uma patrona das sacerdotisas. Seus poderes se estendiam a muitas áreas incluindo a superação de obstáculos. Seu culto foi proibido pelos hebreus patriarcais e sua figura denegrida pelas Escrituras, passando a ser considerada como "A Mãe das Prostitutas" ou "A Grande Prostituta da Babilônia".
No Japão, festa do casal divino O-Yama-no-kami e Keno-tamayori-hine. Invocados para abençõar  os casais com harmonia e fertilidade, eram reverenciados com cânticos, oferendas de frutos e encenações do ato sexual.
Cerimônia de Plenteria em Roma, a lavagem ritualística do templo da deusa Minerva. 

Dia da Terra na Islândia,  celebrando a chegada da primavera e homenageando Gerda, a severa deusa da terra, congelada pelo inverno, que despertava pelo toque de Freyr, o alegre deus da primavera e da vgetação. Ela era uma giganta, e, ao caminhar, deixava um rasto de fagulhas e, quando levantava os braços, irradiva uma luminosidade brilhante sobre o céu, a terra e os mares (alguns autores interpretam essa luminosidade como a aurora boreal). O mito entre Gerda e Freyr pode ser visto como a representação do casamento sagrado ente o deus da fertilidade e a deusa da terra, uma vez que Gerda significa "campo". 


Dia Internacional da Terra, celebrando Gaia, a Mãe Terra, criado em 1970, como primeiro protesto contra a poluição. Em 1990, todos os países passaram a festejá-lo também neste dia, com o intuito de nos tornarmos responsáveis pelos seu cuidado.







CELEBRAÇÃO DO DIA 21 DE ABRIL:

Festival da deusa egípcia Hathor, a rainha do céu, da Terra e da Lua, a criadora primordial, mãe de todas as divindades. Originalmente seu nome era Het-Hert ou Hat-Hor, o que significa "A Casa ou Ventre de Hórus". Hathor criou-se a si própria, uma forte indicação de que seu culto já acontecia quando da ascensão das divindades masculinas dominantes e ela foi reverenciada por mais de três mil anos, ora representada como mãe ou filha do Sol, com cabeça de vaca ou de leoa, ora como mulher, adornada com os chifres lunares, ora como árvore da vida, a senhora do céu e também do mundo subterrâneo, mãe da vida e da morte. . Os egípcios a chamavam de "A Vaca Celestial", que originou a Via Láctea a partir do leite de seus seios. Era também identificada com o lendário ganso do Nilo que botou o Ovo Dourado do Sol. Ela era a rainha do Oeste (os mortos), mas também a protetora das mulheres e da maternidade. Em seu aspecto escuro, como Rainha dos Mortos, Hathor aparecia como a Esfinge, a deusa Sakhmis ou Sekhmet, a deusa com cabeça de leão. Conta o mito que, no início da humanidade, o deus solar Rá decidiu punir os humanos por se tornarem perversos e desrespeituosos com os deuses. Ele ordenou Hathor que executasse sua vingança. A deusa matou humanos até que seu sangue corresse por rios. Rá passou a sentir remorso pelos humanos e pediu a Hathor que paresse, mas, por estar ensandecida, ela se recusou.Então, Rá lançou 7.000 jarras de cerveja misturadas com mandrágora para que parecese sangue. Hathor bebeu toda a cerveja, ficou embriagada e esqueceu-se de seu desejo por sangue. 
Manifestada sob sete aspectos, as sete Hathoreram associadas aos sete planetas e consideradas as protetoras das mulheres, do casamento, da família, das artes, do amor, da música e da astrologia. Eram elas que davam à pesoas as sete almas (ou corpos) ao nascer. Hathor foi venerada em Israel, em seu templo de Hazor, até 11000 a.C., quando seu templo foi destruído e seu culto proibido.
 







CELEBRAÇÃO DO DIA 20 DE ABRIL:

Palília, festa da deusa romana Pales, a deusa pastora protetora do gado e dos animais domésticos que regia bosques e campos. Neste dia, os animais eram enfeitados com galhos verdes e passados pela fumaça das fogueiras de espinhos para afugentar as más vibrações e os pastores também saltavam sobre elas, pedindo perdão à deusa por seus animais terem entrado em lugares considerados sagrados. Oferecia-se leite e bolo à Deusa, pedindo suas bênções. 

Comemorações antigas das divindades com características taurinas, como Audhumbla, Asiat, Hera, Nut, Pales, Prithivi, Suki, Tefnut, A Mulher Búfala Branca e o deus Apis.
Segundo a lenda lakota, a Mulher Búfala Branca trouxe o cachimbo sagrado aos homens e lhes ensinou o uso ritualístico dele para "enviar suas vozes ao Grande Espírito" e os sete ritos em que o cachimbo deve ser usado. Sua lição é: "viver em paz com todas as nossas relações" pois somos um só ser vivo e "tudo que fizermos à Grande Teia da Criação, faremos à nós mesmos".





CELEBRAÇÃODO DIA 19 DE ABRIL:

Celebração de Freyja, "A Senhora", a Deusa Mãe da dinastia Vanir, na mitologia nórdica. Filha de Njord, o deus do Mar, e de Skadi, a deusa do inverno, ela era a irmã de Freir, "O Senhor", ambos invocados para atrair a fertilidade da terra e a prosperidade das pessoas . Por sua vez, ela era a deusa da sexualidade, do amor e da magia e adivinhação, da beleza e atração, da música e das flores. Era deusa da riqueza e também da morte sendo líder das Valquírias que conduziam as almas dos mortos em combate. Ela era repreentada como uma linda mulher, enfeitada com jóias de ouro e âmbar, vestindo um manto de penas de cisne, luvas de pele de gato e conduzindo uma carruagem puxada por gatos ou javalís. A lenda conta que ela procurou por seu marido perdido, que desaparecia alguns meses no ano, sendo que seu mito não explica por quê, Odur, no céu e na terra, e suas lágrimas se transformaram em ouro na terra e em âmbar no mar. Somente nesta lenda ela teve um esposo e, depois disso, vários deuses como amantes, sendo ela uma mulher atraente e voluptuosa que usava um colar mágico, Brisingamen, obtido de quatro gnomos ferreiros que foram seus amantes. Ela morava numa planície , Folkvangr "campo de batalha", em um palácio chamado Sessrumnir , "muitos salões", e diariamente cavalgava como condutora das Valquírias erecolhia a metade dos guerreiros mortos em combate. Mas, ela não era uma deusa atemorizadora, pois sua essência era o poder do amor eda sexualidade, embelezando e enriquecendo a vida.
Nas línguas anglo-saxãs, o dia de sexta feira foi nomeado em sua honra e, apesar da oposição da Igreja, o povo continua a casae-se neste dia para receber as bênções da Deusa. Frejya era a deusa nórdica mais cultuada e conhecida, seu nome deu origem à palavra "fru" ("mulher que tem o domínio sobre seu bens"), que acabou por se tornar com o passar do tempo, no equivalnte a "mulher". 
Encerra-se o festival da Cereália, dedicado às deusas dos grãos Ceres e Ops em Roma, Deméter na Grécia e Damkina na Suméria. Ao contrário de Tellus Mater, que era a própria terra, Ceres/Deméter era a força da natureza, do crescimento e da nutrição. Suas celebraçõesincluíam rituais de purificação da terra e de incentivo à abundância das colheitas.
 




CELEBRAÇÃO DO DIA 18 DE ABRIL:

Rava Navami, festival hindu consagrado ao deus Rama e à deusa Sita. Neste dia, durante um ritual, a terra era arada pelo rei ou chefe da comunidade, invocando as bênções das divindades para as colheitas. Segundo a lenda, a deusa Lakshmi encarnou como uma moça, Sita, para poder casar-se com Rama, avatar (encarnação, neste caso do deus Vishnu) e herói, porque Lakshmi é a shakti de Vishnu e ela sempre lhe acompanha ao longo de suas encarnações. A missão de Sita, que nasceu da terra quando foi arada, era asegurar a destruição de Ravena, rei demoníaco vencido por Rama. Este festival coincide com o Navrata que, em 2013, começou em 11 de abril e termina em 19 de abril, dedicado às deusas Durga, Laksmi e Saraswati. Em alguns lugares da Índia, a celebração é para o casamento de Rama e de Sita. Em outros lugares, também da Índia, celebrava-se o nascimento de Rama, em Ayodhya,  e cultua-se Rama menino, que para eles,  faz aniversário neste dia, lendo nos templos o Ramayana inteiro, entoando mantras e kirtans e jejuando ou tomando somente leite e frutas durante os nove dias do festival.

Um dos eventos mais importantes destes rituais, em Haryana e Punjab, é a adoração de meninas, que representam simbólicamente a deusa Durga e são chamadas de "kanjaks".
Celebração da Donzela das Bananas, equivalente indonésia de Sita, reverenciada como deusa da vegetação e do plantio e de Hainuwele, a Mãe das Palmeiras, a deusa da abundância e da colheita.

Thargelia, festival grego de purificação dedicado ao deus solar Apolo , à deusa lunar Ártemis e às Horas, as deusas das estações, na data de aniversário dos dois deuses irmãos, segundo o mito. Eram feitas oferendas de primeiros-frutos e produtos da terra, agradecendo com cânticos e orações as dádivas dos deuses, pedindo seuas bênções para a colheita. Durante as cerimônias de Thargelia, todas as crianças, menos as órfãs, levavam galhos de oliveira, enfeitados com fitas brancas e vermelhas que eram colocados nas portas das casas, para afastar os males das futuras colheitas do ano e também eram levados , juntamente com figos, nozes, doces e vasilhas com vinho aos santuários. Dois homens adornado com colares de figos brancos encenavam um ritual de expulsão do mal, chamado Pharmakos, lutando com outros dois homens, escolhidos entre os prisioneiros e enfeitados com figos pretos. Os vencidos, considerados "bodes expiatórios", eram chicotados com galhos de espinhos e urtigas. Depois de alimentados com bolos de cevada, figos e queijos, elea eram expulsos da cidade, levando consigo os pecados e as mazelas da comunidade. Alguns autores dizem que os "bodes expiatórios" eram dois, um para os homnes e o outro para as mulheres da cidade, e que eles eram mortos para salvá-los. Este festival somente se realizava quando havia alguma mazela na cidade, como peste, fome, etc.
No segundo dia deste festival, havia coros de homens e meninos que disputavam prêmios e as pessoas adotadas podiam, então, serem registrados e recebidas nas casas de seus pais adotivos.

 



CELEBRAÇÃO DO DIA 17 DE ABRIL:



Na Austrália,  os aborígines honram Wonambi ou Waugal, a deusa da chuva e da fertilidade, vista como uma serpente guardiã do arco-íris.  


 Parece que a serpente realmente existiu no período pleistoceno, assim como vários mitos destes aborígines também se referem a outros animais extintos, recentemente descobertos pela ciência. Wonambi foi a criadora das características da paisagem australiana e também pelos lagos e cursos de água em seu grande corpo. No oeste australiano também colocou grandes pedras de granito encontrados na maioria destes cursos de água. 

Celebração hindu de Ranu Bai, a deusa da chuva, da fertilidade e da primavera.As mulheres estéreis reverenciavam-na levando vasilhas de água de chuva para suas estátuas e pedindo-lhe que fertilizasse seus ventres.
Início do festival das carruagens no Nepal, dedicado ao deus da chuva Macchendrana, antigo e poderoso deus hindu.
Na China, Homenageava-se nas fontes d´àgua Xiumu Niangniang, a Mãe das Àguas, na época das chuvas e inundações, pedindo-lhe que suas dádivas viessem na medida certa.






CELEBRAÇÃO DO DIA 16 DE ABRIL:
Celebração asteca de Coatlicue, "A da Saia de Serpentes", a deusa da vida e da morte, da terra e da fertilidade. É considerada a Mâe Universal e os astecas lhe eram profundamente devotos. Era representada com uma saia de serpentes, adornada com penas e colares de caveiras e corações arrancados das vítimas que lhe eram sacrificadas. Sua cabeça é formada por duas serpentes enfrentadas, símbolo da dualidade presente na cosmovisão asteca. 
Segundo a lenda, embora fosse virgem, ela foi a mãe de todos os deuses e de tudo. Coatilclue deu à luz o deus sol, Huitzilopochtli, tendo ficado  grávida dele pelo toque de uma pena que entrou em seu ventre enquanto varria.
Considerada a criadora primordial, preexistente a qualquer outra criação, ela governava também a morte, definindo o prazo de vida de todas as criaturas.
Festival da deusa egípcia Bast, a deusa solar com cabeça de gato que representava o poder fertilizador do Sol, enquanto que sua irmã, Sekhmet, com cara de leão, simbolizava o calor destruidor do Sol.
Festival anual Hiketeria, dedicado a Apolo, o deus grego do Sol.
Antiga data no calendário caldeu honrando Levanah, a deusa da lua minguante, controladora das marés. Posteriormente, Levanah foi renomeada pelos gregos como Selene e pelos romanos como Luna.
Nesta data, ocorreu uma das apariçoes de Maria à menina Bernardette, em Lourdes, na França. O local da aparição era um antigo lugar sagrado da deusa Perséfone.
   





CELEBRAÇÃO DO DIA 15 DE ABRIL:

Fordicália, festa romana para Tellus Mater, a Mãe Terra, equivalente da Gaia grega. Os romanos apelavam pela sua proteção durante os terremotos. Também os juramentos solenes se faziam em seu nome por ser considerada o destino comum de todas as coisas criadas, juntamente com os Manes e com Júpiter, deus do Céu. Ela, junto com Ceres, era responsável pela produtividade da terra e, ao igual que a Deméter grega, também estava associada com a maternidade e a fecundidade tanto humana como animal. Vários festivais eram celebrados em seu nome e, em 15 de abril, era a Fordicália ou Fordicidia (de fordus: vaca prenha) para assegurar a abundância da terra pelo ano todo. Honrava-se neste dia, a Deusa sacrificando-se uma vaca prenha, símbolo da terra fértil desabrochando na primavera. Após queimar o embrião na fogueira, espalhavam-se suas cinzas nos campos para assegurar a fertilidade das colheitas. Parte das cinzas dos terneiros nonatos eram guardada pelas vestais para rituais de purificações em outros festivais.
Tellus Mater também era invocada nos casamentos para abençõar a união com fertilidade e prosperidade. 
Também se faziam celebrações a Tellus Mater na vida privada, especialmente se houvesse algúm membro da família morto que não tivesse recebido as devidas honras pois era ao seu ventre que ele voltava, à espera do renascimento. 
Na China, antigamente, os casais sem filhos e os homens de mais idade, iam em peregrinação aos templos da deusa Bixia Juangun, a senhora da fertilidade, pedindo suas bênções para a continuação de sua linhagem.






CELEBRAÇÃO DO DIA 14 DE ABRIL:

Festival no sul da Índia e povos falantes de tamil especialmente os que moram fora da Índia porque acreditam que ela lhes protege durante sua estada em terras estrangeiras, da deusa Maariyamman. Ela é considerada uma manifestação de Parvati, a mâe Terra, uma deusa da chuva também e celebrada como consorte de Shiva. Ela também é conhecida por muitos outros nomes, como Mari(mãe) ou Maari (chuva). Ela é uma das mais populares deusas das pessoas pobres e moradores de aldéias, com templos em várias regiões do país. Acredita-se que ela seja o símbolo do sacrifício e da maternidade e que ela oferece boa saúde aos seus devotos. Ela está associada com diversas doenças e à febre e é adorada por salvar o povo de doenças virais como varíola, sarampo e varicela.
Sua lenda conta que nasceu como Renuka e era a jovem esposa de um sábio bem mais velho que ela que a mandava a buscar água todo dia no rio Ganges. Ela trazia a água em uma bacia de areia que formava na beira do rio com suas mãos, de tão casta que era. Um dia viu um belo ghandava (músico celestial) e se desconcentrou, quebrando a bacia.O sábio descobriu sua traição e mandou decapitá-la, mas, teve que ressucitá-la à pedido de seu filho menor. Porém, seu marido a expulsou do ashram e ela foi morar na floresta. Porém, seu marido, o sábio, acabou morto por um rei e teve sua pira funerária acessa no meio do ashram. Renuka voltou e se atirou na pira de seu marido. Indra assistiu a tudo e enviou uma forte chuva que apagou o fogo, mas, ela já estava parcialmente queimada assim como suas roupas. Ela passou de aldéia em aldéia onde todos cuidavam de suas feridas até que Shiva lhe apareceu dizendo-lhe que ela era uma reencarnação de sua esposa Parvati e lhe deu o nome de Maariyamman o Mãe da Peste e, a partir de então, ela protege as pessoas com queimaduras, febres, varíola, todas as doenças ligadas ao calor e a problemas de pele e dá bons filhos à suas devotas. 
Celebração na Caldéia de Marah, a deusa protetora da água salgada, a Mãe das Águas  Primordiais. Os gregos reverenciavam-na com o nome de Tethys e Amphitrite e os romanos, como Salácia. 






CELEBRAÇÃO DO DIA 13 DE ABRIL:

Em 2013, Gauri Puja, um dos aspectos de Parvati, mãe de Ganesha e Kartikeya e esposa devota de Shiva. Refere-se a abundância, prosperidade e bons casamentos. No Rajastão, as mulheres carregam suas estátuas para banhá-las no rios, dançando ao seu redor e pedindo abundância nas colheitas, bem-estar e sáude para seus maridos e filhos. Sua cor sagrada é o amarelo do Sol, do trigo e do milho maduro. Acredita-se que, para atrair sua proteção e a boa sorte para os relacionamentos, devem lhe ser ofertados doces e mel, comendo-se um deles ao deitar para atrair doçura em sua vida. 
Kamo Tama Yori Hime, o casamento sagrado shintoísta do deus Izanagi-no-mikoto e da deusa Izanami-no-kami, do que resultaram todos os Kami  ou forças vitais que animam o universo.
Festa hindu para os deuses Indra e Indrani, depois que Indra desistiu de tornar-se um yogue e aceitou sua condição de rei, junto de sua rainha e para o bem de seu povo, o casal divino que rege o amor, a sexualidade e a vida.

Vaisakhi ou Baisaki, Ano Novo para os sikhs, uma data religiosa, social e política. Tem origem em um antigo festival de colheita que marca o Ano Novo Solar, início de novas colheitas e fundação do Khalsa (Irmandade dos puros), fundada em 1699 pelo décimo e último Guru vivo, Govind Singh e que defende a igualdade humana acima de tudo, procurando terminar com as castas sociais. Corresponde ao nosso 13 e abril.  
 As celebrações variam de região em região, mas duram cinco dias com encenações onde são usadas armaas como espada, arco e flecha, cavalos e vários tipos de luta. Segundo o Guru determinou, todos os homnes são Singh (leões) e as mulheres, Kaur (princesas).
Diferente dos hindus, que celebram a colheita com oferendas, os peregrinos Sikhs vão aos templos de madrugada, tomam banhos de purificação e ouvem os ensinamentos dos gurus. Novos adeptos, homens e mulheres, são iniciados na fraternidade dos Khasa, que usam cino emblemas como distintivos: um pente de aço, uma pulseira de ferro, uma espada pequena, calças curtas e cabelos longos. 

Festival Songkran, Ano Novo na Tailândia, durante três dias (13, 14 e 15 de abril), hoje em dia, é data fixa. Chamado de Festival da Água por causa da tradição do povo de jogar água uns nos outros na rua. Começou com uma prática espiritual: ainda hoje as estátuas e os altares são lavados para purificá-los e afastar  os resíduos negativos do ano que termina e os maus espíritos. Após, essa água considerada benta, era passada gentilmente nos ombros das pessoas a quem queria-se prestar respeito, geralmente os idosos, familiares e vizinhos e para desejar-lhes boa sorte. Hoje é geral a brincadeira. 
Festival romano da primavera Libertas, celebrando a deusa da liberdade pessoal e da justiça. 







CELEBRAÇÃO DO DIA 12 DE ABRIL:

Na antiga Roma, começava a Cereália ou Ludi Ceriales (jogos de Ceres), o festival anual para garantir a fertilidade da terra, dedicado às deusas Ceres e Ops. Durante oito dias, as pessoas celebravam as deusas com oferendas de grãos e frutos, cânticos, danças e procissões com tochas. 
A palavra"cereal"vem de Ceres, associando o seu nome com os grãos comestíves. Ela era a equivalente à deusa grega Deméter e o seu mito também é equivalente, sendo que esta época celebrava o retorno de sua filha Prosérpina  ao convívio com sua mãe. Também era a patrona da Sicília e tinha vários festivais celebrados em seu nome. Sabe-se pouco das práticas destes festivais ecxceto que eram feitos pelas classes dos plebéios que eram os que dominavam o comércio dos cereais. 
Celebração de Chu-Si Niu, a deusa padroeira dos partos, em Taiwan. As mulheres grávidas vão para os templos pedir bênções para seus filhos, levando oferendas de flores. 
Na antiga Grécia honrava-se, neste dia, Ilithua ou Eileithya, antiga deusa pré-helênica, precursora de Ártemis, padroeira dos partos e parteira de todos os deuses. Posteriormente, os romanos usaram seu nome como adjetivo para Juno e Lucina em suas atribuições como deusas dos partos. Em Roma, homenageava-se Vagitanus, a deusa que induzia o primeiro grito dos recém-nascidos.





CELEBRAÇÃO DO DIA 11 DE ABRIL:



 Na Mesopotâmia homenageava-se Anat, a senhora da vida e da morte, deusa da guerra associada com a violência e intensa sexualidade. Ela era a mais importante deusa semítica, filha do deus El,  e tinha um aspecto protetor, vingador e sustentador da vida também. Aliás, ela tinha quatro aspectos separados: guerreira, virgem, mãe e libertina. De mãe criadora podia tornar-se uma vingadora cruel. E, apesar de ter sido aamante de todos os deuses, preservava sua virgindade. Seu culto foi absorvido pelo da deusa Asherat, mas seguidores fiéis levaram-no até o Egito, onde Anath continuou a ser cultuada com os nomes de Anthyt, Anaitis, Antaeus e Anta e recebia o título de Rainha do Céu.
Na antiga Pérsia, celebrava-se Kista, a deusa do conhecimento e da sabedoria. Kista era também a protetora dos seres humanos e a provedora dos alimentos. Ela era invocada e reverenciada juntamente com Daena, também uma deusa protetora das mulheres, guardiã da justiça e condutora das almas. Seu nome significa "aquilo que é visto e observado", Daena simboliza a Lei Eterna e foi usada como símbolo de fé, lei, religião, até mesmo como sinônimo traduzido para o sânscrito de Dharma (correto agir, dever, virtude).
Na Armênia, celebração de Anahit, a deusa do amor e da Lua, considerada mãe, protetora e benfeitora.

Festa de Elaphebolia, durante seis dias, na Grécia, celebrando Ártemis em seu aspecto de deusa da caça e senhora dos animais selvagens. A lenda diz que é a comemoração de uma batalha ganha pelo povo de Phocis sobre a Tessália que tinha devastado o país. Somente se sabe que, para agradecer a Deusa, oferececiam-lhe bolos confeccionados na forma de cervos machos, os animais totêmicos da deusa, com massa de pão, mel e sementes de sésamo, pedindo-lhe a proteção para os caçadores. 
Em Roma, neste dia, colocavam-se coroas de louro ou murta na cabeça das crianças pedindo-se a bênção da deusa Diana contra o mau-olhado e as doenças. 
 








CELEBRAÇÃO DO DIA 10 DE ABRIL:


Dia de Bau, na Babilônia, a deusa do céu, da Terra e do mundo subterrâneo, mãe de Ea, o deus das águas. 
O culto de Bau data de 2.500a.C.e é semelhante ao da deusa sumeriana Gula, ambas sendo regentes da fertilidade, abundância e cura, mães divinas doadoras da vida, parteiras, rainhas da colheita e protetora das almas na sua passagem entre os mundos. Acreditava-se que os espíritos das crianças ficavam escondidos nas pregas de suas saias à espera da reencarnação. Seu símbolo era uma taça medidora chamda Bar, cujo hieróglifo X era equivalente à runa nórdica da doação e troca. Nos nascimentos, as parteiras ou avós das crianças faziam oferendas de pão e vinho pois nos mitos haviam advertências para aquelas mulheres que não reverenciavam ou agradeciam à Grande Mãe e esta se vingava, privando as crianças de suas bênções divinas. Como Mãe Primordial ela tinha o poder de sustentar a vida mas, também, podia provocar ou curar as doenças. 
Terminam as festas de Megalésia, dedicadas à deusa Cibele, celebradas com corridas de cavalos. 
No folclore celta acreditava-se que, neste dia, o Sol "dançava" nos primeiros momentos da alvorada. Na Irlanda, as pessoas acordam cedo para ver os primeiros raios do Sol "dançando" sobre a superfície da água (nos rios e lagos ou em uma vasilha com água), buscando ver nestes reflexo algum presságio para suas vidas. 






CELEBRAÇÃO DO DIA 9 DE ABRIL:

Celebração da deusa celta Andraste, da guerra, cujo nome significa "Invencível" e que era invocada antes das batalhas precisamente para garantir a vitória. Ela é equiparada a Andarte, cultuada na Gália e tem características semelhantes a Morrigan. Originalmente, ela era uma deusa escura invocada somente em casos de necessidade extrema porque exigia sacrifícios de sangue humano. Os romanos diminuiram seu status para uma deusa lunar (por ter a lebre como símbolo), associada ao amor e a fertilidade. Ela regia os fios da vida dos homens desde o seu nascimento até sua morte. 
Os britânicos tem santuários dedicados a Andraste em um bosque sagrado como nas florestas da Ilha Mona  (Anglessey). Conduzidas pela valente Rainha Boudica (a Vermelha), da tribo celta Iceni, que habitava a Gra-Bretanha na época das conquitas romanas, os bretões enfrentaram as legiões, juntamente homens e mulheres, vencendo muitas das batalhas e retaliando os estupros mortes e humilhações sofridos, sobretudo depois do saque no santuário da Ilha de Mona. Dizem as lendas que, quando finalmente foi vencida, Boudica preferiu envenenar-se, invocando Andraste, antes de se entregar aos romanos.


Em Roma, celebrava-se Bellona, deusa da guerra, da estratégia e da soberania territorial. Seu nome deriva de "bellum", significando guerra, e sua origem possivelmente seja etrusca. Ela é uma antiga deusa da guerra , precursora de Marte, anterior ainda ao sincretismo com a cultura grega, após a qual, foi identificada com a deusa Énio. Ela era invocada antes de uma batalha para decidir as táticas de guerra ou a estratégia das negociações. Todas as sessões do Senado relacionadas à guerra, eram conduzidas no Templo de Bellona, no monte Capitolino, fora do muro sagrado de Roma, o pomeronium. Seu atributo era a espada e ela era representada com um elmo e armada com uma lança e uma tocha.Originariamente, a deusa da guerra da Capadócia era Mah; ao ser assimiladaao culto da deusa Bellona, passou a ser chamada de Mah Bellona.
  







CELEBRAÇÃO DO DIA 8 DE ABRIL:

Celebração para Ártemis em Mounychia, Ática. Ártemis protegia as meninas pré-púberes que lhe serviam por um ano e, então,  eram chamadas "arktoi" ou "ursas". Conta a lenda que um urso, um dos animais à ela consagrados, rondava a cidade e era alimentado pela população e ficou domesticado e inofensivo. 
Mas, uma das meninas à seu serviço foi mexer com ele, que a matou. Seus irmãos, em vingança, também mataram o animal e Ártemis enfureceu. Ela exigiu que anualmente, suas sacerdotisas púberes se comportassem dançando como ursas num festival que durava dez dias neste local. Ofereciam-lhe bolos com lamparinas acesas e lhe agradeciam pela luz da Lua e a cura e proteção das mulheres e crianças. Como protetora dos recém-nascidos, as crianças eram colocadas em peles de urso para receber as bênções de Ártemis.
Em Roma, celebrava-se a deusa lunar Titânia, um aspecto da deusa Diana e Tanit, em Cartagena, a deusa da lua crescente e da noite.
Os países eslavos homenageavam Hovava, Teleze-awa e Vyestitsa, deusas lunares correspondentes à três fases da lua.  


No Japão,  o Festival das Flores de Pessegueiro, Momo no Sekku, pois esta é a época da primeira floração deles, indicando o fim do inverno e o começo da primavera. As flores do pessegueiro indicam traços femininos de compostura, graça e tranqulidade. Os ancestrais são reverenciados nos altares das casas e dos templos com oferendas destas flores, arroz e saquê (licor de arroz). Os participantes são purificados pelso sacerdots enquanto recitam poesias, cantam músicas, dançam e colocam as oferendas nos santuários repetindo orações. Ao final da cerimônia, as pessoas celebram festejando e dançando.
Os adeptos da fé shintoísta colocavam marcos de madeira sobre os túmulos e oravam. Hoje, o Festival das Flores é uma celebração ao nascimento de Buda.






CELEBRAÇÃO DO DIA 7 DE ABRIL:

Celebração de Blajini na Romênia. Antigamente, os romenos imaginaram o mundo como um disco e que haveria um mundo que espelhava o nosso, onde habitavam criaturas que chamaram de Blajini (seres meigos), descritos com forma semelhante à nós, porém pequenos, seres de grande inocência e muito devotos, que levam uma vida sem pecado, em pureza. Acreditavam que eles jejuavam todo o ano e prestavam grande serviço aos humanos, vivendo em isolamento. Neste dia, eram-lhes oferecidos ovos vermelhos de Páscoa nos rios com a crença de que eles encontrariam os ovos e celebrariam a Páscoa também, como forma de compensar-lhes o serviço prestado durante todo o ano e pão fresco e vinho para os seres da natureza e para os espíritos dos ancestrais.
Nos países eslavos, reverenciavam-se os espíritos benevolentes que moravam nas grutas, florestas, campos, jardins ou nas casas, chamados de Divja Davojke. Eles ajudavam as mulheres em suas tarefas caseiras: limpar, cozinhar, moer os grãos ou fiar a lã. Por serem auxiliares preciosos que trabalhavam rápido e sem se cansar jamais, eles eram reconhecidos como protetores, tendo seus lugares prediletos respeitados e reverenciados, periodicamente, com oferendas de pão, mel, queijo, bolo de fubá, lã, moedas e vinho. 
Celebração da deusa hitita Kait, a guardiã das colheitas e padroeira da agricultura e de Kadi, a deusa assíria da terra e da justiça, invocada em todos os juramentos e contratos. 



 Dia Mundial da Saúde, criado em 1948 pela OMS Organização Mundial da Saúde com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da saúde na sua vida e no dia-a-dia.

Em 2013, Kanamara Matsuri, o "Falo de Ferro", em Kawasaki, festival shintoísta. O tema principal, é claro, é o pênis que está presente em tudo: decorações, doces, esculturas, ilustrações, etc. O festival é centrado em volta do templo de veneração ao pênis e era muito popular, antigamente, entre as geishas e cortesãs que rezavam por proteção contra as doenças sexaulmente transmissíveis. Atualmente, acredita-se que confere hamonia para os casais e fertilidade, assim como prosperidade aos negócios. Mais tarde, casais se aproximaram para pedir filhos saudáveis e harmonia nos casamentos. O festival é celebrado dede o século XVII.






CELEBRAÇÃO DO DIA 6 DE ABRIL:

 Celebração de Tara, a deusa hindu das estrelas, como seu nome indica, uma das manifestações de Devi como Kali, a senhora do tempo. Ela é a segunda do grupo de dez  Mahavidyas, as "Dez Grandes Sabedorias" femininas., cada uma revelando aspectos auspiciosos do conhecimento da Grande Deusa. Cada um dos nomes da deusa possui um mantra, uma vibração especial que, quando entoado corretamente e com disciplina, confere realização espiritual. A forma feminina confere bênções ao devoto, liberando-o da roda de encarnações. 
Seu símbolo, a estrela, é visto como um elemento de auto-combustão perpétua,  por isso, Tara representa a fome insaciável (espiritual e física), que promove toda a vida. Aqui, Tara é a deusa do auto-domínio, sendo invocada por seus 108 nomes com um mala (rosário) de 108 contas. Ela aparece como adolescente ou barqueira, levando os homens do mundo da ilusão ao do conhecimento.  
No budismo Mahayana, Tara tem cinco manifestações, cada uma com cor e nome específicos: branca, verde, azul, amarela e vermelha. Todas elas são expressões da energia de Shakti e reflexos dos estados femininos de consciência.
Festival Ching Ming, dedicado à deusa Kwan Yin, a mãe da bondade, compaixão, saúde, cura e bem-estar. Preocupada com o bem da humanidade, Kwan Yin abriu mão de sua condição de boddhisatwa (ser iluminado) para permanecer na Terra até a iluminação de todos os seres. 
Na França, festival da primavera dedicado às crianças. As pessoas colocavam barquinhos de madeira com velas acesas nos rios para celebrar a vida renovada, pedindo às divindades um rumo certo para seu destino e proteção para seus filhos.






CELEBRAÇÃO DO DIA 5 DE ABRIL:

No Japão, dia de se reverenciar  Kwannon, o boddhisatwa feminino equivalente da deusa chinesa Kwan Yin, da compaixão, com oferendas de flores, velas violetas e incenso de lótus em homenagem aos ancestrais. Para invocar suas bênções de proteção, cura, amor e sabedoria, escreviam-se pedidos em rolos de papel de arroz, colocando-os nos altares de seus templos. 

Em Roma, festa da deusa Fortuna, senhora da boa sorte e da abundância, da esperança, padroeira dos jogadores, invocada por eles antes de apostarem. Era representada carregando uma cornucópia e um timão, simbolizando a distribuição de bens e a direção da vida dos homens e, geralmente, estava com a vista tapada, significando que ela distribuia seus favores aleatoriamente. Era considerada filha de Júpiter. É a equivalente da grega Tique.
 



CELEBRAÇÃO DO DIA 4 DE ABRIL:


Começo de Megalésia, o antigo festival romano de Cibele, a Magna Mater, Grande Mãe e Mãe Terra, a deusa da vegetação e da fertilidade. Este culto, que se originou na Frígia, Anatólia, e atravessou o Mediterrâneo, celebrava a chegada desta deusa a Roma. Em 204 a.C. Roma estava envolvida em uma grande guerra contra Aníbal, chamada de guerra púnica. E as coisas não iam nada bem para as legiões romanas. Os romanos enviaram uma delegação ao Oráculo de Delfos para que interpretasse seus Livros Proféticos. Nessa passagem diz-se que invasores estrangeiros só poderiam ser expulsos quando a Mãe do Monte Ida  fosse transferida de Péssinus para Roma. O Oráculo enviou a delegação ao rei de Pérgamo na Ásia Menor  onde, segundo as informações, estaria o meteorito negro que continha o espírito de Cibele. Pinheiros do Monte Ida, sagrados à Deusa, foram utilizados na construção de um navio, e a pedra foi transportada de um santuário a outro até chegar a Roma. Após cerca de um ano, Aníbal deixou a Itália para não mais voltar. 
Cibele era representada como uma mulher madura, de seios volumosos, coroada de flores e espigas de trigo, vestida com  uma túnica multicolorida e carregando um molho de chaves na mão. Às vezes, aparecia cercada de leões ou segurando nas mãos várias serpentes.
O templo de Cibele, em Roma, foi transformado pela Igreja Católica na atual Basílica de São Pedro, no séculoIV, quando uma seita de cristãos montanheses, que ainda veneravam Cibele e admitiam mulheres como sacerdotes, foi declarada herética, sendo abolida e seus seguidores queimados vivos. 







CELEBRAÇÃO DO DIA 3 DE ABRIL:

Festa romana de Florália, dedicada a Flora, a deusa das flores, durante três dias, com danças e ritos de fecundidade, já que ela representa a natureza em sua potência que desperta o que estava adormecido no inverno para  florescer, crescer e frutificar, ligando sua força à Ceres e Prosérpina, como imagem da força telúrica da terra em sua forma mais pura. O festival era muito alegre e, no último dia, contava com a presença de cortesãs. Os romanos ornavam as casas, as ruas e os templos com flores e jogavam sementes sobre a multidão para atrair fertilidade e abundância. Diz a lenda que foi Flora quem ensinou os homens a retirar o mel dos favor e lhes deu as sementes para o cultivo da terra. O mito conta que Juno, zangada porque Júpiter tinha dado à luz sozinho a deusa Minerva, que nasceu já adulta de sua cabeça, quis mostrar-lhe que ela também podia conceber sozinha. Em sua busca, descansou no templo da Flora quem, ao saber do assunto, lhe fez prometer que nunca contaria o segredo e lhe mostrou uma flor que tinha o poder de engravidar qualquer mulher que sentasse sobre ela. Assim nasceu Marte, cujo nome originou o do primeiro mês da Primavera no hemisfério norte, Março.
Flora é a equivalente da grega Clhóris.
Em Roma, celebração da deusa Prosérpina em seu aspecto donzela da primavera e regente da vegetação. 
Na antiga Pérsia, ofereciam-se cestas com sementes germinadas às Divindades das Águas, jogando-as nos rios na esperança de que os azares e as mazelas do ano anterior fossem levadas águas abaixo.





CELEBRAÇÃO DO DIA 2 DE ABRIL:


Celebração na antiga Escandinávia de Vovó Amma, Mere-ama, Mier-iema ou Vete-ama, a Mãe do Mar finlandesa, protetora das plantas, dos animais  dos peixes. Ela representava a essência da água, principalmente do oceano, mas também residia em rios e côrregos. Aparecia como uma mulher madura, com longos e sedosos cabelos prateados. Em suas cerimônias, aspergiam-se as pessoas com água para receber sua benção. Quando uma noiva se mudava para uma nova casa, a primeira coisa que fazia era levar oferendas de pão, queijo, pano e lã para a Deusa, no côrrego mais próximo de sua nova morada. Orando para a Deusa, ela lavava o rosto e as mãos, mesmo no inverno, quando eventualmente precisava quebrar o gelo para molhar a mão. Mere-ama regia a reprodução humana, animal e vegetal e cuidava da saúde de seus protegidos. Para atrair sua proteção e assegurar o sucesso nas pescas, os pescadores despejavam bebidas fortes no mar e oravam para que Mere-ama conduzisse os peixes para suas redes. No entanto, temendo serem seduzidos por ela, evitavam pescar ou se banhar no mar perto do meio-dia pois esta era a hora mágica da Deusa. 
Festa de A-Ma, em Macau, reverenciando a deusa lunar portuguesa protetora dos pescadores, invocada para garantir a boa pesca. 
Dia da Batalha das Flores, na França, quando as pessoas andavam com cestos de flores, jogando-as para o alvo de suas conquistas.
Antigas celebrações celtas para as divindades solares, as deusas Aine e Brighid e os deuses Bel e Lleu, cujos símbolos eram a suástica  ou a cruz solar, o triskelion (símbolo da tríade) e os círculos, representando o ciclo solar, a renovação da vida eo poder de transmutação. Neste dia, "descarregavam-se" os resíduos do inverno queimando, em fogueiras feitas com madeiras sagradas, bonecos de palha representando o inverno e a morte ou afogando-os nos rios consagrados a estas divindades.






CELEBRAÇÃO DO DIA 1º DE ABRIL:



Festival romano Venerália dedicado à deusa Vênus em seu aspecto Verticórdia,"A Transformadora de Corações", da castidade, que protegia dos vícios as moças romanas, apesar dos seus muitos amantes, até por que os romanos se consideravam descendentes de Vênus. Vênus tinha sido amante de um mortal e dessa relação nasceu Éneas que mais tarde fundou Roma. As mulheres lavavam suas estátuas e adornavam-nas com jóias e flores, queimando incenso e orando para ter alegrias e boa sorte no amor.
Celebrações greco-romanas, apenas para as mulheres, dedicadas à deusas Fortuna Virilis e Concórdia. Invocavam-se as bênções das deusas para ter sorte no amor, melhorar a relação com os homens e garantir a harmonia nas famílias.
Na Irlanda, celebrava-se Blathnat, a "pequena flor", antiga deusa da sexualidade e da morte, versão da deusa galesa Blodewedd.  Ela era uma das nove flores criadas a partir de uma magia com o caldeirão mágico. Em uma das lendas, Blathnat era filha de Midir, o Rei do Mundo Subterrâneo. E, conta o mito, que o reino de seu pai fora invadido por guerreiros do Ramo Vermelho de Ulster, liderados por Cu Roi e por Chulainn Cu. No ataque, vários animais, Blathnat e o caldeirão mágico foram capturados. Mas a deusa se apaixona por Chulainn e o amor é recíproco. Numa disputa para ver quem casa com ela o seu irmão, Roi, é quem ganha. Inconformada, ela trai o marido armando para que seus inimigos o matem. Ela joga leite no Rio Finglass como sinal de que ele stá em casa, sozinho e amarra os longos cabelos loiros dele à cama para imobilizá-lo. Então, é morto pelo próprio irmão, Chulainn. Um dos discípulos de Roi resolve vingar seu mestre, consegue levar Blathnat ao alto de um penhasco e se joga de lá com ela.


Blathnat também é o nome de um padrão de tricô muito usado em meias.


Dia dos Bobos na Europa e nos paises colonizados pelos europeus. Segundo alguns historiadores, o Dia dos Bobos teve origem na mudança de calendário, quando o Ano Novo foi transferido de 25 de março, segundo o calendário juliano em vigência na época, com festividades que iam até 1º de abril, para 1º de janeiro, segundo o calendário gregoriano instituído pelo papa Gregoria XIII e que foi aceito pela maioria dos países na Europa, com o que o rei Carlos IX da França também o adotou, resolvendo, assim, que o Ano Novo seria sempre em 1º de janeiro. Parte da população não aceitou a mudança e, quando se tornou oficial, começaram a pregar truques ao rei, enviando-lhe presentes exóticos e convites para eventos que não existiam, ironizando que o rei tinha banido o 1º de abril. Instalou-se  a confusão porque outras pessoas não entenderam a ironia e chamaram de o Dia da Mentira porque os tais eventos não existiam. O nome de Dia dos Bobos, ficou conhecido para aqueles que adotaram o novo calendário. Persistiu a tradição das brincadeiras e piadas para os outros nesse dia. 
Os franceses chamam o 1º de abril de Dia dos Peixes, devido ao aumento dos peixes pescados nessa época do ano e dos incautos fisgados pelas "peças" dos amigos.
Nos paises nórdicos, o Dia da Mentira e dos Bobos é regido pelo deus trapaceiro Loki. Neste dia, é permitido fazer brincadeiras e "pregar peças" nos desavisados até o meio-dia. Esse costume originou-se nos tempos antigos quando era permitida a saída dos pacientes internados em hospícios ou manicômios, deixando-os soltos nas ruas durante um dia por ano para a diversão sádica daqueles considerados "normais".




CELEBRAÇÃO DO DIA 31 DE MARÇO:

Na Ibéria, comemoração antiga de Dana ou Danu, divindade suprema do panteão celta, a Grande Mãe Terra dos celtibéricos, mãe de deuses e homens, senhora da luz e do fogo. Segundo a lenda, Dana nasceu em um clã de dançarinos que vivia ao longo do rio Alu. Seu nome, da raíz Dan, que significa "conhecimento" foi escolhido pela avó, a saccerdotisa do clã. Danu sonhou com uma grande barca que carregava todo seu povo por mares e rios até uma ilha onde deveriam construir um templo para que a paz e a abundância fossem asseguradas. Ela contou seu sonho ao conselho e assim eles fizeram. Ela garantia ao seu povo fiel a segurança material, a proteção e a justiça. Também era conhecida por outros nomes como Almha, Becuma, Birog ou Buan-ann, de acordo com o lugar de seu culto. No norte da Espanha continuou a ser cultuada como Maria, a Senhora de Amboto.
Na Irlanda, celebrava-se a deusa Anu ou Danu, da prosperidade e abundância, da fertilidade e do conforto (aqueles que estavam para morrer), guardiã do gado e da saúde. Seu local sagrado, Paps of Anu, reproduzia os fartos eios da deusa na forma de duas colinas no condado de Kerry. 

Celebraçaõ da deusa romana Luna, senhora da Lua e regente dos meses, a quem eram dedicados a regÇencia dos meses e das etaçõese conhecida também como Selene ou Levanah. Juntamente com Diana e Hécate, forma a tríade dos aspectos da Lua como Deusa do Céu.Ela é retratada como uma mulher pálida em uma carruagem prata, guiada por dois touros (referente aos chifres da Lua) e considerada também a deusa protetora dos cocheiros. Estava associada à doenças recorrentes e acreditava-se que interferia na atitude de pessoas insanas. A palavra "lunático" (aquele que pertence á Lua), deriva do nome desta deusa. Também é considerada como guardiã da sabedoria, guardada na memória,  e do poder mágico. Luna era honrada com a confecção de bolos da Lua, que eram trocados e comidos. Os gregos também tinham esse costume e honravam Ártemis com bolo da lua cheia, costume que até hoje é preservado em nossos bolos de aniversário. Inclusive, colocavam velas acessas sobre o bolo da Lua. 







CELEBRAÇÃO DO DIA 30 DE MARÇO:

Comemoração de Melissa, a deusa grega das abelhas. Existem várias versões sobre Melissa. Uma delas diz que ela era uma ninfa cretense, filha do rei Melisso e irmã de Amaltéia, sendo que ambas alimentaram Zeus quando criança escondido que estava de Kronos, seu pai, no Monte Ida, com mel colhido das flores e leite de cabra. Após sua morte, Zeus transformou Melissa em abelha como gratidão por sua dedicação, seu nome significando "Aquela que produz o mel". Uma outra versão fala que Melissa era uma sacerdotisa de Deméter que a deusa iniciou em seus mistérios. As outras sacerdotisas quiseram que ela lhes revelasse o que tinha visto e Melissa recussou, sendo despedaçada pelas companheiras. Como castigo, Deméter enviou uma praga à cidade e fez nascer do corpo de Melissa as abelhas que a infestaram. Também era considerada um aspecto da deusa Afrodite, cujo fetiche era um favo de mel. O mel é um símbolo da potência feminina da natureza. Rxiste um hábito comum, indiano, que consiste em untar a yoni da noiva com mel no dia do casamento, para facilitar-lhe a fertilidade.
Celebração persa do Ano Novo, festejando o casamento sagrado da Deusa e do Deus e a criação da raça humana. Antigamente, acendiam-se fogueiras e realizavam-se rituais de fertilidade utilizando ovos e espelhos. Mitos posteriores atribuem a criação deste festival ao próprio Zoroastro, fazendo-o coincidir com o equinócio de primavera, com o significado de renovação da vida, sendo um festival sagrado para algumas vertentes islâmicas e para os Baha ´is. O festival, chamado Noruz, significa "novo tempo" e tem uma duração de treze dias. Começa com uma grande faxina nas casas e escritórios para livrar-se de tudo que já não tem importância e impede o fluxo da prosperidade e felicidade. Embora considerado um ritual pagão, ainda hoje acendem-se fogueiras que jovens e homens pulam (como nas festas juninas), pedindo que as chamas consumam as coisas negativas e lhes concedam força e coragem para o novo ano. As famílias trocam presentes entre si e se reunem em torno à uma mesa que contém sete alimentos ou objetos que para eles representam os sete elmentos da vida, segundo o Zoroastrismo. 
Na Babilônia, festa para a deusa Bau,a Grande Mãe, senhora das águas primordiais e do espaço cósmico.








CELEBRAÇÃO DO DIA 29 DE MARÇO:

Delfínia ou Ártemis Soteira, a equivalente grega da Diana romana. Ela era uma deusa lunar, protetora dos recém-nascidos e dos animais. Uma caçadora virgem, chamada pelos gregos de "A Caçadora de Almas". Ela protegia os lugares silvestres e os animais e tinha o conhecimento dos lugares profundos da natureza onde se poderia repousar e recuperar as energias. Ela repugnava a violência pela violência, mas, era hábil para estabelecer punições aos criminosos, especialmente aqueles que ameaçassem ou maltratassem as mulheres. Seus objetos sagrados eram as bolotas de carvalho, os gamos, ursos, cães de caça,  o absinto e a foice em lua crescente. Era a deidade das Amazonas.
Comemoração de Druantia, a deusa celta da fertilidade, da paixão e da sexualidade.  Era tida como a Senhora das Árvores, sendo-lhe creditada a invenção do Calendário das Árvores, o poder do conhecimento e da criatividade. Os Druidas, posteriormente, associaram este calendário ao alfabeto ogâmico, criado pelo deus Ogma, bardo da tribo dos seres sobrenaturais Tuatha de Danann, detentor da eloqüência e inspiração artística. 
Festival de Ishtar, a versão assíria da deusa suméria Inanna, contendo em si a complexidade da qualidades femininas: a alegre donzela, a mãe benevolente, a guerreira altiva, a amante instável, a conselheira sábia e a anciã severa.




 CELEBRAÇÃO DO DIA 28 DE MARÇO:

Dia de Kwan Yin na China e no Japão, o boddhisatva feminino que protege os lares e representa a compaixão, tal como seu nome indica: "Aquela que ouve os lamentos e o choro do mundo". Ela também é associada à cura, a bondade, a felicidade. É a equivalente chinesa da Virgem Maria e acredita-se que atende cada oração que lhe é enviada. Boddhisatva é aquele/a que jurou não usufruir dos méritos da iluminação, libertando-e da Roda de Reencarnação,  até que todos os seres sejam igualmente libertados e volta, existência após existência, para auxiliar os todos os seres outros neste processo libertário, de luz. Seus devotos acreditam que, ao pronunciar seu nome, acança-se o alívio para as dores físicas e morais. Eles não comem carne e não praticam nenhum ato de violência, vivendo de forma harmônica e fazendo caridade. Suas estátuas a representam segurando galhos de salgueiro ou coberta de jóias; seus gestos são de generosidade e banimento dos medos e dificuldades. Seus seguidores utilizam as estatuetas para concentrar-se em meditação, repetindo seu mantra e seu nome continuamente para atrair seus dons de paz e compaixão. É conhecida por oferecer sua ajuda principalmente às mulheres e meninas, mas, os homens também podem honrá-la e pedir sua ajuda. Acredita-se que ela guiava viajantes e perdidos, protegendo-os do ataque de animais e predadores.
Na Índia, celebração da deusa da sabedoria Saraswati, protetora dos nascimentos e das mulheres, do conhecimento, da fertilidade e da prosperidade que a vida no Dharma proporciona. Como padroeira de todas as artes, ela era reverenciada pelso artistas e poetas com oferendas de frutas, flores e incenso, pedindo-lhe o dom da criatividade e da eloqüência. 
Antigamente,na China, reverenciava-se também Tou Mou, a "Escrivã do Céu". Ela julgava todos os atos dos homens, registrando as datas importantes de suas vidas e anotando os reinos e as atribuições das divindades dos Nove Céus.





CELEBRAÇÃO DO DIA 27 DE MARÇO:

Em 2013, Holi, Festival hindu das Cores, celebrado na Índia e vários outros países de profissão hinduista festejando a chegada da Primavera e o triunfo do Bem sobre o Mal, através da história de Prahlada, um fervoroso devoto de Vishnu, que venceu seu pai e a demònia Holika apenas com o poder de sua fé. À pedido de seu pai, o devoto atravessou uma fogueira no colo de Holika (que tinha um truque para safar-se), mas, ela morreu na fogueira enquanto que Prahlada a atravessou incôlume. 
 Atualmente, as pessoas celebram com brincadeiras, jogando água com guache e pó colorido umas nas outras, como diz a lenda que Krishna fazia com sua amada Radha nas festividades de Holi. 
Antigamente, nos países do Mediterrâneo, homenageava-se Athana Lindia, deusa ancestral que representava a fertilidade das colheitas e a paz nas comunidades. Precursora de Deméter e Ceres, ela personificava a prosperidade cultural oriunda da segurança material. Suas esculturas eram feitas com um tronco de árvore, realçando-se apenas sua cabeça, que era adornada com as insígnias de sua cidade natal, e seu pescoço, ao redor do qual eram colocadas várias guirlandas de espigas e de flores. 
Celebração romana do deus do vinho e da fertilidade Liber Pater, com libações e ritos de passagem para a entrada dos rapazes na sociedade dos adultos, havendo a troca de suas túnicas púrpuras pelas brancas. É uma data propícia às reuniões e ritos de passagem masculinos.
 
 


CELEBRAÇÃO DO DIA 26 DE MARÇO:
Dia do Arado nos países nórdicos.
Celebração de Mati Syra Zemlja, a "Úmida Mãe Terra" dos países eslavos, a mais antiga e importante divindade, reverenciada até o século X, mesmo depois da cristianização, e descrita como a força doadora da vida, responsável pela fertilidade e reprodução humana e animal e pela abundância da terra. Nunca teve representação como figura humana e sempre foi reverenciada como a própria terra.  Seu animal sagrado era a vaca com quem tinha em comum a fertilidade e a abundância da nutrição. Os camponeses se dirigiam diretamente à Mãe Terra, sem mediação de sacerdotes, e tinham por ela um profundo respeito, amor e gratidão pedindo suas bênções para seus plantíos, casa, crianças e animais. Até este dia era proibido arar a terra, cavar buracos ou bater estacas, para não machucar o ventre grávido da Mãe Terra. Ela era invocada como conselheira, protetora, testemunha e juíza nas disputas de terras e propriedades, e era em Seu nome que eram feitos os juramentos (engolindo um pouco de terra) e abençoados os noivos (colocando um pedaço de terra sobre suas cabeças para, enseguida, engolir um pouco dela e fazerem suas promessas). Para saber como seria a colheita, cavava-se um buraco e procurava-se ouvir o som da terra: o som cheio anunciava fartura;o som oco, perdas. Era considerado um sacrilégio cuspir na terra e, se alguém assim o fizesse, deveria pedir perdão imediatamente. Na Rússia, suas celebrações perduraram até meados do século XX. Ainda hoje, as boas-vindas aos visitantes são acompanhadas dos tradicionais pratos de pão com sal (produtos da terra), mesmo que já desprovidos do antigo significado.
Após a cristianização, seu culto persistiu por alguns séculos até que, aos poucos, seus atributos e qualidades migraram para  Virgem Maria.





CELEBRAÇÃO DO DIA 25 DE MARÇO:
 Festa da Anunciação ou da Anunciação da Virgem Maria, celebração cristã  feita pelo Arcanjo Gabriel à Virgem Maria, de que ela seria a mãe de Jesus, o Filho de Deus, segundo o dogma cristão. Em Nazaré, onde o evento ocorreu, segundo ambas igrejas Catôlica e Ortodoxa, existe a igreja da Anunciação de cada uma delas. 
Antigamente, considerava-se esta data como a Criação do Mundo e reverenciava-se a Deusa, a senhora da vida.
Fim do antigo festival romano da alegria, Hilária. Comemorava-se o triunfo da luz sobre a escuridão e a alegria pelo renascimento da vegetação na primavera. No final das festividades, faziam-se lavagens ritualísticas das casas e dos templos. Essa celebração tem origem em um antigo festival da Anatólia, dedicado à ressurreição da Attis, o amado da deusa Cibele, segundo a lenda da cultura matrifocal que a Deusa representava. 
Celebração na Pérsia, da deusa da fortuna e prosperidade Ashisti Vanuhi, invocada por aqueles que estavam em dificuldades materiais.
Comemoração do deus Marte e de sua consorte, a deusa Néria.




CELEBRAÇÃO DO DIA 24 DE MARÇO:

Comemoração da deusa Cibele, em Roma, a Grande Mãe originária da Frígia,na Anatólia, onde era chamada de Mãe das Montanhas ( Matar Kubileya, em frígio) porque era cultuada em grutas e cavernas, particularmente o Monte Ida, a montanha sagrada da Anatólia. Uma deusa estrangeira cujo culto atravessou o Mediterrâneo e foi sincretizada com a grega Gaia e a cretense Rhea, Cibele era a deusa das cavernas, montanhas, uma Grande Mãe Terra original, senhora dos animais selvagens, da natureza, da fertilidade, da sabedoria e dos mistérios sagrados, das muralhas e fortalezas (como protetrora das cidades que defendia), ela foi adotada por gregos e romanos e tornou-se uma divindade da vida-morte e renascimento em conexão com a ressurreição de Atis, cujo mito está integrado com o dela, demonstrando, assim, sua origem neolítica e matrifocal, muito anterior às culturas que lha adotaram. Era representada como uma mulher madura e robusta, com grandes seios, coroada com espigas de trigo, vestida com flores e folhas e carregando várias chaves. Costuma ter na cabeça uma coroa de muralhas e torres das cidades que defende e seu carro é puxado por leões.
Celebração da deusa Prytania ou Britannia, a padroeira de Albion (Ga-Bretanha), cuja imagem aparece nas moedas ingelsas. Seu nome deriva do grego Prettanike ou Brettaniai, que designava um conjunto de ilhas (incluindo Albion). O Império Romano que conquistou essas ilhas tranformando-a em provincia começou a chamá-la de Britania e aos seus habitantes de origem celta, de britânicos.
Na Irlanda, reverenciava-se Emer, a deusa da luz solar, da beleza e do reconhecimento. Emer representava todas as virtudes femininas,  como a beleza, a eloqüência, o talento artístico e musical, a suavidade, a lealdade e a sabedoria. Pedida em casamento pelo herói Cuchulain, ela disse que apenas aceitaria mediante provas de coragem, lealdade e responsabilidade.

Dia dedicado a Heimdall, o deus nórdico guardião de Byfrost, a Ponte do Arco-Íris, que liga o mundo dos homens ao mundo dos Deuses.





CELEBRAÇÃO DO DIA 23 DE MARÇO:

No Egito, comemoração de Maat, a deusa da justiça e do equilíbrio, guardiã da balança que analisava a pureza dos corações dos mortos.  Era representada como uma mulher jovem exibindo na cabeça uma pluma de avestruz. Era filha de Ra, o deus Sol e esposa (alguns dizem que era irmã) de Tot, o deus escriba com cabeça de ibis. 
Com a pena da verdade, ela pesava as almas de todos que chegassem ao Salão de Julgamento subterrâneo.  Colocava a pluma na balança e no prato oposto o coração do falecido. Se os pratos ficassem em equilíbrio, o morto podia festejar com as divindades e os espírtios dos outros mortos, mas, se o coração fosse mais pesado, ele era devolvido para Ammit, uma outra divindade, para ser devorado. Homenageava-se também Shait, a deusa egípcia do destino que acompanhava todas as pessoas, desde seu nascimento, observando suas virtudes e seus vícios, seus erros e realizações. Era ela quem dava a sentença no julgamento final, após a avaliação da alma por Maat. A sentença era definitiva, sendo baseada na observação contínua e escrupulosa da vida do falecido. 
Encerramento das celebrações de Athena/Minerva, Quintaria, iniciadas cinco dias antes, que consistiam em corridas, competições esportivas e musicais, peças de teatro e procissões com tochas. No final, os vencedores eram coroados com ramos de oliveira e a estátua da deusa era vestida com um novo peplo tecido pelas jovens ninfas. 
Danças romanas Salii para expulsar os espíritos maléficos do inverno e estimular o crescimento das plantas com rituais mágicos. 







CELEBRAÇÃO DO DIA 22 DE MARÇO:

Celebração de Bast, a deusa solar egípcia com cabeça de gato, à eles associada e também à Lua. O gato era um animal sagrado no Egito, especialmente os negros, consagrados a Bast. Matar um gato acarretava pena de morte autmática. O templo de Bubastis lhe era consagrado e quando os gatos deste templo morriam, eles eram embalsamados em grande cerimônia. Na feira em sua homenagem, milheres de seguidores de Bast se deslocavam através do Nilo, acompanhados por flautas, castanholas e muito vinho. Esplêndidas procissões atravessavam as ruas em direção a seus templos.
Em Roma começava o festival do riso Hilária. As pessoas se alegravam, iam aos espetáculos e aos jogos esportivos. Esse festival originou-se nos antigos rituais da deusa Cibele, celebrando a ressurreição da Terra na Primavera.
Celebração da deusa Ininni da mesopotâmia. Uma antiga Deusa Mãe, Ininni brilhava com a luz do planeta Vênus e regia a água e a natureza na Terra.  Apesar dessa energia venusiana, ela tinha também um aspcto marcial, como padroeira da guerra e dos répteis.
Dia consagrado à deusa hitita da sexualidade e do amor Inana, a esposa do deus do trovão Hooke.
Comemoração de Marzenna, antigo festival da primavra na Polônia, celebrado com cantos, danças e fogueiras, festejando o renascimento da natureza. 
 





CELEBRAÇÃO DO DIA 21 DE MARÇO:


Festival grego da criação do Ovo Cósmico, gerado pela deusa Eurynome e fertilizado pelo deus em forma de serpente Ophion.
Eurynome é uma deusa muito antiga, pré-helênica, protótipo da Deusa Mãe criadora dos pelasgos, povo antigo antes das invasões jônicas e seu culto foi a base de muitos outros em todo o Mediterrãneo. Ela estava associada ao oceano e seu nome significa algo como Mãe Primordial, Criadora do Universo, Aquela que se move na eternidade. Na Suméria ela era Iahu Anat, A Pomba Sublime. Seu mito reflete a consciência do paleolítico, quando ainda não se associava o ato sexual à gravidez e acreditava-se que as mulheres geravam os bebês sozinhas, ao serem picadas por alguns insetos, comerem um tipo de alimento ou se exporem ao vento norte ou ao orvalho. No seu mito ela dançava sobre as ondas (que era tudo que existia) e gostou do vento norte do qual formou uma serpente, Ophion. Continuou dançando e Ophion se apaixonou por ela e a fertilizou. Então ela tomou a forma de uma pomba e colocou o Ovo Cósmico no qual Ophion se enrolou por sete vezes para chocá-lo. Daí nasceram o Sol, a Lua, todos os planetas e estrelas, a terra e tudo que nela existe.
Celebração da deusa celta da primavera Eostre ou Ostara, com oferendas de ovos coloridos colocados em ninhos de palha. Foram essas antigas celebrações que originaram os costumes atuais de presentear com ovos de chocolate na Páscoa.
Comemoração eslava da deusa Marzana ou Marena, da mesma raíz "mor", significando morte. Ela era a senhora do tempo, da natureza e da vida. Em seu aspecto de Kostroma, ela é a Donzela que morre no inverno e renasce na primavera. Neste dia, sua efígie feita em palha era carregada em procissão até o rio e entregue à água, levando junto com ela os males da comunidade. As pessoas se banhavam e se jogavam na água para morrrem e renascerem, alternando o choro e o riso.
Na mitologia irlandesa, afirma-se que a cidade sagrada de Tara foi fundada neste dia pelas princesas Tea e Tephi.




CELEBRAÇÃO DO DIA 20 DE MARÇO:  

Em 2013, Equinócio de Outono no hemisfério sul e de Primavera no hemisfério norte, às 8:02 min., horário de Brasília. "Equinócio" significa "dias e noite iguais" porque nessa ocasião, eles tem a mesma duração. É o fenômemo astrológico no qual o sol cruza o equador celeste, a linha do equador terrestre projetada na esfera celeste, durante sua órbita aparente (como é vista desde a terra) ou eclíptica.. Os equinócios ocorrem em março e setembro inversamente no hemisférios terrestres e marcam a mudança de estações (outono e primavra). Astrológicamente no hemisfério sul refere-se a entrada no sol na constelação de Áries, o primeiro signo do Zodíaco que coincide com a eclíptica e define o Ano Novo Cósmico. 



Na antiga Grécia celebrava-se, neste dia, o retorno da deusa Perséfone, "Aquela que porta a destruição", do reino subterrâneo de Hades, do qual era sua Rainha. Sua mãe, a deusa Deméter, feliz com seu retorno, celebrava-o enchendo a Terra com folhas e flores. Perséfone, também chamada de Kore, "A Semente", e sua mãe Deméter, eram deusas da terra e da vegetação, e Perséfone era identificada com a primavvera. Mas, também era a Rainha do reino das Sombras, no submundo, onde reinava com seu esposo, Hades, que a tinha raptado. Este tema era  central nos Mistérios de Eleusis no qual ambas as deusas eram adoradas.
Dia de Idunna, "A Guardiã das Maças Encantadas", a deusa escandinava filha de Frigga e que simbolizava o fescor dos ventos e das flores da primavera, e, como a Hebe grega, alimentava os deuses com comidas mágicas que os mantinham jovens e vigorosos. Ela era a deusa da vegetação e da eterna renovação e guardava as mçãs douradas sem as quais os deuses envelheceriam e podriam morrer. Era representada como uma jovem donzela, gentil e suave, mas, ingênua, facilmente ludibriada pelos gigantes que a raptaram para se apoderar das maçãs, segundo o mito. 
Festival egípcio da primavera, celebrando a deusa Ísis.






CELEBRAÇÃO DO DIA 19 DE MARÇO:

Início de Panathenaea, o festival grego de cinco dias dedicado a Athena, a deusa da sabedoria, justiça e estratégia. Festejava-se Athena como a fonte da inspiração artística com competições artísticas,musicais e esportivas. Originalmente era celebrado todo o ano, mas, depois passou a ser celebrado cada quatro anos, como as Olimpíadas, provavelmente, para equivaler-lhe em importância. A estátua da deusa ganhava um novo peplo bordado e havia ritos com sacrifícios de animais; ainda, havia a procissão com os heróis da Maratona, que é o tema do friso no Partenon. 
Quintaria, o equivalente romano da Panathenaea, com celebrações para a deusa Minerva. 

   No norte da  Índia, Paquistão, Nepal e Bangladesh, celebração de Shitala, a deusa das febres, especialmente a varíola, como seu nome indica, invocada para curar as doenças contagiosas.  Embora represente o poder destruidor da vida, Shitala também representa a capacidade de curar as doenças, sendo reverenciada em todas as aldeias e cidades e chamada de Mata (Mãe), tendo vários altares a ela dedicados. Ela é adorada como protetora. Shitala é representada como uma jovem coroada, montada num jumento, segurando uma vassoura curta que tanto serve para espalhar os germes como para retirá-los e um pote cheio de vírus ou de água fria (como instrumento de cura) e também pode estar carregando algumas ervas da medicina Ayurvédica, eficazes até hoje.
  



CELEBRAÇÃO DO DIA 18 DE MARÇO:

Celebração de Sheelah Na Gig, deusa irlandesa pré-cristã da sexualidade que simbolizava que a nossa existência cumpre um ciclo entre o nascimento (através da vulva que ela expõe) e a morte que nos retira desta dimensão Era retratada por desenhos ou estatuetas grotescas de figuras femininas expondo seus órgãos genitais, simbolizando o portal da vida, enquanto seu corpo esquelético mostrava a decrepitude da velhice, demonstrando que o começo e o fim do ciclo estão muito próximos um do outro, num processo contínuo que nos excede. Existem na Índia, nos templos hindus, figuras semelhantes à Sheelah Na Gig, de Kali e de yonis tântricas que podem auxiliar a resignificar o tabu que a Igreja criou contra o poder feminino, convidando-nos a meditar sobre o ciclo de vida-morte no qual estamos inseridos. Os visitantes atuais lambem o dedo e tocam a yoni nas figuras da Deusa "para dar sorte".
Para erradicar a força dessa energia intensa da sexualidade, a Igreja Católica usou essas figuras para representar "demônios", colocando-as como esculturas nas colunas ou paredes das igrejas, principalmente na Irlanda e Grã-Bretanha. Até hoje ainda existem essas relíquias, mas seu significado simbólico perdeu-se devido à perseguição desenfreada ao poder da mulher, expresso por sua sexualidade, promovida durante séculos pela Igreja e pela própria sociedade patriarcal. 
Ao se conectar à sexualidade alegre e explícita de Sheelah Na Gig, as mulheres resgatam seu poder e o direito de e expresarem de forma livre e consciente. 
Antigamente, na Finlândia, era homenageada, neste dia, Tuonetar, a Rainha da Morte, que vivia em uma selva escura, Tuonetala, separada da terra dos vivos por um rio de águas negras onde nadavam  cisnes negros que, muitas vezes, eram suas filhas metamorfoseadas e que espalhavam todo o tipo de doenças terríveis.  Ela conduzia a barcaça negra que levava as almas para seu reino, no qual muitos entravam mas, não voltavam a sair. 






CELEBRAÇÃO DO DIA 17 DE MARÇO:

Festival de Astarte, a Rainha do Paraíso, a mais importante deusa fenícia. Em Canaã e outras regiões semitas, a deusa Astarte era honrada nas celebrações à Primavera com rituais de fertilidade. Ovos vermelhos eram ofertados à família e aos amigos, sendo esta a origem da nossa tradição de Ovos de Páscoa. O ovo era um dos seus símbolos representando fecundidade, renovação da vida e seus poderes, assim como a romazeira ( "a fruta que contém ovos"), também lhe era consagrada. Mencionada no velho testamento como Ashtoreth (vergonha), corruptela de seu verdadeiro nome, Athtarath (o ventre), esta deusa era equivalente a Isthar, a deusa da sexualidade e regente do planeta Vênus. A cidade de Biblos, sagrada a Astarte, era conhecida por suas vastas bibliotecas antes de serem destruidas. Os reis de Sidon só governavam com a permissão da deusa e se auto-intitulavam os Sacerdotes dela. Para outras culturas do Oriente Médio, ela era Asherat e Ashtart. 
Liberália, festival romano dedicado à Líbera, a deusa da fertilidade e da vegetação, padroeira da viticultura juntamente com a deusa grega Perséfone. A Liberália romana era uma festival de liberdade feminina, provavelmente, um resquício de algum antigo festival pertencente a uma sociedade matrilinear, pois as mulheres de Roma, apesar de terem mais liberdade que as gregas, ainda não poderiam ser consideradas livres como entendemos hoje.






Dia dedicado a Morgen ou Morgan Le Fay, a Sacerdotisa de Avalon, a ilha sagrada da mitologia celta. Morgan ficou conhecida com o livro As Brumas de Avalon como Morgana, a meia-irmã do Rei Arthur, por parte da mãe de ambos, Igraine. Seu nome significa "mulher que veio das águas". Originariamente, ela era uma deusa "escura" que regia as Ilhas dos Mortos e presidia a morte e o renascimento dos heróis mortos em combates.
Em várias línguas celtas,"mor" significava mar, sendo os espíritos das águas chamados Morgans. A mais famosa deusa do mar recebeu o título Le Fay, a Fada. Na mitologia galesa, Morgan era considerada a Rainha de Avalon, o mundo subterrâneo dos mortos,  para onde ela levou Arthur após seu desaparecimento deste mundo. Em outras lendas, Morgan pode ser uma maga e curadora, que vivia com suas oito irmãs na ilha de Avalon (nome derivado de Avallach, significando "a ilha das maçãs") ou ainda um aspecto da deusa da morte Morrigan. A maçã era uma constante na mitologia celta, um símbolo de renascimento e, por isso, os mortos eram enterrados cercados de maçãs ou de ovos tingidos de vermelho, na esperança de seu renascimento.





CELEBRAÇÃO DO DIA 15 DE MARÇO:

Dia de Rhea, a Deusa Primal, a Grande Mãe Terra, criadora de todos os seres, deusa da vegetação e dos novos ciclos.
Originariamente, ela não tinha consorte, reinando como uma deusa tríplice com vários títulos designando suas funções: Britomartis, a Donzela; Dictyna, a Mãe e Coronis, a Anciã  e senhora da morte. Com a chegada dos invasores helênicos, ela foi transformada na esposa do deus Cronos e mãe da maior parte das divindades do Olimpo. Cronos, o Pai Tempo, devorava seus filhos para garantir sua supremacia e chegou a castrar seu próprio pai, Uranus.  Segundo o mito, Rhea deu à luz Zeus, o último de seis filhos com Cronos, em Creta, escondida do marido, e lhe entregou uma pedra embrulhada em panos que ele prontamente engoliu em lugar da criança. Zeus ficou à salvo no Monte Ida, em Creta e foi amamentado pela cabra Amalthea enquanto os Kouretes, soldados, faziam bastante barulho para Cronos não ouvir o choro da criança. Nos mitos antigos, era a própria Deusa que consumia o tempo, trazendo a vida e a morte para a Terra. 
Dia de oferendas para os Espíritos e as Ninfas das Águas nos países celtas. 




CELEBRAÇÃO DO DIA 14 DE MARÇO:


 Diasia, uma celebração da grande deusa Serpente Ua Zit ou Uadjit, do Egito antigo. A imagem da serpente é o hieróglifo  para a palavra Deusa e a serpente também é o Olho. Ua Zit é símbolo da revelação da sabedoria mística. Ela era a divindade feminina do baixo Egito (norte) nos tempos pré-dinásticos. Mais tarde, as deusas Hathor e Maat foram conhecidas como o Olho. A uréu, uma serpente ereta, era usada para ornar a testas da realeza egípcia. Na cidade de Per Uto havia um santuário profético, possivelmente onde um outro santuário anterior existia para a deusa Ua Zit, e que os gregos conheciam por Buto, o nome grego para a própria deusa Serpente. 
Durante essa celebração, oficiavam-se rituais de exorcismo, purificação e expiação, oferecendo-se grãos de cevada para a Deusa e usando-se defumações para afastar as doenças.  
Celebrações antigas para o Ano Novo em Ghana com danças e rituais para afastar os maus espíritos e honrar os ancestrais.  



CELEBRAÇÃO DO DIA 13 DE MARÇO:

Celebração da deusa Cibele, na Anatólia, festejando-se e o renascimento da terra na primavera pela volta de Attis, amado de Cibele, do mundo dos mortos. O festival era seguido por nove dias de jejum, abstinências e orações, visando a renovação das pessoas. Março era o período dos Mistérios Cibele/Attis. A morte e o renascimento de Attis formavam a parte principal dessas cerimônias secretas e sagradas. Durante a procissão pelas ruas, não era raro ver jovens rapazes devotos que, tomados pelo freneí do momento, castravam a si mesmos. Todos os sacerdotes de Cibele eram castrados em homenagem a Attis. Muito antes do advento do deus solar Mitra, Cibele era honrada com o sacrificio de touros e pelo batizado de seus seguidores com o sangue do touro. Quando Attis renasceu, Cibele voltou a ser feliz, como atestam as alegres celebrações finais de seus Mistérios de Primavera. Esse alegre festival era chamado Hilária. 
Em Luxemburgo, celebra-se o retorno do Sol, simbolizando o começo da primavera, com fogueiras, danças e muita festa.
Dia da Purificação em Bali, combatendo a ação de Yama, o deus da morte. 
Comemoração da deusa chinesa do céu e da luz Ch´um Ti. Antiga deusa do dia e da alvorada, Ch´un Ti era representada com oito braços, um deles segurando o Sol e um outro, a Lua, às vezes com três cabeças. Na tradição do Budismo tântrico, ela aparece como uma deusa guerreira, com dezesseis ou dezoito  braços, segurando várias armas (espada, lança, arco e flechas), um raio, um rosário, uma flor de lótus e um vaso com água. 





CELEBRAÇÃO DO DIA  12 DE MARÇO:


Celebração de Belit Ilani, a Estrela do Desejo da Babilônia, amante de vários deuses e padroeira da procriação e da geração. É necessário fazer uma distinção entre outras deusas de nomes similares, como Belili, a deusa sumeria da lua, da água e da sexualidade, equivalente à Isthar e chamada de Beltis na Fenícia; Belit, a Deusa Mãe assíria, consorte do deuses Bel, Enlil, Mardukou Ashur; Beltis, a deusa do amor e da sexualidade da Fenícia, Caldéia e Babilônia, homenageada com rituais orgiásticos e equiparada à Astarte e Isthar e Belit Seri, a senhora do mundo subterrâneo da Mesopotâmia e da Babilônia. 
Belit Ilani ou Belit Ile, certas vezes era representada como uma mulher, segurando com seu braço esquerdo uma criança mamando enquanto que, com sua mão direita, a abençoava. Algumas fontes a consideram um dos atributos da deusa Astarte ou Ninlil. 
Comemoração do martírio de Hypatia, A Divina Pagã. Famosa filósofa e matemática, Hypatia foi assassinada na Alexandria, em torno de 400 d.C., por fanáticos cristãos enfurecidos com sua sabedoria, considerada exagerada para uma mulher e desafiadora para a sociedade.   




 CELEBRAÇÃO DO DIA 11 DE MARÇO:

Celebração da deusa grega Hipate, uma das Musas que regia a arte, a ciência e a criatividade. Ela era venerada no templo de Delfos juntamente com suas irmãs Mese e Nete, cujos nomes significavam cada uma das três cordas da lira de Apolo de quem se considerava que eram as filhas. 
De acordo com o local de seus cultos, o número das Musas variava, assim como seus nomes e sua origem. Eram três em Delfos e no Monte Helicon, sete em Parnaso e nove em Atenas, embora elas conferissem sempre seus talentos e habilidades aos homens.
Dia de Hércules, o herói e semideus romano, o símbolo da coragem e da força física. 
Um mito antigo relata uma luta entre Hércules e Hippolyta, a linda rainha das Amazonas. Filha do deus Ares, ela usava o cinto de ouro, sinal de sua soberania e poder. Os guerreiros gregos cobiçavam esse tesouro e foram em busca dele, liderados por Hércules, que foi desafiado por Hippolyta para uma luta. O desfecho dessa batalha é relatado de forma confusa e contraditória, dependendo da fonte. A versão patriarcal descreve a vitória deHércules coma prisão ou a morte de Hippolyta. 





CELEBRAÇÃO DO DIA 10 DE MARÇO:


 Celebração de Al-Lat, Elath ou Alilat, a deusa árabe representando a criação, a Terra e a Lua e seu símbolo é a lua cheia.
Antigamente, Al-Lat era reverenciada em Meca sob a forma de um grande bloco de granito. Mulheres nuas dançavam ao redor da pedra invocando a "Senhora", "A Deusa" e pedindo-lhe proteção e abundância. Mais tarde,foi identificada com Afrodite. Os juramentos eram feitos em seu nome pois, como a Terra, ela era eterna e indestrutível. Recitava-se esta afirmação: "Eu juro pelo sal, pelo fogo e por Al-Lat, que é a maior de todos". 
Al-Lat era uma deusa muito antiga, fazendo parte de uma tríade de deusas do deserto que incluem Al Uzza e Menat.  Al-Lat representava a terra, a frutificação e a produção humana e animal e a fase mãe feminina, também chamada de "Mãe dos deuses", uma deusa da fertilidade que carregava nas mãos um feixe de trigo . Al Uzza, A Forte, era a deusa virgem da estrela matutina e Menat era a força do destino, a anciã senhora do tempo e da morte, a mais antiga das três deusas. Os árabes rezavam e pediam sua proteção para fazer suas peregrinações e ficavam no lugar à ela estabeleciado, à beira mar, um tempo e de cabeça raspada para considerar terminada sua peregrinação. O culto a Al-Lat foi abolido por Maomé, que transformou a deusa no deus Allah.
Festa de Anna perenna, a deusa romana com duas cabeças, regente do tempo e da reprodução vegetal, animal e humana. Suas celebrações incluíam danças, libações e rituais de fertilidade para atrair a abundância  da terra.


Em 2013, Shivaratri, comemoração hindu de Shiva, o deus da destruição e da renovação. As pessoas jejuam e se reunem em vigilia, entoando seus mantras durante toda ela em seus templos, acendendo lamparinas a óleo e orando a noite toda. As mulheres casadas oram pela longevidade e bem-estar de seus maridos e filhos e as solteiras por um marido tão bom quanto Shiva. Os devotos dão banho no Shivalingam (seu símbolo) cada três horas com mel, leite, yogurte, ghee, pasta de sândalo e água de rosas enquanto o circumbalam. Shiva pode ser representado dançando (Nataraja), cavalgando um toro branco, seu veículo, ornamentado com cobras e um colar de crânios. Os devotos acreditam que honrar Shiva com bastante fé durante este festival, os redime de seus karmas negativos livrando-os de reencarnar novamente.






CELEBRAÇÃO DO DIA 9 DE MARÇO:

Celebração de Ala ou Ane, a Mãe Terra das tribos Ibo na Nigéria, criadora da vida e senhora da morte. Seu nome se traduz por "Chão", estabelecendo-a como a energia do solo, da terra, o que a faz a deusa maior do povo Ibo.  Ala cuidava e protegia seu povo, providenciando tudo o que favorecia e sustentava a vida. Ela deu as leis, ensinou os preceitos da moralidade (qualquer pessoa que cometesse tabu na comunidade, teria insultado ou profanado Ala), forneceu os meios para curar as doenças e estava presente no momento em que a alma fazia sua passagem. Nos templos e nas casas nigerianas encontram-se, até hoje, esculturas em madeira representando Ala cercada de crianças ou segurando inhames e uma faca nas mãos, símbolos da vida e da morte. Nas aldeias Ibo, há sempre uma árvore sagrada em que são colocadas as oferendas para Ala, fazendo-se os sacrifícios ritualísticos no início e no fim dos plantíos. Acredita-se que os mortos vivem em seu sagrado ventre.
Festa de Hsi Wang Mu, a Deusa Mãe do céu do oeste na antiga China, representando o princípio feminino Yin enquanto seu marido, Tung Wang Kung, representava o princípio masculino Yang. Essa deusa vivia em um palácio dourado nas montanhas Kun Lun, onde dava uma grande festa acadatrês milanos e distribuía aos outros deuses os pêssegos da iortalidade. As mulheres veneravam-na, agradecendo-lhe a dádiva da menstruação. 
Celebração do casal divino grego, Afrodite e Adonis. 
  




CELEBRAÇÃO DO DIA 8 DE MARÇO:
 


Dia Internacional da Mulher. Tem como origem as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e de trabalho e contra a entrada da Rússia czarista na Primeira Guerra Mundial. Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917. Já havia manifestações na Europa e Estados Unidos, no começo do século XX, por melhores condições de trabalho, de vida e o direito ao voto feminino. A data foi comemorada no ocidente até 1920 e depois foi esquecida até a década de 60, quando foi recuperada pelo movimento feminista. 
A data de 8 de março foi escolhida em lembrança a uma série de manifestações em protesto a um incêndio ocorrido em 1857, em Nova Iorque, em uma fábrica onde as operárias trabalhavam em condições desumanas. 
Dia da Mãe Terra na China, a antiga deusa ancestral Di Mu ou Di Ya, celebrando-se as dádivas da Terra com paradas nas ruas, fogos de artifícios, danças e músicas.  As pessoas ofertavam "presentes de aniversário" para a Mãe Terra, colocando moedas, flores, incenso e bonecas de papel em buracos abertos e depois cobertos com terra, agradecendo-se por tudo aquilo que ela lhes dava.





CELEBRAÇÃO DO DIA 7 DE MARÇO:


Anthesteria, início da festa grega das flores e do vinho dedicada à deusa Flora e ao deus Dionísio, que durava três dias. Durante esta festividade, a ordem podia ser invertida e os escravos participavam dela também. No centro desta festividade estava a celebração da maturidade do vinho da safra anterior, convenientemente guardada para ser aberta a partir desta festa e, também, da primavera. No primeiro dia degustava-se o vinho da safra nova. No segundo, levavam-se guirlandas de flores aos templos. No terceiro, festejava-se o casamento entre o Deus e a Deusa, representado pelo Rei e pela Sacerdotisa, rverenciando-se ao final os ancestrais. 
Em Roma, comemorava-se Junonália, procissão em homenagem à deusa Juno, a padroeira das mulheres e dos casamentos. Vinte e sete moças vestidas com túnicas brancas carregavam a estátua da deusa, feita em madeira de cipreste. Elas cantavam hinos e eram seguidas pela multidão, que levava oferendas de frutas e flores ao templo de Juno. 
Antiga celebração do Dia das Mães na Inglaterra, quando presenteavam-se as Mães com pão fresco e sidra, reminiscências das antigas celebrações das deusas da terra. 





CELEBRAÇÃO DO DIA 6 DE MARÇO:

Dia de Marte, o deus romano da guerra.Também celebravam-se os deuses protetores dos lares neste dia.
Na Grécia patriarcal, a precursora de Marte foi a deusa da guerra Enyo (significando "horror"), chamada de "A Destruidora de cidades", geralmente representada coberta de sangue  carregando armas. Em versões posteriores foi transformada em sua filha, em sua amante  e sua auxiliar nas operações de guerra, juntamente com Fobos (medo e de onde deriva "fobia") e de Deimos (pânico). O primeiro injetava covardia nos corações inimigos e o segundo os fazia abandonarem a formação e fugirem desordenadamente.
Véspera de Junonália, em Roma, a celebração das mulheres e moças. Este dia era considerado nefasto devido à influência belicosa de Marte e, para amenizar os influxos deste dia, exaltava-se a paz e faziam-se preces e oferendas para as deusas Vênus e Juno, com procissões onde vinte e sete moças vestidas com túnicas brancas carregavam a estátua da deusa, feita em madeira de cipreste, cantando hinos e oferecendo flores  frutas no templo de Juno.
 
Reverenciava-se também neste dia, Eris, filha de Hera e Zeus, irmã de Ares, padroeira da guerra e da discórdia e chamada pelos romanos de Discórdia. Suas filhas, as Androktiasi, simbolizavam o sofrimento, a disputa, a fome, a chacina, a luta, a infração das leis e a matança. Os gregos lhes faziam oferendas para que se mantivessem afastadas de suas vidas.

  



CELEBRAÇÃO DO DIA 5 DE MARÇO:


Celebração de Ísis, a deusa egípcia dos mil nomens, senhora da Lua e mãe do Sol, rainha da Terra e das estrelas, doadora da vida e protetora dos mortos. Filha primogênita da deusa do céu Nuit, irmã e esposa de Osíris, seu dia era comemorado com muita alegria, música e danças. 

A estátua de Ísis amamentando seu rebento simboliza o aspecto da Grande Mãe da deusa, a guardiã da Terra e de todas as formas de vida. Flores eram lançadas aos rios e as embarcações defumadas com incenso.
Em Roma, nest dia, celebrava-se Navigium Isidi, o dia em que a deusa Ísis abria o mar para a navegação, oferecendo sua benção aos navegantes. 
Na Austrália reverencia-se Julunggul, a deusa da fertilidade, representada como a serpnte do arco-íris e relacionada à água doce ou salgada. Da mesma forma que Oxumaré na África, Julunggul pode se manifestar ora como mulher, ora como homem, ora andrógina.
Celebração no Haití, da deusa Aida Wedo, a deusa serpente do arco-íris.  Ela desliza sobre a terra prometendo riquezas, manifestando-se na lenda do tesouro enterrado ao pé do arco-íris.







CELEBRAÇÃO DO DIA 4 DE MARÇO:

Dia de Rhiannon, celebrada na Irlanda e no País de Gales. Originariamente chamada de Rigatona, "A Grande Rainha", esta bonita deusa galesa regia tanto a alegria e o amor quanto a noite e a morte. Andava em um cavalo branco veloz, vestida com um manto de penas de cisne e acompanhada por pássaros mágicos, cujo canto acordava os mortos e adormecia os vivos. Rhiannon viajava pela Terra levando aos homens os bons sonhos e os pesadelos. 
Antiga comemoração de Mora, a deusa eslava do destino. Como doadora da vida, ela era uma mulher alta e com pele branca; como a mensagem da morte, tinha a pele negra, olhos de serpente e patas de  cavalo. O mesmo nome, Mora, pertencia a um Espírito Ancestral da antiga Alemanha, que atormentava as pessoas com pesadelos e se apresentava como uma égua negra ou como um morcego enorme. 
Na Grécia dedicavam-se, neste dia, oferndas a Perséfone e Hécate, rverenciando seu poder protetor na passagem das almas para o mundo subterrâneo.




CELEBRAÇÃO DO DIA 3 DE MARÇO:

Hina Matsouri ou Dia das Meninas, o festival japonês das bonecas, celebração das Três Deusas-Meninas Munakata, No-Kama e Hina Matsuri, filhas de Amaterasu, a Deusa do Sol. Neste dia, são feitos arranjos com bonecas em local de destaque da casa, sendo cercados de flores de cerejeira e comidas tradicionais (bolos de arroz"mochi"). As meninas recebem kimonos novos, bonecas vestidas em trajes tradicionais e doces. As famílias japonesas rezam nesta data pela alegria e prosperidade de suas meninas e para garantir que elas cresçam saudáveis e bonitas.
Todas as meninas japonesas têm bonecas especiais, guardadas apenas para os arranjos deste dia, sem poder brincar com elas durante o resto do ano.As bonecas representam as ancestrais e também os valores tradicionais de dignidade, lealdade e tranquilidade, servindo como modelos a serem seguidos. 
Nos templos de Osaka, as pessoas passam por rituais de purificação e oferecem bonecas às Deusas, orando pela saúde de suas filhas. 
 
Na Era Heian, as famílias da nobreza japonesa iniciaram a prática da nagashibina, um ritual no qual bonecas (de pano, de papel ou porcelana) são "imantadas" com as doenças ou mazelas das pessoas, colocadas em barcos, sendo levadas em procissão até o mar e entregues às águas com pedidos de que levassem para longe essas doenças e mazelas. Acredita-se que, à medida que os barcos afundam, as pessoas ficarão livres de seus males, transferidos para as bonecas. 
Celebração das Deusas Tríplices de várias tradições.





CELEBRAÇÃO DO DIA 2 DE MARÇO:

Antiga celebração de Maddar-akka, a deusa finlandesa da terra, da natureza, da cura e da magia. Mãe das deusas Juks-akka, Sar-akka e Uks-akka, ela era a padroeira dos partos e guardiã das almas das crianças até que elas estivessem prontas para nascer. Neste momento, ela transferia essa tarefa para Sar-akka, se a criança fosse menina, ou para Juks-akka, se fosse menino. A deusa Uks-akka podia mudar o sexo da criança antes dela nascer, de acordo com sua vontade. Essas deusas transferiam a alma das crianças para as mães no momento do parto. Maddar-akka recebia a alma dos fetos da deusa celeste Serque-edne, guardiã da imortalidade. 
Um aspecto de Maddar-akka era Jabnie-akka, A Velha, senhora do mundo dos mortos e regente das doenças. Para apaziguá-la eram feitas oferendas de galos e gatos pretos, principalmente antes dos nascimentos. As Akkas eram um grupo de deusas da fertilidade, reverenciadas somente por mulheres. Elas recebeiam oferendas de comida, bebida e animais para conferir fertilidade, paz e prosperidade. 
Celebrava-se também Paivatar, a deusa virgem solar finlandesa que, segundo os mitos, fiava a luz do dia com os fios dourados do Sol vestida com uma túnica dourada. Seu fuso era de ouro, assim como a carruagem na qual atravessava o céu. 
Celebração na Bulgária da Vovó Março, uma das representações da deusa Anciã. Acreditava-se que, se as mulheres trabalhassem neste dia, a Vovó Março enfurecia-se e destruía as colheitas. Por isso, as mulheres passavam o dia orando e pedindo à Deusa a bênção para que as colheitas fossem fartas.
Dia dedicado à deusa celta Ceadda, a guardiã das fontes sagradas e das águas medicinais e de Ceibhfhionn, a deusa iralandesa senhora da inspiração e da criatividade, guardiã da fonte do conhecimento que vigiava os homens para que não bebessem desta fonte sem sua permissão.





CELEBRAÇÃO DO DIA 1º DE MARÇO:

Dia dedicado à deusa greco-romana Héstia ou Vesta, a guardiã da chama sagrada e protetora da família e da comunidade. Neste dia, os gregos renovavam em suas lareiras o fogo perpétuo, invocando a proteção de Héstia para seus lares. 
Chisungu, ritual de iniciação feminina na Zâmbia.  Começam neste dia e duram por algumas semanas, as cerimônias de preparação das meninas para a entrada na puberdade. As moças permanecem reclusas, recebendo alimentação especial e os ensinamentos da "condição feminina" e das tradições dos antepassados. Em certas sociedades matrilineares africanas, ainda sde preservam estes antigos ritos de passagem, infelizmente esquecidos e ignorados pelos países "civilizados", porém, tão necessários para marcar essa importante transição na vida da menina-moça. 
Na Romênia, neste dia, os namorados e amigos se presenteiam com pequenos medalhões ou berloques, presos com uma trança muito fina de fios de seda vermelhos e brancos. Antigamente, em vez dos enfeites prontos, as moças teciam minúsculas estrelas de cinco ou de sete pontas nas mesmas cores, presenteando seus noivos ou maridos. Ninguém sabe ao certo o significado verdadeiro, mas, acredita-se que é um "sinal da primavera" e, possivelmente, uma reminiscência dos antigos ritos da fertilidade: o vermelho do sangue menstrual eo branco do sêmem criando a vida. 
Celebração romana Matronália, dedicada  à deusa Juno Lucina, a protetora dos recém-nascidos, das mulheres e da família. 





CELEBRAÇÃO DO DIA 29 DE FEVEREIRO:


Segundo antigas lendas irlandesas, neste dia as mulheres poderiam propor casamento a seus namorados ou escolhidos. As monjas do Santuário de Santa Brighid, em Kildare, tentaram reivindicar  esse direito e São Patrick permitiu-lhes essa "liberdade de escolha" somente a cada sete anos. Face à insistência de Santa Brighid, o prazo foi reduzido para quatro anos, correspondendo aos anos bissextos. 
A escritora e militante feminista Zsuzsanna Budapest vê nesta história o conflito criado entre a antiga cultura da Deusa , que considerava todos os atos de amor manifestações de sua essência, e a represão eclesiástica patriarcal, que impedia a liberdade de expressão e de escolha das mulheres. 


Dia dedicado à deusa Brighid, reforçando, assim, sua proteção no início e no fim deste mês, nos anos bissextos. 






CELEBRAÇÃO DO DIA 28 DE FEVEREIRO:

Celebração, na Pérsia, da deusa da terra Zamyaz ou Zamyna, chamada de "O Gênio da Terra". Reverenciavam-se várias deusas da terra e dos grãos, em várias partes do mundo, como Ceres, Deméter, Gaia, Tellus Mater e a Mãe do Milho. 

Celebração de Erzulie, a deusa haitiana do amor e da sexualidade. Em seu aspecto benéfico, a deusa era a protetora dos namorados, porém, em seu aspecto escuro, ela promovia ciúmes, discórdias e vinganças. 
Comemoração de Dione, antiga deusa pré-helênica, regente da sexualidade e da inspiração. Com atributos semelhantes a Juno e Diana, Dione foi posteriormente, transformada em uma oceánide.

 


CELEBRAÇÃO DO DIA 27 DE FEVEREIRO:

Dia da Anciã, uma das manifestações da Deusa Tríplice, detentora da sabedoria. A Anciã podia ser representada por inúmeras deusas, como Morrigan, Baba Yaga, A Mulher que Muda, Befana, Hécate, Cailleach, Edda, Hel ou Sedna. Esse aspecto da Deusa corresponde aos rituais de mudança e transformação, aos períodos de transição e à sabedoria da mulher pós-menopausa que, ao guardar seu sangue, adquire novas habilidades psíquicas, mentais e espirituais. 
Celebração da deusa grega da natureza e do tempo, Pyrrha, a filha da deusa da terra Pandora. Originariamente, Pandora, cujo nome significa "A Doadora", era a própria terra, sua energia alimentando as plantas, os animais e os homens. Sob o nome de Anesidora, "aquela que dá as dádivas", a deusa  era representada como uma mulher gigante saindo da terra por um túnel aberto com machados de pedra pelos gnomos. Com o advento da sociedade patriarcal, Pandora foi transformada em uma vilã, responsável por ter aberto a caixa com todos os males do mundo, assim como Eva, considerada no Velho Testamento como a causa original do pecado e dos males da humanidade.



CELEBRAÇÃO DO DIA  26 DE FEVEREIRO:

 Dia de Hygéia (a saudável), na Grécia. Era deusa da saúde, limpeza, saneamento e seu nome originou o termo "higiene", tanto pessoal como da cidade. Era associada muito mais à prevenção das doenças e a manutenção da saúde do que a cura.
Originariamente uma deusa do norte da África, Hygéia foi, posteriormente, adotada pelos romanos. Sua equivalente romana, era Salus. Era representada como uma mulher robusta,madura, tendo uma serpente enrolada a seus pés. 
Hygéia era um dos títulos da deusa Rhea Coronis, designando um de seus fartos seios. O outro seio era chamado de Panacéia, resumindo as qualidades desta Deusa. Posteriormente, os mitos patriarcais transformaram Hygéia e Panacéia nas filhas de Esculápio, o deus da cura.Ela só começou a ser cultuada nos tempos patriarcais, depois que o Oráculo de Delfos a reconheceu após umas pragas que assolaram Atenas e Roma.






 
CELEBRAÇÃO DO DIA 25 DE FEVEREIRO:

Dia de Nut, a grande Deusa do Céu egípcia. Ela era representada como uma figura feminina gigantesaca, formando um arco sobre a terra, seu cabelo caindo como chuva e segurando o céu estrelado em suas costas.  Seu corpo era azul e todo estrelado. Documentos antigos descrevem como o Sol entrava toda noite pela boca de Nut, percorria todo seu corpo e nascia de seu útero pela manhã. Pintada nos sarcófagos, ela é a a Mãe que recebia a múmia, cuidando de seu corpo até a ressurreição. Uma lenda conta que Nut casou com seu irmão Geb, a Terra, sem permissão de Re, o deus Sol. Este ficou tão furioso com ambos que forçou seu pai, o deus do Vento, a separá-los e, por isso, a Terra esta separada do Céu. Mais ainda, Re proibiu Nut de ter filhos em qualquer mês do ano. Mas, Thoth, o deus escrivão, resolveu ajudá-los e fez com que a Lua jogasse com ele uma aposta em que o prêmio era sua luz. Thoth ganhou tanta luz que a Lua precissou anexar mais cinco dias ao calendário oficial (e estes dias não estavam proibidos por Re). Assim, Nut e Geb finalmente puderam ter quatro filhos: Osíris, Ísis, Seth e Nepthys.
Celebração da deusa germânica da morte e da imortalidade Holla ou Holda, manifestada nos ventos frios do inverno. Ela recolhia as almas durante sua Cavalgada Selvagem e preparava os campos para os novos plantíos, limpando com seu sopro os resíduos das colheitas anteriores. Há vários mitos e significados atribuidos a esta deusa antiga e complexa. Originariamente, era uma deusa guardiã da terra, das famílias e do fogo das lareiras. Os missionários cristãos transformaram-na no demônio, zeladora do fogo do inferno, padroeira das bruxas e ladra das crianças rebeldes.





CELEBRAÇÃO DO DIA 24 DE FEVEREIRO:

Em Roma, Regifugium, comemoração inspirada em um antigo ritual de sacrifício ou substituição do Rei do Ano para que a terra se renovasse e frutificasse por meio de um novo rei. Este novo rei deveria ser  escolhido pela Deusa e coroado por suas sacerdotisas. Segundo as antigas crenças, quando a terra não produzia ou calamidades naturais aconteciam, a culpa era do Rei. Como sua energia não era mais capaz de fertilizar ou de proteger a terra, ele deveria ser sacrificado ou substituído. Esse ritual foi abolido com o advento das monarquias e da sucessão familiar ao trono. 
Celebração nas Antilhas da deusa da fertilidade Attabei, a Criadora Primordial, cultuada por uma casta de sacerdotisas similares às Amazonas e com vários outros nomes, como Attabeira, Momona, Guacarapita, Iella e Guimazoa.



 CELEBRAÇÃO DO DIA 23 DE FEVEREIRO:
 
Terminália, festival do deus romano Terminus, divindade que protegia os limites territoriais, fronteiriços, seja das terras de uma fazenda ou de uma vila ou de uma cidade. Terminália era celebrada em sua honra. Esta proteção não era apenas física, impedindo invasores humanos, mas, também de cunho espiritual, impedindo que forças maléficas entrasem nas terras e lares causando pragas e doenças. Qualquer pessoa que intencionalmente removesse a pedra demarcatória, seria amaldiçoada pelo deus Términus e também pagaria uma multa altíssima podendo ser condenado a pena de morte. As propriedades estavam demarcadas permanentemnte por pedras que indicavam os limites entre elas. Afinal o Direito Romano foi quem instituiu a Propriedade Privada....
No Dia de Terminália, essas pedras se transformavam em altares ao ar livre, cobertos de oferendas de flores, mel, vinho e grãos produzidos durante o ano. Os membros das familias vestiam-se de branco com guirlandas de flores nas cabeças. Havia orações, cãnticos e sacrificava-se um porco para o deus Téminus. Este era o ritual doméstico, porém, havia um outro, maior e público. Este ritual público era realizado na sexta pedra na Via entre Roma e Laurentum, porque aquela era a extensão antiga do Império, nessa direção.
Celebração para Erce, a deusa da terra, protetora dos campos e das plantações. Para atrair sua benevolência, despejava-se leite, mel, vinho e fubá sobre os campos e nos cantos das propriedades.





CELEBRAÇÃO DO DIA 22 DE FEVEREIRO:
 
Festival romano Charistia, dedicado à deusa Caristia ou Concórdia, comemorando a reconciliação, amizade, harmonia e proteção mútua entre os membros vivos e também os mortos protetores (Lares) da mesma unidade familiar. Alguns indivíduos já falecidos, considerados especiais pela família, eram homenageados em outras data, como no dia de seu aniversário, com lâmpadas sendo acesas em seus túmulos. Os conflitos eram resolvidos e perdoados, como reconhecimento da linha familiar mantida entre os vivos, com a proteção dos ancestrais.
As famílias reuniam-se, festejando com banquetes, música e troca de presentes. 
Os gregos reverenciavam Ececheira, a deusa da concórdia e dos armistícios. Durante os jogos olímpicos, ela era especialmente homenageada para que a paz fosse mantida e as hostilidades evitadas. 





 CELEBRAÇÃO DO DIA 21 DE FEVEREIRO:

Fetival das Lanternas na China, que em 2013 começou junto com o Ano Novo chinês, dia 10 de fevereiro e vai até dia 24 de fevereiro, celebrando também Kwan Yin, adeusa da compaixão, salvação, cura, benevolência e paze o retorno da luz. 
A veneração desta deusa é mais antiga que o budismo, conhecida também com o nome de Nu Kwa. Como a Grande Mãe oriental, Kwan Yin é invocada em todos os momentos de necessidade, de perigo ou sofrimento. As mulheres oram, repetindo seu nome como um mantra, oferecendo-lhe incenso, laranjas e especiarias. 
Em sua festa, nas casas e nos templos, são acessas lanternas de todos os tamanhos, formas e cores (menos o branco, que é cor de luto). Nas ruas, as pessoas carregam figuras de dragões e leões para atrair a boa sorte. 
Em Roma, dia de oferendas para os espíritos dos mortos, deixando provisões de comida em seus túmulos. Na civilização etrusca, homenageava-se Vanth, a deusa da morte, representada como uma mulher com asas, touca e véu na cabeça, segurando uma chave com a qual abria o túmulo para que os mortos pudessem sair e confraternizar-se com os familiares vivos.






CELEBRAÇÃO DO DIA 20 DE FEVEREIRO:

Ferália, festival romano de purificação e homenagem aos mortos, rito público, quando os pater-família já tinham direcionado os aspectos destrutivos e malevolentes dos Manes. Ferália era um rito de pacificação e exorcismo mais antigo que Parentália, que foi celebrado quando começou a haver uma consciência mais individual que o clã. Ferália prepara para a celebração de Charistia no dia seguinte, quando terminam estes ritos aos ancetrais.
Durante todas estas celebrações, de vários dias, os templos eram fechados, os festejos proibidos, as casas limpas e as roupas lavadas. As pesoas se recolhiam e reverenciavam os espíritos dos mortos com precese oferendas decomidas levadas a seus túmulos. 
Commemoração da deusa romana da ordem e do silêncio, Muta e da deusa padroeira do lar, Larunda. Também comemorava-se Lara, a Mãe dos Mortos,  senhora do mundo subterrâneo e dos Lares, os espíritos protetores das casas. 





CELEBRAÇÃO DO DIA 19 DE FEVEREIRO:

Comemoração de Moruadh, a fada marinha celta com corpo de mulher e rabo de peixe, cabelos verdes, nariz vermelho e olhos de porca. Ela faz parte das Merrows, mulheres marinas, diferente das sereias conhecidas. Merrow vem do irlandês "muir", que significa "mar"e "oigh", donzela, se referindo às fêmeas da espécie. Os machos ou Mermens, são bem diferentes  delas e mais raros. As Merrows fazem parte das Sidhe (fadas irlandesas) e moram no "Reino submerso sob as ondas"com sua família e gado. Elas se conservam jovens e belas por séculos mas, seus casamentos não são felizes e, por isso, elas procuram amantes entre os mortais. Elas sentem bastante antipatia pelos humanos e são conhecidas por portar mensagens de degraça e morte. Quando buscam amantes na superfície, costumam cantar bela canções para seduzir os marujos. Não aceitam serem rejeitadas podendo até provocar naufrágio do barco para resgatar seu amado. Se ela ficar satisfeita, devolverá o amado com presentes, mas, ela é ciumenta e possessiva e poderá prendé-lo para sempre. Os pescadores lhes ofereciam conhaque para evitar que lhes rasgassem as redes ou afundassem seus barcos.
Celebração das deusas sumerianas das águas, Nammu e Nina, um dos aspectos de Inanna. Como deusa das Águas Primordiais, Nammu assitiu à deusa Mami na criação da raça humana. A deusa Nina, chamada de Rainha das Águas, era representada com corpo de mulher e cauda de peixe ou serpente. 
Segundo as lendas, Minerva, a deusa romana da sabedoria e da justiça, nasceu neste dia. 
Dia de Tácita, a deusa romana do silêncio que defende das maledicências e os boatos negativos.  






CELEBRAÇÃO DO DIA 18 DE FEVEREIRO:

Spenta Armaiti, a festa persa das mulheres cultivadoras da terra, celebrando a deusa da fertilidade Santaramet, regente do submundo, de quem se diz que criou os primeiros seres humanos, muito antes do patriarcado. Spenta Armaiti é um dos três aspectos femininos de Ashura Maza (Deus, no Zoroastrismo). Alguns autores dizem que é sua filha e que senta à sua esquerda. "Armaiti" significa devoção e Spenta Armaiti, significa "santa devoção". Aramaiti era a Mãe-Terra iraniana que caminhou pelo mundo trasnformando os desertos em jardins. Também foi chamada de Mãe da Humanidade ou "Mãe-da-gente-feita-de-argila". Como filha, ela era a donzela justa e devota que personificava a obediência fiel, harmonia religiosa e adoração e, também, regia a reprodução, frutificação e destino. Ela é a guardiã da terra e dos campos que asseguram o alimento ao gado. Suas sacerdotisas realizavam rituais de fertilidade, invocando as forças da terra e o poder da Deusa.
Nos países bálticos homenageavam-se várias deusas da terra. Na Lituània, Laume, além de associada ao plantio e à tecelagem, era representada como uma mulher sedutora, com seios redondos e longos cabelos louros. Na Estônia, Ma-emma nutria e protegia todos os seres vivos enquanto na Letônia, a deusa Zeme tinha setenta irmãs, cada uma tendo atribuições epecíficas relacionadas à fertilidade da terraedos animais. 





CELEBRAÇÃO DO DIA 17 DE FEVEREIRO:

Fornacália, o festival romano do "Paõ e da Fornalha" e da vegetação. A Fornalia festejava a primavera e o renascer da natureza. No início, era uma comemoração de caráter religioso, mas depois, essa antiga festa profana degenerou em orgia. Provavelmente, foi esse tipo de celebração que deu origem aos festejos do Carnaval.
Na antiga Babilônia, anualmente, havia a Festa do Caos quando, durante doze dias, era revertida toda a ordem social e abolidas as normas morais. Outras festas precursoras do Carnaval foram as procissões gregas celebrando o deus do vinho Dionísio e os festejos romanos de Saturnália. 
Com o passar do tempo, as antigas encenações dos mitos, com carruagens levando estátuas de divindades,  foram sendo substituídas por carros alegóricos com cenas profanas, danças frenéticas, uso de máscaras grotescas, transgressão de regras e orgias sexuais. A origem da palavra "carnaval" é confusa. Acredita-se que vem de "carne-vale", ou "adeus carne", anunciando o início do jejum de purificação. 
 





CELEBRAÇÃO DO DIA 16 DE FEVEREIRO:



Celebração de Victoria ou Diana Lucífera ("Diana que traz a luz" referindo-se à luz do dia, do latim DIUS), a deusa romana da vitória nos combates, assemelhada a Vacuna e Bellona. 
Na Grécia pré-helênica,a deusa da vitória era Nike. Ela era filha de Styx, deusa do Oceano, regente do famoso rio subterrâneo que simbolizava o sangue  menstrual da Mãe Terra, e de Phallos, deus fálico, precursor de Pan. Então, ela simbolizava a força mágica do poder feminino (sangue menstrual) e do masculino (sêmen), força esta que lhe assegurava a vitória nos combates.
Na mitologia nórdica, as Valquírias, entre outras atribuições, escolhiam antecipadamente, quem iria ganhar ou perder as batalhas dentre os guerreiros.  Geirahod ("flecha") era a Valquíria que decidia a vitória nos combates, juntamente com um grupo de guerreiras chamadas de "as luzes do Norte", devido ao esplendor luminoso de suas armaduras. As Valquírias eram sacerdotisas de Freya, subordinadas às Deusas do Destino, as Nornes, e eram elas que acompanhavam as almas dos guerreiros mortos em combate. Seu nome significava "as que escolhiam os mortos" e mesmo quando o próprio Odin lhes pedia que levassem determinado herói para seu salão, elas nem sempre o atendiam e sua vontade sempre prevalecia. Mas, quando uma Valquíria escolhia um mortal como seu favorito, ela o protegia sempre, ensinando-lhe as artes mágicas e permanecendo como sua guardiã por toda a vida. 






CELEBRAÇÃO DO DIA 15 DE FEVEREIRO:

Em 2013, Vasant Panchami ou Dawat Puja ou Saraswati Panchami na Índia, comemorando Saraswati, a deusa hinduísta do aprendizado, da escrita e dos livros contábeis. Ela também rege as artes, como a música, a matemática, o alfabeto, os calendários, os Vedas, o conhecimento em geral e a criatividade, a ciência e a tecnologia. O Rig veda cita um rio sagrado com seu nome, afluente do Ganges, então, ela é assocaida à purificação também.  Por personificar toda a Sabedoria, sem ela, Brahma não poderia criar o mundo.
As pessoas adoram Saraswati para iluminar-se nos estudos e para livrar-se da letargia, da preguiça e da ignorância. Tradicionalmente, as crianças são ensinadas durante este festival a escrver suas primeiras letras. O ritual de iniciação à primeira educação das crianças é conhecido como Akshar-Abhyasam e é um dos pontos culminantes deste festival. As escolas e os colégios fazem pujas de manhã cedo para obter as benções da Deusa. Este festival tinha início com a limpeza de todos os potes de tinta e das penas.
 Celebração da antiga deusa canaanita da fertilidade Athtarath, Ashtoreth, Anat ou Astarte, uma versão da deusa Isthar. A deusa Athtarath, cujo nome significava "O Ventre", regia o planeta Vênus, asim como as deusas Anat e Isthar. Nas escrituras judaicas, seu nome foi deturpado para Ashtoreth, que significava "coisa vergonhosa", relacionando seu ventre, ou seja, sua intensa sexualidade. Como a representação da Estrela Matutina, Astarte aparecia como uma deusa guerreira, vestida com chamas e armada com espada e flechas. Como a Estrela Vespertina, Astarte simbolizava o amor, o desejo e a paixão, aparecendo nua sobre uma leoa, segurando um espelho e uma serpente nas mãos. Suas core eram o branco e o vermelho, simbolizando o sêmen e o sangue menstrual, e suas árvores eram  a acácia e o cipreste. 



CELEBRAÇÃO DE 14 DE FEVEREIRO:


 Antiga celebração romana dedicada à deusa do casamento Juno em seu aspecto de Juno Februa, "da febre da paixão, do amor", (a Fertilizadora) ou Lupa, a loba, que tinha lugar no terceiro dia de Parentália e no segundo dia de Lupercália, que se sobrepunham. Este festival de fertilidade reverenciava o aspecto procriador da Mãe Natureza, revelando, também, a origem matrilinear de Juno,mais tarde subjugada no panteão patriarcal. Foi nessa representação de Lupa que a Deusa amamentou os gêmeos Rómulo e Remo, após terem sido abandonados por sua mãe Rhea Silvia, a Vestal violentada pelo deus Marte. Mais tarde, eles se tornaram os fundadores de Roma.
As comemorações incluiam rituais de purificação, quando as crianças batiam nas mulheres estéreis com feixes de pele de bode, convidando os espíritos a encarnarem, enquanto as mulheres pediam à Deusa que abençoasse seus ventres, e adivinhação para descobrir e atrair sua alma-gêma. Na prática tratava-se de uma espécie de loteria romântica, em que se colocavam os nomes das moças jovens dentro de uma caixa e aquele que tirase seu nome dali faria par com ela até o próximo festival de Lupercália. Acreditava-se que eram os deuses que escolhiam o pares. Em Roma, as pessoas compravam presentes e trocavam entre si, após tirar a sorte com os dados. Com o passar do tempo, os festejos degeneraram em orgias, a troca de presentes sendo substituida pela troca de casais. 



Esta é a origem pagã do Dia de São Valentim, cuja origem remonta ao Império de Cláudio, muito sangrento. Ele precisava manter um enorme exército e não conseguia porque os romanos eram muito apegados às suas famílias. Então, ele proibiu os casamentos, acreditando que os jovens soltiros seriam mais fácilmente recrutados. Mas, Valentim, bispo romano, sensível à injustiça, continuou celebrando casamentos em segredo. A prática foi descoberta e o bispo foi condenado a morte. Enquanto ele estava preso, muitos jovens jogavam flores e bilhetes dizendo-lhe que ainda acreditavam no amor. Existe a lenda de que uma jovem cega, Astérias, filha de um carcereiro, conseguiu permissão de seu pai para visitar Valentim na prisão e se apaixonaram. Ele chegou a escrever-lhe uma carta de amor com a asinatura "de seu Valentim" que é utilizada até hoje. Miraculosamente, a jovem recuperou a visão.
 Nos países anglo-saxões, celebrava-se o Dia de São Valentim, o Dia dos Namorados, com troca de presentes e cartões em forma de coração, homenageando Cupido, o deus do amor. Porém, com o tempo, voltou a ser um ritual não-religioso. 
Nos paises escandinvos, comemoração das deusas do amor e da sexualidade Hnoss, Gefjon, Lofua (que reconciliava os namorados) e Sjofn (que despertava os corações para o amor)






CELEBRAÇÃO DO DIA 13 DE FEVEREIRO:

 Início da Parentália, festival romano de purificação em louvor às deusas romanas Vesta e Mania e em honra aos ancestrais; esta parte da homenagem aos mortos, em privado, em família, embora se trata-se de um feriado. Os pater-familia, (cabeça de família) eram quem presidiam estes ritos privados para estreitar os laços protetores e obrigações mútuas entre familiares vivos e mortos . Era seu dever e responsbilidade legítima assim fazé-lo.  
Neste dias (dies parentales), hoje encaixados entre 13 e 21 de fevereiro, fechavam-se os templos, proibiam-se os casamentos e festas, todas as transações comerciais e os magistrados não utilizavam as ingnias de seus cargos. As famílias visitavam os túmulos de seus ancestrais (parentália) e os homenageavam com preces e oferendas de vinho, comidas e flores nos túmulos, especialmente violetas, para os Manes, ou "sombras dos mortos". Ainda, os festivais de Ferália e Charistia, encerravam os cultos aos antepassados nestes dias. Ferália era um rito público.
No Japão, as mulheres da tribo Aino reverenciavam sua ancestral Huchi Fuchi, a deusa protetora das famílias e dos lares, supervisora dos afazeres domésticos, que ajudava na preparação da comida, no aquecimento da casa e na prevenção das doenças.  




CELEBRAÇÃO DO DIA 12 DE FEVEREIRO:

Festival romano de Diana, originariamente a Rainha do Céu e da Luz na mitologia pré-helênica, posteriormente transformada na deusa grega da lua crescente, Ártemis.  Diana era representada de três formas: como Senhora dos Animais protegia os animais prenhes e os filhotes, como Rainha das Ninfas cuidava das florestas e da vegetação e como Deusa Lunar cuidava das mulheres, das gestantes e das crianças. Era irmã gêmea de Apolo, ( o Sol), nascidos na ilha de Delos de sua mãe Latona, e filhos também de Zeus. Seu nome antigo em Creta era Dictynna e a erva cretense ditamo era-lhe consagrada. Diz a lenda que Latona foi perseguida por Hera que lhe tinha ciúmes e foi se refugiar na ilha de Delos quando sentiu as dores do parto. Diana nasceu primeiro e ajudou a própria mãe no parto de Apolo. 
Celebrações eslavas para Dziewona, na Polônia e Devana, na Slovênia, deusas lunares, padroeiras das florestas e da caça,  similares à deusa Diana. 
A equivalente galesa de Diana era a deusa Arduinna, guardiã das florestas e dos animais selvagens, padroeira dos partos. Ela cobrava uma "multa" pesada pelos animais mortos em sua floresta de Ardennes, na Gália, infringindo infortúnios para os caçadores. 
Na China, celebravam-se neste dia, as Deusas das Flores. Em número de doze, correspondiam aos meses do ano e eram homengeadas como oferendas de flores e danças com mulheres, representando as qualidades de cada mês.  






CELEBRAÇÃO DO DIA 11 DE FEVEREIRO:

Festa de Nossa Senhora de Lourdes, na França, comemorando a primeira visão da Virgem, em 1858, por Bernardette Soubirous.  A gruta de Lourdes era um antigo local de culto dedicado à deusa Perséfone, com uma fonte de águas curativas procurada até hoje por milhares de pessoas. 
Antiga comemoração húngara da Deusa Mãe Boldogasszony, padroeira das mães e das crianças, cristianizada como a Virgem Maria.  
Em vários lugares do mundo, a Grande Mãe apareceu manifestada como Maria, a mulher que manteve vivos, na mente e nos corações dos homnes, a imagem e o amor pelo Sagrado Feminino nos últimos dos mil anos. 





CELEBRAÇÃO DO DIA 10 DE FEVEREIRO:

Celebração na Mesopotâmia de Ishtar, a Rainha das Estrelas, a personificação da complexidade feminina. Amplamente cultuada na antigüidade, conhecida sob vários nomes e com diferentes atributos em várias culturas, Ishtar era uma deusa lunar, uma manifestação da Grande Mãe do Oriente. Por meio do processo de assimilação do culto de várias deusas com características semelhantes, a figura poderosa de Ishtar surgiu da união das lendas de Anahita, Anantu, Anunit, Gumshea, Irnini, Ishara e Innana. Era representada ora como mãe benevolente, virgem guerreira, amante exigente de vários deuses e mortais, ora como anciã conselheira, invocada nos julgamentos e nas decisões. Ela simbolizava a força criadora e destruidora da vida através das fases da lua. Como Deusa da fertilidade, ela dava o poder de reprodução e crescimento aos campos, aos animais e seres humanos, sendo que, nessa qualidade, se tornou Deusa do Amor que teria descido do planeta Vênus com seu séquito de sacerdotisas.
Como Rainha do Céu, era regente das estrelas, ela mesma vindo de uma delas, que brilhava ao amanhecer  (então ela era uma guerreira destemida) e ao entardecer ( quando ela era uma cortesã sedutora que ensinava as artes do amor). Às vezes, as duas formas se fundiam e emergia a Senhora da Vida e da Morte. 
As constelações formavam, para os antigos, o "cinturão de Ishtar" e era ela quem percorria todas as noites o céu em sua carruagem puxada por leões, controlando o movimento dos astros e as mudanças do tempo.  
Ela também tem um lado escuro, quando ela descia ao mundo subterrâneo e, então, nada surgia ou crescia e a natureza toda chorava por sua volta. Mas, era nessa manifestação que ela ensinava os mistérios, revelava as coisas ocultas, propiciava presságios e sonhos e a compreensão de que a vida é cíclica. Ela personificava o princípio feminino em sua essência. 
Comemoração no Marrocos de Aisha Qandisha, equivalente da deusa Ishtar.
Na Iralanda, homenageava-se Aobh, a deusa da névoa e da magia, esposa do deus do mar Llyr, cujo animal sagrado era o cisne.
Antigo festival africano marcando o início da estação de caça e pesca. Na Zâmbia, os guerreiros da tribo Ngoni celebram N´cwala com danças de guerra, vestindo peles de animais e carregando suas armas. Os melhores dançarinos são premiados. As mulheres preparam as comidas e apóiam os competidores com palmas e gritos.




CELEBRAÇÃO DO DIA 9 DE FEVEREIRO:


Festividades tibetanas para as Dakinis, deidades femininas, em tibetano "khandroma" ou "aquela que atravessa o céu", "aquela que se move no espaço" ou "dançarina do céu". É uma figura importante no budismo tibetano, representadas como jovens belas e nuas, de longos cabelos soltos, em posturas de dança, mas, são símbolos da natureza pura da mente quando livre de tudo que pode escurecé-la. Elas são formas energéticas femininas que evocam o movimento da energia no espaço. Também são agentes de provações e desafios para os aspirantes à iluminação e, por isso, tem rostos com aspecto aterrorizante e feroz, muitas vezes representadas dançando sobre cadáveres, simbolizando sua maestria sobre o ego e a ignorância, mas, quando o aspirante supera o desafio imposto pela dakini, ele tem a Iluminação conquistada. Elas tem aspectos muito positivos garantindo poderes paranormais e dons proféticos a seus devotos do Yoga. 
As Dakinis também ajudavam os moribundos, abraçamdo-os e confortando-os no momento de sua passagem. Cuidavam dos preparativos de cremação e dos ritos funerais, orientando a alma após a desintegração do corpo físico. 
Antiga celebração do Sol nos países nórdicos, honrando as deusas solares Narvik e Sunna. Ainda hoje preserva-se este festival, que começa ao nascer do Sol, e dura até a chegada da noite.
Comemoração grega de Apolo, o deus do Sol, e do dia. 






CELEBRAÇÃO DO DIA 8 DE FEVEREIRO:

Festival das Estrelas na China, que deu origem ao Tanabata Matsuri japonês depois. Uma das muitas lendas que originam este belo mito, diz que um dia, um jovem pastor de nome Niulang (a estrela Altair), viu sete fadas tomando banho num lago. Ele pegou as roupas delas e esperou. As fadas pediram à mais jovem dentre elas, a bela Zhinu, (a estrela Vega), que pegasse as roupas de volta. Ela assim o faz, mas, como Niulang viu ela nua, ela precissou concordar em casar-se com ele. Ela se torna uma boa esposa e ele, um bom marido. Mas, a Deusa do Céu, em algumas versões, a mãe deZhinu, descobre que foi um mero mortal quem casou com a fada e fica furiosa. Tirando a presilha de seu cabelo, a Deusa criou um rio no céu (a Via Láctea que separa ambas estrelas) para separá-los para sempre. As pessoas honravam as energias estelares, acendendo cento e oito pequenas lanternas e arrumando-as em altares especiais. Cada uma orava e agradecia à estrela de seu nascimento. Reverenciava-se a deusa Yu Nu, a Senhora de Jade, regente da Constelação de Leão
Procissão de Kwan Yin, em Singapura, celebrando a primavera.
 




CELEBRAÇÃO DO DIA 7 DE FEVEREIRO:


Celebração da deusa grega da lua Selene, também conhecida por Mene, irmã de Helios, o Sol e de Eos, a Aurora, e uma das filhas dos Titãs Hipérion e Téia ou Tétis.  Seu nome deriva do grego "selas" e significa luz e claridade. Originaramente, representava todas as fases da lua e era associada ao nascimento, crescimento, fertilidade e morte. Era conhecida sua importância na magia e inspiração para poetas e namorados e, posteriormente, foi associada à Ártemis e Hécate com as quais dividiu as fases da lua ficando com ela a Lua Cheia. Segundo as lendas, ela viajava no céu noturno carregando a lua em sua carruagem mágica e trazendo aos homens os sonhos e as visões. Era famosa por seu relacionamentos com deuses e homens sem jamais permitir-se ligações definitivas. Quando sentiu-se fascinada pelo belo pastor Endímion e passou a negligenciar sua tarefa noturna de conduzir a Lua pelos céus. Isso despertou a atenção dos outros deuses, que passaram a desconfiar desse estranho comportamento. Então, perceberam que a carruagem de Selene se desviava noite à noite de sua rota celeste porque ela sentava-se ao lado do jovem adormecido, beijando-o e infitrando-se em seus sonhos. Zeus decidiu fazer alguma coisa para resolver a questão e fez Endímion adormecer para sempre porém, não envelhecendo. Ele só vé Selene durante a Lua Cheia em seus sonhos, mas, mesmo assim, deu cinqüenta filhas à ela. Ele simboliza o inconsciente da mente humana que sofre as influências das fases da Lua, especialmente nos sonhos. Suas ciqüenta fihas simbolizam as muitas idéias criativas que podemos ter durante os sonhos, meditações e estados alterados de consciência.
Festival chinês Li Chum celebrando a primavera. Procissões carregando uma efígie de bambu e papel em forma de búfalo aquático, simbolizando a "vida nova", iam aos templos. Lá, as efígies eram queimadas, enquanto as pessoas entregavam à fumaça suas orações e seus pedidos de prosperidade. 
No Japão, faziam-se homenagens para Kaguya-hine-no-mikoto, a deusa da beleza, da lua e da boa sorte, cuja árvore sagrada era a canela,  usada como chã ou incenso para favorecer os bons sonhos e a boa sorte. 






 CELEBRAÇÃO DO DIA 6 DE FEVEREIRO:

Antigo festival na Grécia e no Império Romano dedicado a Afrodite ou Vênus, festejada como a deusa da beleza e do amor em todas suas manifestações. Seus altares eram feitos de pedras, sob grandes árvores, adornados de flores e frutos silvestres, cercados por pessoas cantando, dançando e festejando, culto o qual já demonstra sua origem anterior ao patriarcado.
Segundo o mito grego mais famoso, de Hesíodo, já em tempos patriarcais, Afrodite teria nascido da castração que Cronos fez de seu pai Urano, para tomar-lhe o lugar  principal no panteão; os órgãos genitais de Cronos foram arremessados dentro do mar e de sua espuma (identificada com o esperma de Cronos) nasceu Afrodite, já adulta e pronta, enquanto que as Erínias nasceram deas gotas de seu sangue.
Segundo Homero, também grego, ela era filha de Zeus com Dione, ninfa do mar, também em panteão patriarcal, quando a deusa-mãe Dione, com oráculo em Dodona, foi simplesmeente rduzida à ninfa. 
Outras mitologias anteriores à grega de onde Afrodite pode ter sido "importada", falam de deusas com atributos semelhantes aos dela, como Isthar e Astarté, desde a Idade de Ferro, quando a Deusa era cultuada.
Neste dia, nos países eslavos, celebra-se Dzydzilelya, a deusa do amor, da fertilidade e dos nascimentos.

  




CELEBRAÇÃO DO DIA  5 DE FEVEREIRO:

Dia de Santa Ágata, a Matrona Maltesa, padroeira dos Lutadores do Fogo. Ela é um aspecto moderno da antiga deusa grega Tyche (seu nome significando "acaso, sorte"), também conhecida como Fortuna (derivado de Vortumma, "a que faz girar o ano") pelos romanos e como Wyrd pelos anglo-saxões.  Fortuna era a deusa tríplice da sorte, invocada pelos imperadores na coroação para terem sua proteção durante seus reinados. Na Grécia, a deusa Tyche era a Senhora do Destino, tanto o individual quanto o coletivo, conferindo a cada pessoa seu Anjo da Guarda e sua psique.
Como Fortuna, ela podia ter inúmeros outros nomes, um deles sendo Ágathe, "A Boa Sorte", invocada para assegurar uma vida afortunada e uma morte tranqüila. Com a deterioração dos costumes, a deusa Fortuna foi transformada na padroeira dos jogadores, batizada de "Senhora Sorte" e chamada antes das corridas ou dos jogos. 
Celebração da deusa irlandesa da Terra e da natureza Anu ou Dana. Em sua forma benéfica, Anu era a doadora da properidade e a protetora das mulheres e das crianças. Porém, em seu lado escuro, como Cat Ana ou Black Annis, a Senhora da Morte, ela foi transformada pela Igreja em um monstro negro com forma de felino que devorava crianças. 

 




CELEBRAÇÃO DO DIA 4 DE FEVEREIRO:

No Japão, o festival das lanternas Setsu-Bun-O celebrava a deusa Amaterasu. Neste dia, exorcizavam-se os maus espíritos do universo, limpavam-se as casas e os altares e purificavam-se as pessoas. Significa "divisão de estações", uns dias antes do começo da primavera, segundo seu calendário lunar. Não é um feriado nacional.
Os japoneses sempre fizeram rituais para afastar os maus espíritos antes da primavera chegar, mas, os rituais foram mudando com o tempo. No século XIII, queimavam cabeças de sardinhas secas e com esse cheiro forte  acreditavam conseguir seu objetivo. tamém queimavam um tipo de madeira e faziam muito barulho tocando tambores
Atualmente o ritual consiste em jogar feijões tostados no chão ao redor de templos, santuários e moradias para desviar o mal, atrair o bem e promover a saúde. Entre as muitas variações deste ritual, alguns dizem que a pessoa que joga o feijões deve pedir, ao tempo que assim o faz: "Que os demônios saiam e a felicidade entre". Depois deve recolher e comer tantos feijões quantos correspondam a sua idade. Também tocavam sinos para atrair a prosperidade e a boa sorte. Em todos os lugares, acendiam-se lanternas coloridas e faziam-se orações para a proteção, a saúde e a felicidade daspessoas, repetindo a frase: "Fora com o mal, venha a boa sorte".
Nos paises eslavos celebravam-se Gabija e Aspelenie, as deusas do fogo, do lar e da lareira. Para homenageá-las, as pessoas jogavam sal no fogo e pronunciavam seus nomes. Nas cozinhas, mantinha-se sempre acesa uma lamparina com óleo, deixando-se ao lado pequenos agrados para as Guardiãs.






CELEBRAÇÃO DO DIA 3 DE FEVEREIRO:


Celebração da deusa irlandesa Brigantia, a Grande Mãe tríplice dos Brigantes (um ramo dos celtas), padroeira de vários rios, venerada como o poder da lua nova, da primavera, da água corrente e das colinas verdes, representada pelo "olho que tudo vé". Em outras lendas, Brigantia aparece como um deusa solar, cujo sopro protegia os homens, prolongando sua vida. 
Na Irlanda, neste dia, colocavam-se "cruzes solares"de proteção acima das janelas e portas.  Feitas de palha, elas representavam o olhar protetor da deusa, vigiando e afastando o mal e os infortúnios. Abençoavam-se as crianças, principalmente suas gargantas, colocando fitas verdes ao redor de seus pescoços, dando vários nós enquanto o nome da Deusa era pronunciado com uma oração de proteção. 
Fim dos Mistérios Menores de Eleusis, com celebrações para as deusas Deméter e Perséfone e rituais de fertilidade da terra, destinados a ativar o poder de germinação e o desabrochar da natureza, com a chegada próxima da primavera.






CELEBRAÇÃODO DIA 2 DE FEVEREIRO:


Festa da Mãe d´Água na mitologia ioruba, celebrada no Brasil como Iemanjá, no Caribe como Emanjá e em Cuba como Yemojá. A Rainha do Mar, considerada a Mãe de todos os orixãs Iemanjá era, originariamente, uma deusa lunar, padroeira dos rios e do mar, protetora das mulheres e das crianças. Em Salvador (Bahia) e em Porto Alegre (Rio Grande do Sul), ela foi sincretizada com Nossa Senhora dos Navegantes e o dia é considerado feriado. É festejada com procissões a pé e de barco que levam presentes e flores para ela, que segue num barco sozinha. Entre os tupi-guarani, era Yara, a sereia, a divindade reverenciada como a Mãe d´Água . 
Iemanjá era uma das maiores deusas africanas. Ela era Mama Watta, que deu origem a todas as águas e gerou inúmeras divindades. Mesmo dormindo, ela criava, incessantemente, novas fontes de água. Era representada por uma mulher madura, com seios volumosos, longos cabelos negros, cercada de conchas e peixes, já que seu verdadeiro nome, Yéyé Omo Ejá, significa "Mãe cujos filhos são peixes". Os vários nomes a ela atribuídos, na verdade, representam os sete caminhos pelos quais chega-se ao local de sua origem: mar, lagoa, rio, fonte, espuma, ondas e arrecifes. Seu culto atravessou o Atlântico, difundindo-se nas religiões afro-brasileiras, na santeria de Cuba e no vodu de Haití. Sincretizada com a Virgem Maria, ela adota o nome conforme o local de culto.
Festival romano dedicado à Juno Februa, a deusa padroeira do mês. Juno Februa era a deusa da purificação, ajudando na encarnação da alma e afastando os espíritos maleficos no momento do nascimento. 
Celebrações celtas com procissões de tochas para purificar os campos e invocar as divnidades da agricultura.




CELEBRAÇÃO DO DIA 1º DE FEVEREIRO:

Celebração da deusa tríplice celta Brighid ou Bridhe, a deusa do fogo criador  e da inspiração, senhora das artes, da poesia, da cura, das profecias e da magia. É uma data importante no calendário celta, um dos oito Sabbtas do ano, originariamente chamado de Imbolc ou Candlemas e, posteriormente, critianizado como Candelaria, a festa de purificação de Maria. 
Atualmente, na Irlanda, as donas de casa reúnem-se para festejar o Dia das Mulheres, presenteando-se e compartilhando,de grandes almoços, com muita alegria e algazarra.
Na Grécia Antiga, começavam neste dia, os Mistérios Eleusínios Menores, celebrando o retorno da deusa Perséfone do mundo subterrâneo. Homenageava-se também a deusa Héstia, limpando ou renovando-se as lareiras, reacendendo a chama sagrada e pedindo sua bênção para as famílias e os lares. 
Na Polônia, antigamente, celebrava-se a deusa Percune Tete, "A Mãe dos Trovões", cristianizada como Nossa Senhora de Gromniczna e festejada com procissões de velas. 





CELEBRAÇÃO DO DIA 31 DE JANEIRO:

 Celebração da deusa Maile, "A cheirosa', no Havaí e na Polinésia. Representada como duas ou quatro irmãs, simbolizando suas várias qualidades, Maile era a deusa da murta, uma trepadeira com flores cheirosas. Ela regia a Hula, a dança sagrada, a alegria e o poder sedutor das mulheres. A murta ou mirto, era usada para adornar os templos e acredita-se que ela tem o próprio cheiro da deusa. 
Dia dedicado às Valquírias,as deusas guerreiras da mitologia nórdica que recolhiam as almas dos guerreiros mortos em combate. Acreditava-se que a aurora boreal, o Sol da meia noite dos países nórdicos, era a luz refletida pelos escudos das Valquírias ao levarem as almas para Valhalla, o templo do deuses.
No vale de Katmandu, no Nepal, celebra-se a deusa do conhecimento e da educação, Saraswati, com oferendas de flores, frutos incensos e velas. 
Na China, celebra-se Kwan Yin, a deusa da compaixão  e da misericordia. 
Celebração de Hécate,  a deusa grega da noite, da lua minguante e das encruzilhadas, senhora do mundo subterrâneo e dos mortos.





CELEBRAÇÃO DO DIA 30 DE JANEIRO:
Festival romano da paz, comemorando as deusas Pax e Salus com procissões e orações em prol da paz.  Pax é a equivalente de Irene, uma das três Horas, e foi reconhecida como deusa durante o império de Augusto. No Campo de Marte tinha um templo chamado Ara Pacis (Altar da Paz) eoutro templo no Forum Pacis (Foro da Paz). Era representada com ramos de oliveira, uma cornucópia e um cetro, significando que a abundãncia reina em tempos de paz. Era filha de Júpiter  de Justitia e associada à primavera.
Salus é a equivalente à Higéia grega, a deusa da saúde individual e da comunidade, da limpeza e da sanidade. Enquanto que em Grécia, seu pai, Esculápio era associado diretamente com a cura, ela era associada à prevenção das doenças e a continuação da boa saúde. 
Celebrações em Roma das deusas da cura Anceta e Angitia, cujas ervas sagradas e encantamentos curavam as febras e os envenenamentos por picadas de cobras.
Celebração no Egito dos poderes curativos da deusa Ísis. 
Festa deNosso Senhor do Bonfim (não confundir com a Lavaggem das escadarias da igreja do Bonfim) e de Nossa  Senhora das Águas, comemorações brasileiras emexicanas de purificação pelas águas, derivadas das antigas celebrações das deusas das águas Ahuie, Atlatona, Matlalcuye e Tatei haramara.
 
 


CELEBRAÇÃO DO DIA 29 DE JANEIRO:
Ano Novo vietnamita, celebrado com a Parada dos Unicórnios, símbolos da força , da vida,de poder, mas, também de pureza. Encontramos essas virtudes na China, onde o unicórnio éo emblema da realeza e simboliza as virtudes régias. Assim que elas se manifestam, o unicórnio aparece. É, por excelência, o animal de bom augúrio. O Licórnio, como também é chamado, e com seu chifre único no meio da testa, ele simboliza a "flecha espiritual, o raio solar, a espada de Deus, a revelação Divina, a penetração do Divino na criatura". Segundo o historiador Robert Graves, o chifre do unicórnio representa "o pólo que alcança o zênite", tendo sido, por isso, sempre considerado um símbolo fálico por excelência. Embora tenha sido comprovada sua existência física na Índia e na África, o unicórnio passou a ser considerado um animal mítico e mágico, usado na heráldica, nas inscrições egípcias, nas lendas orientais e medievais e nos rituais mágicos. Na China,o seu nome, Ki lin, significa Yin Yang.
Celebração de Concórdia, a deusa romana da paz e harmonia domésticas. Neste dia, eram purificadas as casas e harmonizados os relacionamentos familiares.
Celebração de Hebe, a jovem deusa da primavera que servia ambrosia e néctar às divindades do Olimpo, garantindo, assim, sua eterna juventude. Hebe representava o aspecto jovem, de donzela, da deusa Hera. Com o advento dos mitos patriarcais, Hebe foi diminuída a uma simples mortal, sendo substituída no Olimpo pelo jovem Ganymede, o favorito de Zeus.





CELEBRAÇÃO DO DIA 28 DE JANEIRO:

Dia dedicado à deusa Pele, a padroeira do Havaí, guardiã do fogo vulcânico. Sua presença ainda é extremamente marcante na história de seu povo, tanto como culto quanto em suas manifestações vulcânicas permanentes. São comuns as oferendas de flores, cigarros, bebidas e jóias nas crateras do vulcão Kilauea, sua morada, bem como suas "aparições" como uma linda mulher pedindo carona ou cigarros para os turistas desavisados nas noites de lua cheia, desaparecendo depois misteriosamente.
Up Helly Aa, festival escocês do fogo, celebrando a luz e o Sol. Neste dia, purificavam-se as casas com tochas, honravam-se as divindades com fogueiras e oferendas e pediam-se bênções para o Ano Novo.
Na China antiga, peregrinação ao altar de Tsai Chen, a deusa da fortuna, para abençoar os símbolos da boa sorte, como o sapo, o morcego, as moedas e a caixa da prosperidade.



CELEBRAÇÃO DO DIA 27 DE JANEIRO:


Celebração romana de Sementivae Feria, dedicada às deusas dos grãos e da colheita Ceres, Deméter, Cibele e Gaia. Sementivae deriva do latim e significa "tempo de semeadura" e um dos costumes, nesta época, era escolher quais as sementes que seriam cultivadas nesse ano. Este festival durava uma semana. 
Comemoração de Isthar na Babilônia, a deusa do amor e da fertilidade, adaptação da deusa suméria Inanna. Sendo seus mitos e atributos muito semelhantes, Isthar foi assemelhada à deusa lunar fenícia Astarte, seus mitos e imagens confundindo-e muitas vezes. 
Os povos pré-colombianos celebravam, neste dia, Huitaca e Si, as deusas da Lua e da magia. No Brasil, os índios tupi-guarani veneravam Yacy como a lua cheia e mãe da natureza.  
Paraganalia, celebrações romanas para Tellus Mater, a Mãe Terra.
  




CELEBRAÇÃO DO DIA 26 DE JANEIRO:

Festival de Ekeko, o deus da abundância dos índios Aymara e de Mama Allpa, a deusa peruana da terra e da riqueza. Existem várias lendas sobre o Ekeko, que é considerado o último mito do altiplano e sua figura era passada clandestinamente de casa em casa como símbolo de resistência a imposição da religião cristã. Em aymara, seu nome significa "anão". Confeccionado em gesso, tem uma aparência simpática e fraternal, de braços abertos e sorridente e é o símbolo do comerciante e sua prosperidade assim como no lar também. Melhor se ele for ganho, mas, se for comprado, deverá ser com todo o respeito que a tradição pede. A população campesina lhe é devota e eles o cultuam toda terça e sexta feira trocando o cigarro sempre acesso em sua boca e com um brinde de pisco. Também lhe colocam às costas todos os objetos em miniatura que desejam obter. Todas as famílias tem um Ekeko em casa para garantir a prosperidade no lar.
 Comemoração de Omamama, a deusa ancestral da tribo nativa norte-americana Cree. Apesar de tão velha quanto a própria Terra, Omamama era extremamente bonita e muito amorosa com seus filhos, as divindades e os espíritos da natureza. Seu primogênito era o pássaro do trovão, os outros eram o bruxo sapo, o lobo e o castor. Depois de tê-los gerado, pedras e plantas começaram a cair de seu volumoso ventre, até formar a Terra, da maneira que é conhecida hoje. 
Celebração de Cernunnos, o deus celta da fertilidade, senhor dos animais e da vegetação. Os sacerdotes vestiam mantos de peles, usavam adornos com chifres e tomavam uma bebida feita com o "veludo" das pontas dos chifres dos cervos, que tinha efeitos afrodisíacos e o poder de provocar visões. 

 




CELEBRAÇÃO DO DIA 25 DE JANEIRO:

Disting, importante dia no calendário rúnico dedicado às Disir. Chamadas de "mulheres sobrenaturais", elas eram os espíritos das ancestrais que protegiam seus descendentes, preservando a continuidade da linhagem familiar. Elas consideravam todos os indivíduos a elas ligados por laços de sangue como seus filhos e zelavam por eles desde o nascimento até a morte. Nem sempre atuavam de modo positivo facilitando a vida de seus "filhos", por vezes, traziam cincunstâncias adversas e lições necessárias para a evolução deles, que fazem parte do destino das pessoas. Por iso são acompanhantes da deusa Urdh, que entre as Nornes, era ligada ao passado
As Disir são consideradas as Nornes individuais e estão presentes em todos os acontecimentos familiares: nascimentos, casamentos e funerais. Elas andam a cavalo e são homenageadas com muita comida, bebida, música, histórias e poemas. As pessoas acreditavam que, para atrair as suas benções aos recém-nascidos elas deveriam receber uma parte da comida da festa de batizado. Antigamente, as mães enterravam a placenta d seus filhos sob uma árvore frutífera, invocando essas deusas para os protegerem.
Festival vietnamita Tet, invocando as benções das divindades e dos ancestrais com orações e oferendas, afastando as energias negativas e os espíritos maléficos com assobios, sinos e tambores.
 

  





CELEBRAÇÃO DO DIA 24 DE JANEIRO:


Bênção das Velas das Mulheres Alegres, na Hungría. É uma cerimônia ancestral de purificação atrvés do poder do Fogo, como tratamento dos males físicos e espirituais. Na Hungria, dedica-e à deusa do fogo Ponyke, celebrando a luz, iluminando e purificando as energias escuras dos ambientes e das pessoas. 
As deusas do Fogo são as protetoras dos lares e guardiãs do Fogo Sagrado, presentes em todas as culturas, entre elas: a grega Héstia; a celta Brigith; a hindu Durga; a romena Aetna; a japonesa Fuji e a havaiana Pele. Entre os eslavos, o Fogo é considerado feminino e na Lituânia a deusa Ponyke é chamada de Senhora Sagrada ou Mãe do Fogo. Também recebe o nome de Polengabia, Coração de Fogo.
Celebração de Bisal Mariamna na Índia, a deusa da luz solar. Ela era representada por uma bacia de cobre, cheia de água e flores, em cuja superfície a luz solar era refletida com a ajuda de um espelho de metal dourado. 
Consagre suas velas  à Luz Maior e abençõe sua casa e ambientes afastando as sombras. 







CELEBRAÇÃO DO DIA 23 DE JANEIRO:

No Egito, celebração da deusa lunar Hathor, reverenciada com oferendas de leite, flores e cânticos às margens do Rio Nilo. Hathor era a deusa da beleza, do amor e da arte. Era representada adornada com o globo lunar e com chifres de vaca. Por isso, a vaca e seu leite eram considerados sagrados, assim como na Índia. A lenda relata como Hathor, na forma de vaca, gerou o mundo inteiro e o próprio Sol, o deus Ra. Hathor cuidava dos mortos quando eles chegvam ao Mundo Subterrâneo, amamentando-os com seu leite.
Dança do Búfalo na tribo norte-americana Comanche. Oito dançarinos, vestidos com pelo de búfalo e pintados com tinta vermelha, branca e preta, imitam os movimentos dos búfalos, marcando o compasso com chocalhos e batidas de tambor. Outros dois dançarinos, vestidos com peles de ursos, representam os animais predadores, que devem ser afastados das manadas. Os anciãos da tribo recitam orações para invocar a fartura e afastar os azares, invocando a benção da Mulher Búfala Branca. 
Comemoração na Irlanda de Banba, uma antiga deusa celta da vida e da morte que, juntamente com Eire e Fotla, formava a tríade das deusas ancestrais regentes deste país.  




CELEBRAÇÃO DO DIA 22 DE JANEIRO:

Festa de Mawu, a Deusa-Mãe em Dahoney (Benin), na África, a criadora da Terra e dos seres humanos, senhora da Lua, da noite e do amor, do respeito, do perdão, da bondade. Seu nome significa: não há ninguém maior do que Ela.
Festival das Musas, honrando as deusas da poesia, da arte, da música e da dança. 
Comemoração da deusa canaanita Asherat, a Rainha do Céu, reverenciada por meio das árvores. 

A modernização dessa celebração é o Festival Judeu das Árvores, Tu B´Shivath, o Ano Novo das Árvores. As pessoas plantam árvores e abençoam os jardins. Nos textos judaicos, a humanidade é comparada às árvores frutíferas que, por iso, recebem as benções do Altíssimo. Se não derem frutos, são amaldiçõados (por se recusarem a cumprir seu destino). É um belo ensinamento ecológico, hoje em dia.




CELEBRAÇÃO DO DIA 21 DE JANEIRO:


Celebração de Baba Yaga ou Jedza nos países eslavos. Baba Yaga era uma deusa anciã, representada como uma mulher enorme, velha, de cabelos desgrenhados e com pés e bico de ave. Ela construía sua casa com as ossadas dos mortos, andando sempre acompanhada por uma serpente. Essa simbologia, utilizada de forma pejorativa pela Igreja Católica para descrever as bruxas, sintetizava, na verdade, a idéia da morte e da reencarnação, os ossos dos mortos servindo para construir uma nova casa. A mulher velha era o apecto de anciã da Grande Mãe, estando o poder de transmutação da Lua Negra representado na figura da serpente. 

A lenda da Baba Yaga sobreviveu nas famosas bonecas russas de encaixar, as "matrioshka"e nos bordados dos trajes típicos. A"matrioshka"representa a Deusa, que dá e tira a vida, parindo e recebendo de volta em seu ventre suas numerosas filhas. 
Dia dedicado às anciãs, às avós e às práticas de purificação.
Dia Universal da Religião, honrando todos os caminhos e práticas espirituais.







CELEBRAÇÃO DO DIA 20 DE JANEIRO:


Festa de Santa Inês ou Santa Agnes, modernização da antiga festa da deusa Yngona, a versão dinamarquesa de Anna ou Danu, a Grande Mãe dos celtas. É um dia propício para o encantamento e a preparação de poções e elixires de amor. 


  Santa Inês é cultuada na igreja catôlica como mártir (ela pertencia a uma familia abastada, porém, cristã e sofreu martírio com doze anos) e é a padroeira da castidade, dos jardineiros, das meninas, das virgens, dos casais comprometidos e das vítimas de estupro. Ela é representada com uma ovelha e seu nome, Agnes, deriva do latim "agnus" que significa ovelha.
No Brasil, celebra-se o orixã Oxosse, o deus iorubano da mata e dos caçadores, representado na Umbanda por manifestações de caboclos e caboclas.
Nas lendas indígenas mencionam-se Jarina e Jurema, deusas das árvores cujos nomes e qualidades foram adotados pelas respectivas  ccboclas. Da árvorede jurema preparava-se uma bebida alucinógena, ingerida pelas "cunhãs", profetisas, para induzir visões por meio de transes.






CELEBRAÇÃO DO DIA 19 DE JANEIRO:

Pongal, festa hindu em agradecimento as boas colheitas,nos campos, e dos animais. Veneravam-se as deusas Jagaddhatri, da primavera, Rati, a esposa do deus do amor Kama e Lakshmi, a deusa da fortuna e da prosperidade. Este festival coincide com Makara Sankranthi, que celebra o movimento do sol para o hemisfério norte, e tem mais de mil.anos de tradição.
As mulheres vestiam roupas amarelas e preparavam o "pongal", um prato típico de arroz doce com especiarias, cozido no leite durante o dia em homenagem à Surya, o deus do sol, e oferecido nos templos. os homens entoavam a cançãosagrada Vasant Rag e tocavam cítaras e flautas. 
 As mulheres enfeitavam as calçadas com desenhos chamados Rangoli, feitos com farinha de arroz. e as casas eram decoradas com folhas de banana e de manga, com flores e fitas; o gado era lavado com água de açafrão, enfeitado com guirlandas de flores e alimentado com frutas e bolos. As pessoas trocavam presentes entre si e festejavam de forma ruidosa e alegre. 
Festival Thorrablottar, dedicado ao deus nórdico Thor, regente do céu, dos raios e dos trovões. Atualmente essa festa ainda é preservada pelas pessoas mais idosas, que pedem proteção contra as tempestades. A mãe de Thor era a deusa Jord, a forte e protetora Mãe Ursa, representando a terra não cultivada em sua forma primordial.




CELEBRAÇÃO DO DIA 18 DE JANEIRO:

Antiga celebração de Shapash, a deusa hitita do Sol e da luz do dia. Chamada de "A Tocha dos Deuses, Shapash era uma deusa solar abrangente. Filha de El e de Ahserat, ela era adorada ao amanhecer, ao meo-dia e ao ocaso, já que ela desaparecia ao oeste todo anoitecer e reaparecia ao amanhecer de cada novo dia. Acrditava-se que era uma mensageira entre os deuses porque viajava fácilmente pela terra, que guardava durante o dia e pelo submundo, à noite, onde guardava os mortos. Era também, uma deusa da justiça. Associada ao deus Baal, era uma deusa da fertilidade; em parceria com Mot, o deus da morte, ela destruia as colheitas e queimava a terra. Um outro aspecto dessa deusa era Wurusemu, venerada na cidade de Arinna e consorte do deus do tempo Taru.
Homenagem à Usas, a deusa da Alvorada, mãe das estrelas matutinas que anunciavam sua chegada na carruagem puxada por vacas vermelhas, na Índia.
Na China, reverenciava-se o deus do lar Zao Jun com orações e oferendas de bolos de arroz doce. Neste dia, joga-se feijão nos telhados para atrair boa sorte, pendurando-se nas casas imagens novas do deus, e queimando as antigas.






CELEBRAÇÃO DO DIA 17 DE JANEIRO:

N a Grécia, comemoração da deusa Athena em seu aspecto guerreriro. Athena foi eleita padroeira da cidade de Atenas em uma competição com o deus Poseidon, quando o deus ofereceu ao povo as ondas do mar e Athena plantou a oliveira, presente que foi bem mais útil. O mito original descreve Athena como uma antiga deusa minoana, guardiã da terra e da famíla, a quem foram acrescentadas as caracterísiticas guerreiras da deusa Pallas, trazida poteriormente pelas tribos gregas.
Em Roma, celebrava-se Felicitas, a deusa da boa sorte e da felicidade, equivalente à deusa grga Eutychia.
Comemoração da deusa das montanhas Tacoma,  reverenciada pelos índios Salish, Yakima e outros. Segundo as lendas, Tacoma era uma mulher grande e gorda, que comia tudo que estava ao su alcance. Um dia, seu corpo não agüentou e estourou, ficando petrificado e transformando-se no Monte Rainier, um local sagrado para as tribos nativas, que vão lá em buca da "visão sagrada"
No México, neste dia, bemzem-e os animais.





CELEBRAÇÃO DO DIA 16 DE JANEIRO:

Celebração da Mãe do Mundo, a Rainha do Universo, na França.
Em Roma, festival da Concórdia, a deusa da harmonia, celebrando o princípio do relacionamento harmônico. Suas estátuas representavam-na como uma mulher madura, segurando em uma mão uma cornucópia e na outra, um galho de oliveira.
Homenageava-se Ino, a filha de Harmonia, antiga deusa dos cultos agrícolas na Grécia pré-helênica, transformada em Leucothea, a deusa do mar, por Afodite e Poseidon, tornando-se, assim, protetora dos marinheiros. Ino era irmã de Sémele, mãe de Dionísio, e após a morte dela, pasou a cuidar de Dionísio atraindo para si a fúria de Hera, que passou a perseguí-la e pediu às erínias que acometesse de loucura Ino e seu esposo, Athamante. Acometido de furor súbito, este tomou um dos seus filhos com Ino dos braços da mãe eo arremesou contra as paredes e depois ateou fogo ao palácio. Ino, desesperada e furiosa também, tomou o outro filho, Meliceredes, e se atirou de um rochedo com ele. Afrodite e Poseidon também transformaram este filho em divindade marinha, chamando-o de Palemon. Ambos, mãe e filho salvavam os homens dos naufrágios.
Palemon aparecia cavalgando um golfinho e os Jogos Ítsmicos eram celebradosem sua honra.
Leucothea aparece na Odisséia salvando Ulisses. 
Festa do deus indonesiano do fogo Betoro Bromo, honrado pelos monges budistas no Monte Bromo com oferendas de flores e alimentos jogados na cratera do vulcão, onde acredita-se que o deus mora.  



CELEBRAÇÃO DO DIA 15 DE JANEIRO:


Fim da Carmentália, cerimônia dedicada à deusa romana Carmenta, padroeira dos partos e das profecias.
Neste último dia, reverenciavam-se todas as mães com procissões de carruagens enfeitadas de flores, comemorando-se também as ancestrais.
Nos países eslavos, celebravam-se Anapel, a Pequena Avó, deusa protetora dos recém-nascidos e regente da reencarnação e Ajysyt,  A Mãe que dá à luz e nutre, a deusa que trazia a alma para o feto, ajudava em seu nascimento e registrava seu destino em um gande livro dourado.
Festa do Asno, em Roma, honrando o asno da deusa Vesta, a deusa protetora do lar e guardiã da chama sagrada.
Comemoração do Cristo Negro na Guatemala.




CELEBRAÇÃO DO DIA 14 DE JANEIRO:

Sankranti, em sânscrito, significa a transmigração do Sol de um signo e de um hemisfério para outro, neste caso, para o norte, entrando por um mês no signo de Makar (Capricórnio), segundo o calendário sideral (não o tropical). Acontece umas três semanas após o solstício de inverno como o conhecemos e define o aumento gradual da duração dos dias. É considerada uma data muito auspiciosa.
Festejam-se as deusas Samnati, Saraswti e Rukmini. As pessoas se banham e entoam mantras e cânticos sagrados. Vestem roupas amarelas e oferecem às deusas comidas tradicionais feitas com arroz e açafrão, enfeitadas com flores amarelas. 
Comemoração de Ranu Bai, deusa hindu da água que enchia seu jarro de ouro com as águas de todos os rios e trazia fertilidade para as mulheres.


CELEBRAÇÃO DO DIA 13 DE JANEIRO:

Dia do Ano Novo pelo calendário juliano, festejado ainda em alguns lugares ao norte da Europa como o Festival Wassailing. Especificamente, ainda é celebrado na zona inglesa de produção de cidra, no oeste da Inglaterra. O propósito deste festival é "despertar" as árvores e afastar os espíritos malignos que poderiam se alojar nelas, de modo a assegurar a boa produção e colheita da fruta. 
 Reverenciavam-se, neste dia, as Mulheres Árvores ou Bushfrauen, as guardiãs dos bosques e dos pomares. Elas apresentavam-se como mulheres com corpo de árvore, cabelos de folhas verdes e seios volumosos. Elas garantiam as colheitas se as pessoas cuidassem das árvores e homenageassem-nas. Neste dia, brindava-se às macieiras com uma bebida quente típica feita com cidra, ovos batidos, maçãs assadas, mel, cravos e gengibre. Agradeciam-se o frutos e pedia-se que elas continuassem a frutificar no próximo ano. Os pedidos eram feitos por meio de invocações, cânticos ou até mesmo pancadas nos troncos e galhos para despertar o poder de fertilidade das árvores e chamar a proteção das Bushfrauen.
Antiga celebração na China de Chang Mu, a deusa protetora das parturientes e dos recém-nascidos, padroeira das mulheres.
Dia consagrado a Tiw, o deus nórdico do Céu.





CELEBRAÇÃO DO DIA 12 DE JANEIRO:
Na África, cultua-se Odudua, a Grande Mãe da Terra, criadora da vida e da natureza, regente da fertilidade e do amor. O mito narra que no princípio de tudo, quando não havia separação entre Céu e Terra, Odudua e Obatalá, seu marido, viviam juntos dentro de uma cabaça. Viviam muito apertados, um contra o outro, Odudua por baixo de Obatalá, que ficava por cima dela. Eles tinham sete anéis que pertenciam aos dois e que colocavam à noite. Obatalá sempre ficava com quatro anéis porque dormia por cima e deixava somente três para Odudua, que dormia por baixo. Um dia, Odudua quis dormir na parte de cima para poder usar os quatro anéis em seus dedos, e Obatalá, deus do Céu, não aceitou. Travaram uma luta tamanha que a cabaça acabou se partindo em duas metades: a da parte inferior ficou com Odudua e a metade superior ficou com Obatalá, separando-se, assim, o Céu da Terra. O nome de Odudua pode ser traduzido como "a cabaça de onde jorrou a vida". Eles são o casal propulsor de toda a criação da humanidade.
Neste dia, celebra-se em Roma, a festa de Compitália. louvando os deuse Lares, protetores dos lares e das casas.




CELEBRAÇÃO DO DIA 11 DE JANEIRO:

Dia dedicado à deusa nórdica Frigga, consorte do deus Odin e uma das manifestações da Grande Mãe. Ela pertencia à Dinastia Aesir e é madrasta do deus Thor; é uma deusa do amor, do matrimônio, da união, da gerência da casa e das artes domésticas. Seu emblema era a roca de fiar e este dia era chamado Dia da Roca, quando as mulheres reiniciavam suas atividades após os festejos de Yule.
Suas principais funções são como esposa e mãe, mas, ela detém também o poder da profecia, embora não diga o que conhece, e, junto com Odin, somente ela pode sentar-se no trono Hlidskiafl e olhar para fora sobre o universo.
Alguns autores dizem que ela conhecia o destino dos homens , mas nunca o revelava.  
Neste dia , celebrava-se também Juturna,a deusa romana das fontes e águas sagradas, padroeira das profecias.
Na Escócia, antigamente, os pescadores faziam um encantamento para afastar os azares e os malefícios. Ao pôr-do-sol, ateava-se fogo a um barril com piche, deixando-o queimar até amanhecer. Os pedaços carbonizado eram usados depois como amuletos de proteção em suas embarcações.
 




CELEBRAÇÃO DO DIA 10 DE JANEIRO:



Início de Carmentália, o festival romano dedicado à deusa Carmenta, padroeira dos partos e dos recém-nascidos. As mulheres grávidas lhe faziam oferendas de arroz e de pastéis, modelados na forma dos órgãos genitais femininos, orando para ter um parto fácil. 
Ela faz parte do grupo de deuses menores (porém, naõ menos importantes) que tinham influência no dia-a-dia dos romanos. Tinha vários outros nomes, mas, o mais conhecido ficou Carmenta, como protetora do canto profético (carmen). Ela recebeu o dom da profecia do deus Apolo e, entre outras, predice à Hércules seu futuro heróico. Alguns historiadores dizem que foi a inventora do alfabeto latino.
Reverenciava-se, também, Mania, o aspecto oculto de Carmenta, a Mãe dos Fantasmas, confeccionando-se efígies de palha e pendurando-as acima das portas das casas para espantar os maus espíritos e as assombrações.
Festival dos Sonhos, celebração do Ano Novo dos índios Iroquois.
Antigamente, na Escócia e na Irlanda, celebrava-se nete dia o Dia do Arado. As pessoas varriam as ruas com vassouras especiais para retirar os maus fluidos e saiam, depois, para os campos com seus arados, iniciando os trabalhos na lavoura.
 

 


CELEBRAÇÃO DO DIA 9 DE JANEIRO:


Dia da deusa Anunit ou Anatu, a padroeira da cidade de Akkad, na Babilônia, antecessora de Ishtar, deusa com a qual foi posteriormente equiparada. Simbolizada por um disco com oito raios, Anunit regia a Lua, juntamente com seu irmão Sin, sendo invocada nas guerras. Em outros mitos, Anatu aparece como a Grande Mãe da Mesopotâmia, criadora da Terra e regente do Céu, mãe da deusa Ishtar.
Festa romana Agonia, dedicada ao deus Janus, o deus com dois rostos que olhavam em direções opostas, padroeiro do mês. 





CELEBRAÇÃO DO DIA 8 DE JANEIRO:


Dia da parteira, na Macedônia e na Grécia, dedicado à deusa Babo ou Baubo. Ela é uma antiga Deusa do Ventre, conhecida também pelo nome de Iambe, esposa de Dysaules e mãe de Mise. Seu nome significa "ventre" e ela representava o riso e a alegria, instintivos, que sacode o ventre saudavelmente. Baubo era representada como um corpo sem cabeça e membros, seus seios formando os olhos e sua genitália , a boca carnuda.  Seu rosto só aparece no torso. Foi ela quem fez a deusa Deméter rir com suas piadas picantes e gestos (hoje considerados, pela sociedade patriarcal) obscenos, quando ela estava triste pela perda de sua filha sendo, por isso, invocada para novamente trazer a alegria nos momentos de tristeza patológica, afastando os pesares que nos constrangem, afirmando a vida e vencendo os temores da morte e a esterilidade. Baubo representa a combinação do impulso sexual instintivo e a mais nobre arte de amar.
Na Roma antiga, neste dia, celebrava-se Justitia, a deusa romana da justiça, invocada em todos os juramentos e promessas. Jutitia era venerada pelos gregos com o nome de Themis, a deusa da ética e da justiça, guardiã da balança da justiça e conselheira de Zeus em todo os julgamentos e decisões.
Nos países nórdicos, comemora-se neste dia Freyja, a deusa do amor, da fertilidade e da magia.


 


CELEBRAÇÃO DO DIA 7 DEJANEIRO:

Dia de Sekhmet, a deusa solar egípcia com cara de leoa, simbolizando o poder destruidor do Sol enquantoBast, a deusa solar com cara de gato, representava o poder criador e fertilizador do Sol.  A equivalente sumeriana de Sekhmet era Lamashtu, a Filha do Céu, uma deusa com cabeça de leão dotada de intenso poder destruidor, contaminando as crianças com febres e atacando os adultos parabeberseu sangue.Para eprotegerdesua fúria, as pessoas colocavam amuletos com seu nome acima de todas as portas e janelas das casas. 
No Japão, Festival das Sete Ervas, dedicado à cura e aos curadores. Durante os séculos VIII à XII foi introduzido no Japão o costume chinês de consumir uma sopa com sete tipos de ervas no dia 7 de janeiro, celebrado como o Dia das Pessoas, na China. Os japoneses adaptaram o prato criando uma papa de arroz com sete tipos de grãos e temperada com sal, para dar sorte, trazer saúde e longevidade e afastar a negatividade. Antes, já existia o costume de se colher brotos de plantas no início do ano, no Jpaõ. Juntando-se os dois costumes, criou-se, assim,o Nanakusa no sekku(papa de arroz com sete ervas) que passaria a ser consumido com o desejo de uma boa colheita e saúde para o ano inteiro.



 
CELEBRAÇÃO DO DIA 6 DE JANEIRO:

No calendário celta, celebrava-se, neste dia, a deusa tríplice Morrigan: Anu, Badb e Macha. Essa deusa regia a guerra e a morte, sendo invocada com cânticos e inscrições rúnicas antes das batalhas. Segundo as lendas, ela aparecia ante de cada luta, ora sobrevoando o campo de batalha em forma de corvo, ora vigiando os guerreiros em forma de serpente ou no final de cada batalha como "A lavadeira da vazante", a gigante que lavava as armaduras dos mortos e os ajudava em sua travessia para o mundo subterrâneo.
A idéia de triplicidade encontra-se em várias cultura e religiões ao longo dos tempos, é anterior em milênios à trindade masculina cristã. Esta triplicidade significa a revelação da deusa em toda a criação e em todos os níveis da realidade (Terra, Céu e Submundo, inclusive) e como Criadora, Mantenedora e Destruidora da vida. 

Epifania, comemoração dos Reis Magos. Em grego, a palavra "epifania" significa "manifestação". Os três Reis Magos eram Melchior, rei da Persia; Gaspar, rei da Índia e Baltazar, rei da Arábia. Eles eram astrólogos e seguiram a Estrela de Belém, como é conhecida, que lhes indicaria o lugar exato do nascimento de Jesus, a Manifestação de Deus na Terra, a Epifania.
A Igreja Ortodoxa comemora, neste dia, a Festa das Luzes e o Batismo no Rio Jordão.
Na Espanha e países de fala e costumes espanhóis, as crianças recebem uma parte de seus presentes no Natal e o resto neste dia, lembrando os presentes que o Menino Deus recebeu dos Reis Magos: ouro (a realeza e a sabedoria), incenso (reconhecido como sumo sacerdote) e mirra (a imortalidade). As crianças escreveram antecipadamente suas cartas com o presentes que queriam, e deixam seus sapatos à espera deles, durante a noite. Em troca, deixam água e capim para os camelos, nozes e frutas para os Reis. As crianças que não se comportaram bem, recebem pedaços de carvão em seus sapatos em vez dos doces e brinquedos que almejavam. 
Ainda, se faz uma Rosca de Reis Magos, tradicional pão doce em forma circular, onde se "escondem" em sua massa, presentinhos em forma de berloques reprsentativos, que se puxam com uma fita amarrada neles. 
Em certas regiões, ainda são feitas procissões, em que as pesoas carregam representações dos três Reis Magos para atrair bos sorte. 
Celebração de Nehelenia, a deusa celta guardiã do caminhos. 
Na antiga Alexandriafestejava-se o retorno da deusa Koredo mundo subterrâneo, invocando suas benções para a terra e as mulheres. 
No antigo calendário juliano, esta era a data em que começava o Natal. 






CELEBRAÇÃO DO DIA 5 DE JANEIRO:

Festa de Befana, na Itália, reminiscência da antiga celebração da deusa Befana, a Anciã, também chamada de La Vecchia ou La Strega, que trazia presentes para as crianças e expulsava os espíritos do mal. Ainda hoje, em alguns lugares, constuma-se fazer uma boneca de traposrepresentando uma velha e pendurá-la do lado de fora. Acreditava-se que os mortos que vinham visitar seus parentes no dia 1º de Novembro ficavam até esse dia, quando Befana os conduzia de volta a suas moradas.
 No calendário celta, esta noite chama-se "A Décima Segunda Noite" e assinala o fim dos festejos de Natal (Yule) e o início das atividades interrompidas durante as festividades. O período de doze dias entre o Natal e a Epifania era, antigamente, um tempo de repouso e alegrias. Segundo a tradição, as decorações de Natal devem ser retiradas e guardadas neste dia. Os povos antigos, nesta data, abençoavam a terra e as casas, oferecendo sidra e bolos às árvores frutíferas para atrair a prosperidade das colheitas.




CELEBRAÇÃO DO DIA 4 DE JANEIRO:

Comemoração de Tamar, uma antiga deusa russa, senhora do céu, do tempo e das estações. Segundo a lenda. Tamar era uma eterna virgem que voava pelo céu cavalgando uma serpente dourada. Ela morava em um palácio de pedra, contruído por cegonha e andorinhas e, apesar de virgem ela engravidou pelo toque dos raios solares e gerou um ser angelical. Como governante das estações, Tamar aprisionava o mestre dos ventos durante os meses de verão e o liberava para qu trouxesse a neve no inverno.
Festa de Kore, na antiga Grécia, uma manifestação da Deusa como Virgem ou Donzela. Celebrada como a deusa dos campos verdes e dos brotos, suas estátuas eram adornadas com jóias e carregadas sete vezes ao redor das cidades e das casas, pedindo proteção e boa sorte.
Na Coréia, o ritual das Sete estrelaspedia sorte e prosperidade com oferendas de arroz para as divindades da constelação Ursa Maior.






CELEBRAÇÃO DO DIA 3 DE JANEIRO:



"Dança da Corça", cerimônia das mulheres dos índos Pueblos, dedicada ao aumento da fertilidade. Essa cerimônia incluía danças rituais com mácaras de corças e chifres de cervos, sendo dedicada à Grande Mãe em sua repreentação como a "Mãe dos Cervos".
O cervo considerado equivalent à árvore da vida em muitas culturas, por sua grande galhada que se renova periodicamnte. Simboliza a fertilidade, o ritmo de crescimento  e o renascimento. É uma imagem arcaica de renovação cíclica. 
 Na Grécia Antiga, o festival Lanaia celebrava Dionísio, o deus do vinho e da fertilidade.
No Egito, neste dia, reverenciava-se a deusa Ísis em seu aspecto de Ísis Panthea ou Ísis todo-abrangente, a senhora da Lua, mãe do Sol e das estrelas, rainha da Terra e de todos os seres vivos, protetora e condutora dos mortos. 
Comemoração de Santa Geneviève, a padroeira da cidade de Paris, reminiscência de uma antiga celebração da deusa da terra Onuava.
Fim dos festejos japoneses San-ga-nichi, celebrando a deusa da riqueza Tsai Shen com oferendas de peixe e vinho colocada na frente de uas imagens. Paraevitar que a sorte fosse varrida, desperdiçada, nada era varrido durante os três dias deste festival . Esta deusa regia o dinheiro e a riqueza em geral e possui vários símbolos lunares como o morcego, o sapo e o número três.



CELEBRAÇÃO DO DIA 2 DE JANEIRO:


Celebração das Nornes, as deusas do destino da mitologia nórdica. Trata-se de um clã feminino, com três integrantes, cuja função é controlar a sorte, o azar e a providência. Elas também conservam e zelam pelo cumprimento das leis que regem a realidade dos homens, dos elfos/duendes, dos anões, dos dragões e de todos os seres míticos. Vivem protegidas por um ramo da árvore Iggdrasil, junto a um lago. Elas são: Urdhr, Verdandi e Skuld que representam o passado, o presente e o futuro, respectivamente. Urdhr é a guardiã do passado e é reprsentada por uma mulher de idade avançada. Entre suas funções, ela guarda os mistério do passado e não fornece a chave dos segredos antigos.Verdandi guarda o presente e é representada pela figura de uma mãe que tece com seus pensamentos tudo aquilo que acontece. Ela trata do movimento e a continuidade. Skuld é a guardiã do futuro e se aprsenta na figura de uma virgem. Profecias e adivinhações e relacionam com ela e, assim, as três controlam as poderosas forças do Destino, tecendo, medindo e cortando o fio da vida.
O conceito da triplicidade é extremamente antigo, precedendo por milênios a trindade masculina cristã. As Antigas Tradições expressavam o eterno ciclo do início-plenitude-fim na Tríplice manifestação da Deusa como Virgem-Mãe-Anciã ou Iniciadora-Realizadora-Destruidora, enfatizando a importância da Deusa como fonte geradora, mantenedora e transmutadora da Vida.
Aniversário da deusa Inanna, a rainha suméria do Céu e da Terra, irmã gêmea da deusa Ereskigal, a senhora do mundo subterrâneo e da morte. Essa dualidade simboliza a eterna busca do equilíbrio entre a luz e a sombra, a vida e a morte, o Céu e a Terra. Inanna é uma deusa poderosa.



CELEBRAÇÃO DO DIA 1º DE JANEIRO:

A palava Janeiro, que denomina o primeiro mês do ano gregoriano, deriva do nome romano do deus homenageado, Janus. Ele tinha duas faces que olhavam em direções opostas: uma olhava para fente e, a outra, para atrás.Seu nome originou-se da palavra etrusca "jauna" que significa "porta" e também era considerado o deus das portas e portões, já que elas olham em ambas direções, o que se fecha e o que se abre, ao mesmo tempo. Assim, Janus era considerado o deus dos inícios e dos finais dos ciclos e era invocado no começo de cada dia e, originariamente, no primeiro dia de cada mês, assim como em tudo que tem início e fim (plantíos e colheitas, inclusive). A face que olha para atrás, era a de um homem adulto e barbado ea face que olhava para a frente,a de um jovem imberbe, representando, assim, o passado e o futuro, a maturidade e a juventude. Às vezes, tinha também uma chve em uma das mãos e ele era referido como o Porteiro dos Céus. A face que olha para atrás simboliza a contemplação dos eventos acontecidos no ciclo que finda e a que olha para a frente, a canalização da energia na realização dos projetos do futuro.Sendo muito respeitado, tinha muitos templos em Roma,o mais importante era Geminus Ianos, no Fórum Romano, com uma estrtura dupla de portões (um, que olhava para o sol nascente e, o outro, para o sol poente). Este templo teve uma função simbólica importante: quando seus portõe etavam fechados,a paz imperava e, em época de guerra, seus portões etavam abertos. Era através destesportões que o legionários marchavam para a batalha porque os romanos acreditavam que devia-se emergir através de uma porta para entrar com sorte em um novo lugar. Suas imagens duplas estão na maioria dos portões da cidade assim, como em numerosas moedas romanas.Ele também representava a transição entre o priitivo e a civilização.
Este dia também é consagrado às deusas gregas e romanas do Destino, às Parcas e Moiras, à deusa tríplice celta Morrigan, Deusa-Mãe saxã Bertcha e às divindades protetora das casas e das famílias japonesas Sichi Fujukin.


ANO NOVO:


O Ano Novo é uma celebração universal, festejada nas mais variadas formas em vária culturas e tradições. 
É a data mais significativa do calendário, uma reencenação da criação do mundo, uma regeneração ritualística. O tempo é abolido e recomeçado, assim como foi no início da criação. A renovação individual acompanha a do ano, permitindo um novo começo, virando a página, um prenúncio de que aquilo que começa bem, acaba bem. Para garantir o suceso e a abundância, antigamente eram feitos rituais e invocações às divindades, purificando-se e expulsando o mal, pois este momento era propício à interferências das força negativas e à atuações de seres malignos e de fantasmas.
Segundo Mircea Eliade, os rituais essenciais para marcar o fim de um ciclo e o início de um novo, ram marcados por purificações, purgações, confissão de erros, expulsão de denios e exorcismo das forças negativas. Os fogos dos templos e das casas eram apagados, para serem novamente acesos em rituais. Combates entre forças opostas, o bem e o mal, o velho e o novo, eram encenados. Os festejos eram barulhentos, com sinos, tambores e fogos de artifício, para afastar os resíduos do ano que passou e ritos de fertilidade eram realizados para celebrar as promesas do ano que começava. 
Dependendo do país, o início do Ano Novo pode variar, sendo determinado pelo calendário usado (lunar ou solar), pela posição de certas constelações, pelas mudanças das estações, por certos acontecimentos naturais cíclicos (enchentes dos rios, início das chuvas ou das colheitas) ou pelas épocas propícias para a caça ou a pesca.